quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Magistério tem dificuldade de atrair jovens talentos para a carreira

DA AGÊNCIA BRASIL
Quase 2 milhões de professores trabalham nas salas de aulas de escolas públicas e particulares de educação básica no país. Se a profissão já teve grande importância no passado, hoje é difícil atrair jovens talentos para a carreira, avaliam especialistas no Dia do Professor, comemorado hoje. Os alunos que entram nos cursos de pedagogia são, em geral, aqueles com baixo desempenho no vestibular ou no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

Uma análise dos inscritos para a edição do exame em 2007 mostra que, entre os candidatos com pior nota, a probabilidade de um deles escolher o magistério é três vezes maior do que entre aqueles com melhores notas. Quem ingressa nos cursos de pedagogia, que formam os professores da educação infantil e do ensino fundamental, tem um perfil específico: baixo nível socioeconômico e pais com escolaridade baixa.

Dados do Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) mostram que 41,6% dos estudantes de pedagogia têm renda mensal até três salários mínimos e quase um terço (32,1%) concilia os estudos com o trabalho para contribuir com o sustento da casa. Os pais de quase metade dos alunos têm grau de escolaridade baixo: 46,5% estudaram só até a 4ª série do ensino fundamental e quase 70% cursaram o ensino médio integralmente em escola pública. Os dados referem-se ao Enade 2005, os mais recentes disponibilizados pelo Ministério da Educação.
O assessor especial da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), Célio da Cunha, alerta que o problema de desvalorização é antigo. "A universalização do ensino fundamental foi feita à custa dos baixos salários dos professores. Quando se expandiu o número de escolas e fez-se a inclusão de mais alunos, ironicamente foram os professores que financiaram isso porque a expansão não foi feita melhorando a carreira e os salários", avalia.
O resultado desse processo pode ser medido pelo desinteresse dos estudantes do ensino médio. Pesquisa da Fundação Victor Civita, realizada no ano passado com 1,5 mil jovens, apontou que apenas 2% deles querem ser professor. O conselheiro nacional de Educação, Mozart Neves Ramos, acredita que quatro ações principais podem solucionar esse quadro: melhores salários, bons planos de carreira, formação inicial sólida e condições de trabalho adequadas.

Na avaliação dele, o Brasil deveria se inspirar no que fizeram os países que hoje têm os melhores índices educacionais como Cingapura, a Coreia do Sul e Finlândia. "A gente copia tanta coisa ruim e não olha as coisas boas que estão fazendo a diferença nesses lugares. Eles conseguiram atrair 20% dos alunos mais talentosos para o magistério simplesmente com um salário inicial atraente. Esse tem que ser o primeiro passo", defende Ramos.

Para a secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda, além desses aspectos, a valorização da carreira passa pela melhoria dos índices educacionais. "Recuperar a credibilidade da escola na formação dos jovens e das crianças é um fator que pode parecer subjetivo, mas faz diferença no momento da escolha da profissão". Pilar, que é professora de história e começou a lecionar na década de 70, acredita que a sala de aula é um ambiente de trabalho que "tem a ver com a juventude. Não existe muita rotina quando se trabalha com crianças e jovens, há uma provocação constante e permanente pela busca do conhecimento", ressalta.

Célio da Cunha acredita também que será necessária uma mudança de cultura e da visão que a própria sociedade tem do professor hoje. "A sociedade não acordou ainda para a importância da educação e o papel estratégico do professor para o desenvolvimento do país. Se um bom aluno diz que quer ser professor, as pessoas até riem dele", afirma.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Profissão de Risco

As condições de trabalho e a pressão sobre os trabalhadores são fatores que ocupam lugar de destaque entre os indicadores externos que contribuem para os quadros depressivos e outras moléstias. Também são responsáveis por cinco das dez principais causas de afastamento de trabalho no País, conforme levantamento feito pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em parceria com o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O Magistério está entre as profissões de risco. Os professores estão mais sujeitos que outros grupos a terem transtornos psíquicos de intensidade variada, devido às condições de trabalho: excesso de tarefas e ruídos, pressão por requalificação profissional, falta de apoio institucional, docentes em número insuficiente, entre outros fatores... Essas moléstias psíquicas são as grandes responsáveis pelos pedidos de afastamento do trabalho.

