quarta-feira, 17 de novembro de 2010

EXECUTIVO ENTREGA MINUTA DE PROJETO

Hoje a tarde o prefeito Tarcisio entregou para diretoria do SINDPROF/NH e para presidente da Associação da Comusa, o projeto que foi protocolado horas depois na Câmara de Vereadores.

Ontem a tarde as 17h 30 minutos o prefeito convocou uma reunião, onde apresentou um "esboço" do projeto, entregue hoje para diretoria do SINDPROF/NH, além do projeto propor percentuais ínfimos para progressãoes horizontais traz também uma preocupante estrutura.

O SINDPROF/NH convoca todas(os) professoras e professores para uma discussão coletiva sobre o projeto, bem como proposição de mudanças, dia 22.11.2010, às 18h na sede do SINDPROF/NH.



quinta-feira, 11 de novembro de 2010

ESTUDANTES LUTAM CONTRA REFORMAS NEOLIBERAIS NA EDUCAÇÃO


Nesta quarta-feira, 10, mais de 50 mil estudantes universitários ingleses saíram às ruas para protestarem contra as reformas do governo conservador do primeiro-ministro David Camerom. O plano do governo é cortar o orçamento para a educação superior em até 40% e eliminar as bolsas para professores, salvo as de ciência e matemática.Outros custos devem passar a ser financiados pelo aumento nas taxas dos empréstimos estudantis, que seriam elevadas a partir de 2012. Até 1997, estudar numa universidade da Inglaterra era gratuito, mas o então primeiro-ministro Tony Blair, do Partido Trabalhista, resolveu instituir taxas de cobrança.
No outro lado do planeta, no Chile, milhares de estudantes marcharam nesta semana para Santiago, onde protestam contra as medidas de privatização da educação adotadas pelo governo recém eleito. A Federação de Estudantes da Universidade de Chile estão chamando uma greve no setor contra o que eles qualificam como “agenda privatizadora do governo”.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

EDUCAÇÃO PODE FICAR SEM PLANO NO 1º ANO DO GOVERNO DILMA

Alessandra Duarte, O Globo
O Brasil corre o risco de começar o primeiro ano do governo Dilma sem um Plano Nacional de Educação. O atual plano, lançado em 2000 com vigência de dez anos, ainda não foi atualizado. O governo federal ainda não enviou ao Congresso o texto do novo plano - que, para valer, precisa ser votado na Câmara e no Senado, o que dificilmente ocorrerá até o final de 2010.
Enquanto o novo texto não vem, ficam lacunas nas duas pontas do sistema, a educação infantil e o ensino médio - que não foram incluídos no Fundef, criado em 1998, só tendo passado a receber recursos de um fundo nacional a partir de 2007, com o Fundeb.
Segundo o Conselho de Acompanhamento e Controle Social do Fundeb, com dados do Censo Escolar, se na faixa etária de 6 a 14 anos, que compreende os alunos do ensino fundamental, há 762 mil crianças e adolescentes fora da escola, na faixa de 4 a 5 anos, a da educação infantil, o total fora de sala de aula chega a 1,568 milhão.
O problema é pior no ensino médio, em que o número de jovens excluídos da educação, na faixa de 15 a 17 anos, sobe para 1,634 milhão.
Há fragilidades ainda na qualidade do ensino nessas duas pontas. De acordo com a ONG Todos pela Educação (com base em dados da Prova Brasil de 2008), daqueles alunos que chegam à 4ª série do ensino fundamental, só 25% aprenderam matemática nos níveis mínimos esperados (padrão elaborado com base no desempenho, nesta disciplina, de alunos da Comunidade Europeia).
Dos que chegam à 8ª série, 14% apenas. Mas o percentual piora à medida que se avança na escolaridade: dos que chegam ao 3º ano do ensino médio, apenas 10% aprenderam matemática nos níveis mínimos.
- No ensino médio, o desempenho mínimo cai de 25% para 10%. Isso tem razões no currículo, que não é atualizado, e no salário e na qualificação dos professores - analisa Mozart Neves Ramos, conselheiro do Todos pela Educação.

