A palavra negociação pressupõe que as
discussões sejam avaliadas e avancem. Bem diferente do que tem acontecido nas
mesas de negociação deste governo.
Através de uma falsa democracia, os
representantes do executivo hamburguense tentam dar um golpe nas trabalhadoras
e trabalhadores públicos da cidade. Quatro são o total de reuniões feitas sob
pretexto de negociação salarial. Mas no passado não foi diferente.
No ano de 2014 houve reuniões quase
que mensais chamadas de “mesa permanente de negociação”. Questionados sobre os
avanços produzidos nestas reuniões que contavam com representantes do prefeito,
servidores e representantes do sindicato, os enviados do governo Lauermann
precisaram concordar que não resolveram nenhuma pauta das reivindicações dos
servidores.
“Gestão Democrática” se intitula o
governo que instituiu a meritocracia através de decreto, numa tentativa de
moralizar o serviço público. Ora, o que há de democrático em um governo
desconsiderar todas as discussões da categoria e implementar uma gestão de
qualidade, metas e objetivos fins para justificar sua própria incompetência?
De quem é a responsabilidade quando
as documentações não são entregues ou os documentos saem fora dos prazos?
Professores em estágio probatório foram penalizados pela má gestão da
Secretaria de Educação que perdeu os prazos para assinatura de avaliações.
A mesma secretaria é responsabilizada pelo
setor de recursos humanos pelo atraso do pagamento dos professores que
aumentaram sua carga horária e não receberam salário.
A má aplicação das verbas do dinheiro
direto na escola não fiscalizadas pela Secretaria de Educação? E quem fiscaliza
esta secretaria?
A administração da Educação segue o
mesmo padrão nestes últimos anos. Deixa as discussões para última hora para
impor suas propostas de governo goela abaixo. Assim aconteceu com o projeto de
lei de eleição de diretores, a implementação dos Conselhos Escolares (que não
colou como a gestão queria e foi deixada de lado) e é assim com o autoritário e
incompreensível “Projeto Coruja”.
A redução do número de docentes, a
realocações de professores para outras comunidades escolares, o fechamento de
espaços educativos ilustram a questão. O secretário de educação (Corujão) foi
claro na última mesa de negociação “estes espaços continuarão fechados e quem
ainda tem esperança de voltar a ocupar o seu cargo, desista. Agora é meta,
mérito.” Não lembra este senhor que os laboratórios de aprendizagem são
garantidos no “Projeto de Progressão Continuada” que ele implantou na educação
hamburguense.
Segundo este programa do governo
federal, é responsabilidade dos gestores garantir educação de qualidade para
alunos com necessidades especiais física, psíquica ou social. Está pensando,
este senhor, em usurpar o direito dos estudantes hamburguenses?
Qualquer familiar de estudante da
rede municipal de ensino pode confirmar que a escola se mantém com o auxílio
das comunidades escolares.
Nossa dúvida e destes cidadãos é: onde está
sendo aplicado o dinheiro da cidade? E aí não entram as verbas do governo
federal? Queremos saber onde está o dinheiro dos contribuintes que não veem há
muito tempo a prefeitura municipal desembolsar dinheiro para a manutenção da
estrutura das escolas.
Salas lotadas. Falta de professores.
Escolas sem hora atividade. Laboratórios e bibliotecas fechados. Professores
doentes. Professoras em licença gestante que não podem retornar para suas
escolas e não tem onde deixar seus filhos. Assédio moral. Leis que não são
cumpridas. Adoecimento. Exonerações. Autoritarismo. Abuso de poder. Este é o
quadro da Educação Municipal neste governo.
Enquanto isso na mesa de
negociações... blá, blá, blá, blá.
Nós queremos dar um basta.
E o que você vai fazer?