A Síndrome de Burnout (cuja tradução tem o significado de queimar completamente, consumir-se) vem sendo apontada como o transtorno emocional que mais atinge professores. Os principais sintomas são cansaço excessivo, irritabilidade, insônia, baixa autoestima, mau funcionamento gastrintestinal, dores musculares, cefaléia e dificuldade na concentração.

Pesquisa nacional feita pela Universidade de Brasília (UNB), no final da década passada, entre professores, chegou a preocupante conclusão: 48% apresentavam algum sintoma da síndrome.

Um estudo realizado pelo Departamento Intersindical de Estudos e Pesquisas de Saúde e dos Ambientes de Trabalho - Diesat (2009) aponta que fatores como jornada de trabalho elástica, excesso de atividades, pressão de chefias e de alunos, estão entre os principais causadores de agravos à saúde física e mental dos professores.

Destaco alguns dados sobre a saúde dos professores segundo estudo acima citado:
· 49% fazem tratamento com medicamentos;
· 71% sentem dores no corpo após um dia de trabalho;
· 45% apresentaram problema de saúde física e mental relacionado ao trabalho;
· 20% utilizam medicamentos antidepressivos;
· 59% tiveram dificuldade para dormir nos últimos seis meses.

Como podemos observar pelos dados alarmantes apresentados pela pesquisa, urge que as autoridades competentes direcionem a gestão educacional com muita sensibilidade, pois o sinal de alerta já foi acionado.

Diante deste quadro caótico, sem desprezo das inúmeras variáveis que permeiam a educação, qualquer proposta de meritocracia deverá ser amplamente rejeitada pela categoria, sob pena de agravamento de um quadro que já apresenta sinais de desolação.

Siden Francesch do Amaral é diretor do 14º Núcleo do CPERS/Sindicato (São Leopoldo) e membro do Conselho Geral da entidade

Fontes de Pesquisa:
Pesquisa Sinpro/RS/FeteeSul/Diesat
Extra Classe, Outubro 2010. (Texto original com modificações e adaptações)

ADULTOS TAMBÉM QUEREM DIVERSÃO!


















SINDPROF/NH já está com os ingressos disponíveis. Entre em contato.
E-mail: movsindprofnh@yahoo.com.br

COMO ANDA SUA MEMÓRIA???


Estamos a menos de 16 dias para completar um ano em que nosso Plano de Carreira foi extinto. O que queremos: circo ou respeito?

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

TCE: Estado tem 258 mil crianças sem acesso a educação infantil

Levantamento do Tribunal de Contas do Estado (TCE) revela desempenho gaúcho ruim na oferta de creche e pré-escola
Juliana Bublitz

Um levantamento elaborado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) revela dados preocupantes sobre os rumos da Educação Infantil no Rio Grande do Sul. De acordo com a radiografia, 96,1% dos municípios gaúchos oferecem menos vagas em creches do que a meta estabelecida pelo Plano Nacional de Educação (PNE), criado em 2001.

O mesmo vale para as vagas na pré-escola, que em 77,2% das cidades também estão abaixo do alvo.Para chegar a esse diagnóstico, o TCE comparou dados do Censo Escolar 2009 e do IBGE com as diretrizes do PNE. A ideia, segundo Hilário Royer, coordenador da pesquisa, foi avaliar até que ponto os objetivos estão sendo cumpridos.

A partir daí, foi possível elaborar um ranking, baseado no total de matrículas na Educação Infantil e no número de habitantes de até cinco anos de cada município. Além de identificar 141 cidades onde simplesmente não há registro de matrículas em creches, o TCE chegou a uma estimativa de vagas que precisam ser criadas para atender à exigência mínima.

Os dados assustam.Ao todo, o PNE prevê que pelo menos 50% das crianças de até três anos tenham acesso a creche. No Estado, só 19 municípios passam dessa marca. Seriam necessárias mais 174,1 mil vagas do tipo para atingir o mínimo desejado. Na pré-escola, o PNE estabelece a meta de 80%, mas 383 cidades estão abaixo. Seriam necessárias mais 84,4 mil vagas. Ao todo, faltam 258,6 mil vagas no Estado.– Temos uma das menores taxas de natalidade do país e, ainda assim, as prefeituras, principais responsáveis, não dão conta – avalia Royer.Para o presidente da Federação das Associações dos Municípios (Famurs), Vilmar Zanchin, os prefeitos estão trabalhando, mas haveria uma questão cultural, principalmente em cidades menores, que levaria casais a optar por deixar os filhos em casa, com avós.