PROFESSORES DEBATEM NA RÁDIO ABC 900

Representantes do Sindicato dos Professores de Novo Hamburgo, do Sindicato dos Professores de Sapiranga e do Cpers/Sindicato, participaram nesta terça-feira, 9, de debate na Rádio ABC 900, sobre o Plano de Carreira do funcionalismo público.
A produção da rádio havia convidado representantes das prefeituras para contraporem suas opiniões, mas de última hora a assessoria de imprensa da Prefeitura de Novo Hamburgo enviou e-mail desmarcando a presença de representantes do Executivo no debate.
Os professores aproveitaram o espaço, mesmo assim, para reafirmarem sua visão sobre o processo de reforma da educação que está sendo imposto pelo capital internacional e na qual nossa comunidade está inserida.
Os sindicatos insistiram que não aceitarão nenhum projeto “goela abaixo” com prejuízo à educação de nossas crianças e, tampouco, que os trabalhadores da educação percam direitos.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

PROFESSORES VOLTAM A PROTESTAR

Professores municipais reclamam da falta de diálogo entre governo e servidores e temem decisão arbitrária do Governo Municipal

Os professores municipais realizaram na sexta-feira, 5, ato público no pátio do Centro Administrativo e depois seguiram em carreata pela cidade. Os professores reclamam da falta de diálogo do Executivo em relação ao novo Plano de Carreira. O governo promete apresentar o novo Plano até o próximo dia 17 de novembro.
A Câmara havia extinto o Plano de Carreira no dia 5 de novembro de 2009. Os professores estão preocupados porque aconteceram apenas duas reuniões entre funcionários e governo e só foram apresentadas as linhas gerais dos objetivos do governo.
“Se as coisas continuarem como estão, será apresentado um Plano de Carreira com forte conteúdo autoritário, sem nenhuma discussão com os interessados. Na verdade, esta prática nos faz supor que o governo vai apresentar um Plano de Carreira com violentos cortes aos direitos dos trabalhadores.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

12 MESES EM 12 DIAS

O líder do governo na Câmara de Vereadores, Gilberto Koch (PT), disse nesta quinta-feira, 4, que até o dia 17 será protocolado que um novo projeto de Plano de Carreira para o funcionalismo público. Koch falou na tribuna ao ver a mobilização dos professores na sessão da Câmara desta quinta-feira e promete fazer em apenas 12 dias o que não foi feito em um ano.
Na noite de quinta-feira, a presidente do Sindicato dos Professores, Luciana Martins, e o Secretário de Educação, Beto Carabajal, concederam entrevista à rádio ABC 900 sobre o Plano de Carreira. Beto disse que os professores não haviam apresentado nenhuma proposta, jogando a responsabilidade para os professores. Luciana diz que quem propôs rediscutir o Plano de Carreira foi o prefeito Tarcísio ao extingui-lo em 2009. “A responsabilidade é toda do prefeito”, rebate ela.
Luciana também estranhou a informação de Koch na Câmara, já que se o governo garante que até dia 17 apresentará um novo Plano de Carreira, é porque este Plano de Carreira na verdade já está pronto.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

VOCÊ VAI COMEMORAR?




No dia cinco de novembro de 2009 a nossa categoria foi dividida: entre os que têm Plano de Carreira e os que não sabem o que o futuro lhes reserva.
Há o que comemorar?
O executivo tem alguns bons motivos:
A defasagem salarial acentuada nesta administração.

A rotatividade de professores de um grande número de escolas.

A falta de organização da secretaria de educação, o que nos atinge diretamente.

O troca-troca de contas, gerando um grande transtorno pessoal e profissional.

A desestruturação e precarização do Ipasem.

E você? Qual o seu motivo para comemorar?
Se você refletir verá que a diversão, o tema da "festa", somos nós mesmos.
Estamos sendo desrespeitados diariamente e mesmo assim, acreditamos que temos o que comemorar.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

VOCÊ LEMBRA DESTE DIA?


Amanhã, dia 4 de novembro, estaremos novamente na “Casa do Povo” para relembrar aos vereadores que desde a seção que disseram SIM ao prefeito, extinguindo os Planos de Carreira, o funcionalismo está dividido entre os que têm Plano de Carreira e os que não sabem o que lhes espera.

Contamos com a presença de professoras e professores que puderem se fazer presentes nesta seção do dia 4 de novembro, às 14h30.

Só você pode lutar por seus direitos. Participe, não se omita.

Transtorno psíquico "burn out" ataca desiludidos com o próprio trabalho

GUILHERME GENESTRETIDE
SÃO PAULO
Perfeccionismo é fator de risco para esta doença insidiosa, que ataca a motivação de gente que rala, sem distinção de cargos hierárquicos.

O "burn out", termo que em inglês designa a combustão completa, está incluído no rol dos transtornos mentais relacionados ao trabalho. Foi a terceira maior causa de afastamento de profissionais em 2009, segundo dados da Previdência Social.

A síndrome é bem mais que "mero" estado de estresse, não pode ser confundida.
Esse transtorno psíquico mescla esgotamento e desilusão. Pode ser desencadeado por uma exposição contínua a situações estressantes no trabalho, explica a psicóloga Ana Maria Rossi, presidente no Brasil da Isma (International Stress Management Association), entidade que pesquisa o "burn out".