Cidades como Muçum, no Vale do Taquari, mostram que é possível universalizar o acesso. Lá, 88,6% das crianças são atendidas, o melhor índice do Estado, e não faltam vagas. A preocupação com a educação levou o prefeito Tarso Bastiani a aumentar de 25% para 27% o investimento na área.Vice-presidente do TCE, Cezar Miola espera que outros administradores sigam o exemplo e aumentem os recursos voltados à Educação Infantil – cuja oferta é considerada obrigatória pelo Supremo Tribunal Federal.
Reportagem na íntegra: FONTE: Zero Hora

TEM TEATRO INFANTIL NO FIM DE SEMANA


O SINDPROF/NH tem à disposição ingressos para as duas peças teatrais. Se houver interesse, entre em contato. R$5,00 o ingresso.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A EDUCAÇÃO É PRIORIDADE. PARA QUEM?


Faltam 19 dias para completar 12 meses que professoras e professores, que apesar de não serem animais, fazem parte da galeria das espécies em extinção.

domingo, 17 de outubro de 2010

Professores avaliam como genéricas as propostas dos presidenciáveis para educação

educação básica

15 de outubro de 2010


Educadores se reuniram na capital paulista para discutir sobre os projetos de ensino para o país

Desirèe Luíse

As propostas para a educação brasileira dos candidatos à Presidência são genéricas. O descontentamento de profissionais da rede pública de ensino com os programas de governo de Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) ficou evidente em debate ocorrido nesta sexta-feira (15/10), dia em que se comemora o Dia do Professor. Os educadores se reuniram na capital paulista para discutir sobre os projetos de ensino para o país, bem como as propostas do governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

“As pessoas com deficiência podem até estar dentro da sala de aula, mas apenas isso não é acesso. Chama atenção o fato de os três programas de governo não terem um olhar específico para essa parcela significativa da população”, afirmou a professora das redes públicas municipal e estadual, Salete de Fátima Francisco.

De acordo com o Censo 2000, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país conta com aproximadamente 24,6 milhões de pessoas com deficiência. Estima-se que o número, em 2009, tenha crescido para 26 milhões – 14,5% dos brasileiros. “Não basta matricular, é preciso transporte adequado, apoio de profissionais da saúde, ter o professor capacitado e outros cuidados”, completou Salete.

Já a professora da rede estadual, que leciona na cidade de Diadema (SP), Jacqueline Simões, disse ser positivo que não haja muita especificidade nos programas de governo voltado ao ensino fundamental. Para ela, dessa forma, um planejamento poderá ser construído de maneira conjunta, pensando na integralidade das etapas da educação.

A professora Simone Rocha, que atua na educação infantil no município de São Paulo (SP), discordou. “Preocupa-me essa generalidade dos programas, porque depois, podem nos pegar de surpresa. Como o projeto de lei que queria colocar as crianças de cinco anos no ensino fundamental”.

De acordo com ela, a educação infantil quase não é citada pelos presidenciáveis, e também não é contemplada pelo programa do novo governador paulista Alckmin. “Não ter algo pontual nos três programas desqualifica a educação infantil. Até há intensão de melhora, mas não dizem como farão. Muito do avanço que conseguimos acontece apenas quando a sociedade grita. Temos diversos problemas ao tentar negociar com o governo de São Paulo”, disse Simone.

Educação no campo

“Temos escolas pelo Brasil onde a aula acontece literalmente embaixo de lona. Nessas condições, os movimentos sociais chegam para dar aula onde o Estado não consegue atuar”, lembrou o professor e coordenador da escola municipal do distrito de Bueno de Andrade, em Araraquara (SP), Júlio César Ribeiro da Silva.

Segundo o coordenador, o programa da candidata Dilma ainda cita a educação no campo, mas não especifica. De forma geral, os candidatos não falam sobre essa modalidade do ensino, de acordo com Ribeiro. “Valorizar a cultura local e o entorno. Isso deve ser considerado e não vemos em nenhuma proposta”, avaliou.

Cenário preocupante

O professor de História do ensino médio da rede estadual paulista, Eujacio Roberto, criticou o modelo de ensino vigente no país, além da forma como o debate sobre a educação tem ocorrido entre os candidatos à Presidência. “Não há discussão do ensino. O Serra nem proposta para o setor tem. Os debates estão em torno da religião no momento. Os candidatos se posicionam baseados nas pesquisas”.

“Em primeiro lugar, todo projeto educacional deve saber quem é o estudante brasileiro. Deve-se conhecer a realidade de cada grupo de alunos. Não estão pensando no estudante. Para o professor, falta remuneração e estímulo à formação”, enfatizou Roberto.

“Do ponto de vista político, precisamos fortalecer governos que sinalizem novas relações de diálogo entre Estado e sociedade, para pensarmos em políticas públicas efetivas”, concluiu a professora Jacqueline Simões.

Fonte: UOL Educação

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

HÁ O QUE COMEMORAR NO DIA 5 DE NOVEMBRO?


O EXECUTIVO ACHA QUE SIM.

Faltam 22 dias para completar um ano que Novo Hamburgo deixou de ser referência na valorização dos profissionais da Educação.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

DIGNIDADE, APENAS...

Estamos prestes a chegar a mais um 15 de outubro, data em que o país inteiro se dedica a homenagear professoras e professores. Tudo muito semelhante a datas comemorativas que existem muito mais a serviço de uma “pro forma” sem uma reflexão maior, do que realmente “homenagear”.

Uma data, pode-se dizer vazia do seu sentido absoluto, quando por todos os rincões do Brasil encontramos professoras e professores ultrajados nos seus direitos mais básicos. Há muito tempo em nosso país o profissional da Educação deixou de ocupar um papel de destaque, de relevância, apesar dos discursos apaixonados de campanhas políticas.

Uma pesquisa pelos estados e municípios já nos dão uma amostra clara deste fato. E no nosso caso específico, basta verificar o decréscimo que viemos sofrendo neste último período, e o que é mais lastimável, a perda financeira é apenas umas destas. Mas o que mais nos atinge enquanto profissional, é quando não respeitam a nossa carreira. Quando ela é posta como vilã no ajuste fiscal ou quando insinuam que ela atravanca o desenvolvimento de uma cidade. Há que se cortar gastos; comecemos pela Educação e pela Saúde.

O nosso dia a dia é muito corrido, entra período, sai período, planilhas, reuniões, dados, provinhas mil..., e nós, quando paramos para pensar no que está nos acontecendo? Os prefeitos, secretários, se reúnem entre os seus, discutem, combinam, traçam estratégias. E nós, fazemos o quê, enquanto eles decidem nosso destino?

Não estou sendo pessimista, amo minha profissão, fiz uma escolha consciente. O que não posso suportar é o descaso de nossos governantes, a falta de ética e comprometimento com a Educação. E quando chega a data comemorativa, geralmente armam um circo, e que legal; quem são os protagonistas?

A homenagem que quero e creio ser justa, é o respeito ao meu trabalho, a minha carreira e a minha categoria. É poder ganhar meu salário justo com o investimento feito e com a dedicação que ele merece, é não ter “constrangimento” por ter tido um dia, um dos melhores salários da região.

Neste dia 15, nada mais quero do que DIGNIDADE.

Valderes Dávila Koenig

É parece que foi ontem...




Estamos a menos de 25 dias para completar 1 ano em que uma das bandeiras históricas do Partido dos Trabalhadores foi rompida: a defesa dos direitos da classe trabalhadora. Uma data que não deve ser esquecida. E um poema para ser relembrado...

Primeiro levaram os comunistas,

Mas eu não me importei

Porque não era nada comigo.

Em seguida levaram alguns operários,

Mas a mim não me afectou

Porque eu não sou operário.

Depois prenderam os sindicalistas,

Mas eu não me incomodei

Porque nunca fui sindicalista.

Logo a seguir chegou a vez

De alguns padres, mas como

Nunca fui religioso, também não liguei.

Agora levaram-me a mim

E quando percebi,

Já era tarde.

Bertolt Brecht

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

SP dá 92 licenças por dia para docente com problema emocional

TALITA BEDINELLI

DE SÃO PAULO

Leonor, 58, professora do 3º ano do fundamental, passou a ter crises nervosas durante as aulas. Várias vezes gritou com os alunos e chorou em plena sala. Ficava tão nervosa que arrancava os cílios com as próprias mãos e mordia a boca até sangrar.

Ela procurou ajuda médica e hoje está de licença. Casos como o dela são comuns entre professores.

Rafael Andrade/Folhapress
A professora Nadia de Souza, 54, do Rio, que diz ter sofrido ameaças, toma medicamentos e não quer voltar a dar aulas
A professora Nadia de Souza, 54, do Rio, que diz ter sofrido ameaças, toma medicamentos e não quer voltar a dar aulas

Recentemente, dois docentes viraram notícia por ataques de fúria na sala de aula: um, de Caraguatatuba (litoral de SP), gritou e xingou alunos e danificou cadeiras da escola. Outro, do Espírito Santo, jogou um notebook durante um debate com estudantes de jornalismo.