O professor Cláudio Rodrigues, afastado por causa da doença, disse sentir que o seu trabalho "não vale a pena"
"A doença é gerada pela percepção de que o esforço colocado no trabalho é superior à recompensa. A pessoa se sente injustiçada e vai se alienando, apresentando sintomas como depressão, fobias e dores musculares."

É a doença dos idealistas, diz Marilda Lipp, do Centro Psicológico de Controle do Stress e professora de psicologia da PUC-Campinas.

"O 'burn out' é um desalento profundo, ataca pessoas dedicadas demais ao trabalho, que descobrem que nada daquilo pelo que se dedicaram valeu a pena."

O estresse, compara Lipp, tem um componente biológico forte, ligado a situações em que o corpo tem de responder ao perigo. Já o "burn out" é um estado emocional em que a pessoa não sente mais vontade de produzir.

"Tem a ver com o valor depositado no trabalho", diz Lipp. "Quem apresenta exaustão emocional, não se envolve mais com o que faz e reduz as ambições pode estar sofrendo do transtorno."
O diagnóstico não é fácil: a apatia gerada pelo "burn out" pode sugerir depressão ou síndrome do pânico.

Médicos, professores e policiais são grupos de risco, diz Duílio de Camargo, psiquiatra do trabalho ligado ao Hospital das Clínicas.

DESMAIOS
O professor Cláudio Rodrigues, 43, entrou em combustão total por duas vezes. Começou como um estresse, que foi se acumulando ao longo de dez anos.
Ele lecionava 13 horas por dia numa escola da zona sul de São Paulo. E se frustrava com salas lotadas e alunos desinteressados, conta.

"Via um aluno meu entregando pizza junto com alguém que nunca tinha estudado. Eu me sentia impotente como professor". Deprimido, se manteve afastado das salas por dois anos. Em 2004, depois de receber acompanhamento psiquiátrico e tomar medicação, voltou. Em maio deste ano, recaiu.

"Nada tinha mudado na escola, estrutura péssima. Eu me sentia responsável por estar levando todos os alunos a um caminho sem futuro."

No meio de uma aula, o professor começou a suar e sentir o corpo ficar mole. Saiu e desmaiou na escada. Na semana seguinte, enquanto caminhava para o trabalho, desmaiou de novo. Está afastado desde então.

"Sinto uma insatisfação por ver que o meu trabalho não vale a pena", desabafa.
A vigia Lucimeire Stanco, 34, também passou um tempo licenciada por causa de "burn out". Em 2006, ela fazia a ronda noturna em um colégio da zona leste. Passava a noite só e por duas vezes teve que se esconder quando tentaram invadir o lugar.

"Sentia desânimo porque não me tiravam daquela situação. Me sentia rejeitada, vítima." Ela se tratou e se readaptou. Hoje, só trabalha de dia, e acompanhada de outros vigias.
Casos como esses são tratados com psicoterapia e antidepressivos mas, segundo Marilda Lipp, a medicação só combate os sintomas.

"A pessoa precisa reavaliar o papel do trabalho em sua vida, aprender a dizer não quando não tem condições de executar algo e reconhecer o próprio valor, mesmo que outros não o façam."

FACA NA GARGANTA
"Eu era infeliz e não sabia", afirma a empresária Amália Sina, 45. Hoje ela é a dona do negócio, mas há quatro anos, era a vice-presidente, na América Latina, de uma multinacional e responsável pelas atividades da empresa em 22 países.

"Dava aquela impressão de que o mundo girava em torno do trabalho, sempre com a faca na garganta", diz.

Para a empresária, o apoio que teve da família e a prática de exercícios a ajudaram a suportar as pressões. Até ela deixar a função executiva.

A empresária adotou a estratégia correta para prevenir um "burn out", segundo o psiquiatra Duílio de Camargo. "A pessoa chega a esse estado sem saber o que tem. Se não tiver acolhimento da família, o desconforto aumenta."

Na visão de Eugenio Mussak, fisiologista e professor de gestão de pessoas, as providências para prevenir essa patologia do trabalho devem partir tanto do sujeito quanto da empresa.

Segundo Mussak, todo mundo que trabalha bastante deve se permitir algumas atividades diárias cuja única finalidade seja o prazer, para compensar o clima estressante. E se o ambiente de trabalho puder criar um "estado de férias", melhor ainda.

"Chefes compreensivos, que valorizam o esforço e respeitam os limites de seus subordinados criam um ambiente menos favorável ao "burn out'", diz o professor.

Ele continua: "É preciso respeitar o limite entre o que é profissional e o que é pessoal, e a empresa deve estimular o trabalhador a respeitar esses limites também."
Folha de São Paulo