Relatos de professores à Folha mostram que a bagunça da sala, somada às vezes a problemas pessoais, leva a reações como batidas de apagadores, gritos, xingamentos e até violência física. Atos que acabam afastando muitos docentes das aulas.

Só na rede estadual de SP, com 220 mil professores, foram dadas, de janeiro a julho, em média 92 licenças por dia a docentes com problemas emocionais. No período, foram 19.500 -o equivalente a 70% do concedido em todo o ano de 2009 por esses motivos, diz a Secretaria de Gestão Pública de SP.

O dado não corresponde ao número exato de professores, pois um mesmo docente pode ter renovado a licença durante este período.

"Batia com força o apagador nos armários. Tive muitas crises de choro durante as aulas, gritei com alunos", diz a professora Eliane, 64.

Ela está afastada por causa do estresse. "Eu não quero mais voltar para a sala de aula. Parecia que eu estava carregando uma bola daquelas de presidiário nos pés."

Daniela, 40, também não quer mais voltar. Ela tirou uma licença de 90 dias depois de "explodir" na sala de aula e gritar com os alunos. Foi socorrida por colegas.
Docente do 3º ano do fundamental (alunos com oito anos), diz ter sido ameaçada e agredida pelos estudantes.

As entrevistadas tiveram os nomes trocados.

Casos de "explosão" como esses podem ser sintomas de um distúrbio chamado histeria, segundo Wanderley Codo, do laboratório de psicologia do trabalho da Unb (Universidade de Brasília).

Desde 2000, o professor desenvolve pesquisas com professores e funcionários da área de educação e constatou que 20% dos professores sofrem de histeria.

"O trabalho do professor é um trabalho de cuidado, que exige a necessidade de um vínculo afetivo. Mas um professor que tem 400 alunos não tem como estabelecer esse tipo de vínculo."

FONTE; Folha de São Paulo

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Ensino fundamental é decisivo para superior, diz estudo

As quatro primeiras séries do ensino fundamental são as mais decisivas para que os estudantes do ensino superior de um Estado demonstrem melhor aproveitamento. Segundo pesquisa realizada pelo Insper (ex-Ibmec-SP), por apresentar maior potencial de melhorias, é o primeiro ciclo que deve merecer mais atenção por parte dos gestores ou do governo.

A pesquisa tem o objetivo de mostrar em que níveis da educação básica nos quais mais esforços devem ser concentrados para que a eficiência das instituições de ensino seja melhorada. A ideia foi medir o impacto que o ensino básico tem no superior, por região do País.

A Região Sul foi a que obteve o melhor resultado - portanto, é a que apresenta as instituições de ensino mais eficientes na relação entre o desempenho do ensino básico e a qualidade do ensino superior: 97,2% de aproveitamento. A Região Nordeste é a pior, com 64,9%. A Região Sudeste obteve 87,3%; a Centro-Oeste, 75,3%; e a Norte, 65,6%. A pesquisa considerou como premissa os alunos terem cursado o ensino básico e o superior no mesmo Estado.

Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores fizeram cálculos estatísticos com dados das 27 unidades federativas. Foram utilizados dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) - que mede o fluxo escolar e apresenta médias de desempenho dos anos iniciais e finais do ensino fundamental e do ensino médio - e um produto representado pela média do Índice-Geral de Cursos da Instituição (IGC), o indicador de qualidade das instituições de ensino superior do Ministério da Educação.

Fonte: Agência Estado

AS IMAGENS NÃO NOS DEIXAM ESQUECER...

FALTAM 29 DIAS...













Depois de novembro de 2009, o magistério hamburguense nunca mais seria o mesmo...

VEM MUDANÇAS POR AÍ...


Se te preocupas com tua carreira profissional e com o futuro da mesma, não podes ficar fora desta discussão.
A luta pelos nossos direitos é diária e permanente.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

UMA DATA PARA NÃO SER ESQUECIDA




VOCÊS SE LEMBRAM DESTA IMAGEM ??
FALTAM 3O DIAS PARA COMPLETAR UM ANO DA MAIOR AFRONTA QUE O FUNCIONALISMO HAMBURGUENSE JÁ SOFREU POR PARTE DO EXECUTIVO.