quarta-feira, 18 de maio de 2016

Aprovado dissídio parcelado.

Na tarde de hoje, 18/05/2016, ocorreu a sessão da Câmara de Vereadores que votou o dissídio dos servidores municipais. O SindProfNH convocou uma paralisação para o turno da tarde, para que os professores pudessem acompanhar a sessão e denunciar a falta de diálogo do governo municipal. A categoria atendeu e lotou as dependências da Casa Legislativa!

Com boa participação na sessão, os professores entoaram palavras de ordem que ecoaram no ambiente e nos ouvidos dos vereadores e demais presentes: “Olê, olá! Este ano o meu voto vai faltar” ou “Que falta de respeito, Novo Hamburgo não tem prefeito”.

O Sindicato foi novamente na tribuna e agradeceu que o projeto no primeiro turno foi rejeitado, dando oportunidade para que se tentasse retomar a negociação antes da derradeira votação. Não tivemos sucesso, mesmo com o apoio de vereadores da base do governo e recorrendo a entidades e centrais sindicais para serem interlocutores. Demonstra como este governo trata os trabalhadores em educação e seu legítimo representante, o Sindicato. Com falta de respeito e de diálogo.

Mais uma vez, um prefeito não recebeu os representantes da categoria durante a negociação salarial. E será esta a marca que o prefeito Lauermann levará: um prefeito distante.

Na tribuna defendemos que a aprovação das emendas e que, estando o reajuste parcelado aprovado, procuraríamos as vias judiciais para garantir o direito à reposição integral da inflação.

O reajuste dos vereadores, prefeito e secretários foram rejeitados.

Votos

Votaram a favor das emendas:

Sergio Hanich (PMDB), Raul Cassel (PMDB), Professor Issur Koch (PP), Patrícia Beck (PPS), Inspetor Luz (PMDB) e Gerson Peteffi (PMDB).

Votaram contra as emendas:

Roger Corrêa (PCdoB), Naasom Luciano (PTB), Jorge Tatsch (PCdoB), Fufa Azevedo (PT), Enio Brizola (PT), Enfermeiro Vilmar (PDT) e Cristiano Coller (Rede).


Votaram a favor projeto de dissídio:

Roger Corrêa (PCdoB), Raul Cassel (PMDB), Naasom Luciano (PTB), Jorge Tatsch (PCdoB), Gerson Peteffi (PMDB), Fufa Azevedo (PT), Enio Brizola (PT), Enfermeiro Vimar (PDT) e Cristiano Coller (Rede).

Votaram contra o projeto:

Sergio Hanich (PMDB), Professor Issur Koch (PP), Patrícia Beck (PPS) e Inspetor Luz (PMDB), que explicaram ser contra o parcelamento, não o reajuste.

 Projeto de lei que abona falta do dia 08 de março.


O vereador Enio Brizola protocolou um projeto que foi incluído na pauta desta quarta-feira. O Projeto de Lei nº 61/2016, determina abono da falta dos professores pela paralisação do dia 8 de março de 2016. Ele foi votado e aprovado no primeiro turno. Na próxima segunda-feira, o projeto vai à segunda votação. Lamentável recorrer a uma lei para garantir o direito de organização e de manifestação. Mais um estigma a ficar gravado no prefeito Luis Lauermann.

Veja algumas fotos desta tarde:















Hoje a tarde é de paralisação! Todos na Câmara!


O Jornal NH veicula informações imprecisas relativas ao projeto do dissídio parcelado.

O erro está no mês previsto para a segunda parcela. O referido jornal publica que os servidores receberiam 4% em abril e 5,91% em novembro, quando na verdade nada mudou em relação à proposta original do executivo: permanece a segunda parcela para dezembro. Outra informação omitida é que o parcelamento da inflação acarreta em perdas salariais.

terça-feira, 17 de maio de 2016

Fala que eu não te escuto

Desvalorização profissional, competidores de outras áreas e normas inconstitucionais calam o professor no debate educacional
Lais Semis (novaescola@fvc.org.br) (apuração). Editado por Rodrigo Ratier



Por sua atuação cotidiana, professores não são exatamente profissionais silenciosos. Ao contrário: com a rotina diária de falar (ou gritar, quando bate o desespero) para turmas de alunos por horas a fio, cerca de 60% dos docentes apresentam dificuldades como rouquidão e pigarro. Entretanto, quando o assunto é o debate sobre Educação, sobra apenas um fiapo de voz. Uma pesquisa realizada pela Agência de Notícias dos Direitos da Infância (Andi) e pelo Ministério da Educação (MEC) analisou 5.362 textos jornalísticos publicados por 57 jornais brasileiros e concluiu: os convidados a pautar na mídia o debate educacional são organizações da sociedade civil, pesquisadores ou fontes oficiais (como o próprio MEC, o Ministério Público e os conselhos de Educação). Apenas 5,9% das fontes ouvidas eram professores das etapas básicas de ensino. 

Em áreas como medicina ou engenharia, é diferente. Os profissionais são consultados independentemente de serem pesquisadores ou representantes da categoria. Mas os docentes da Educação Básica não são tidos como peritos mesmo que o assunto em foco seja sua realidade profissional. O diagnóstico para a afonia é variado. Responsabiliza-se a mídia, o governo, a legislação e os próprios professores. Há um tanto de razão em cada uma das constatações.
 

Os meios de comunicação parecem acompanhar a desvalorização da docência. Na primeira metade do século passado, o magistério foi, sim, uma profissão de elite. Professores das séries iniciais eram quase tão bem remunerados quanto os universitários. A partir de meados da década de 1960, com a massificação das matrículas e um crescimento populacional da ordem de 5% ao ano, foi preciso recrutar um exército de educadores. A necessidade de novos quadros fez cair as exigências de ingresso nos cursos de formação. Com o investimento público estagnado, a conta não fechou: os salários foram rebaixados e as jornadas multiplicadas, com evidente prejuízo à qualidade do trabalho.
 

Em paralelo ao silenciamento docente, os microfones começaram a amplificar a fala de um profissional externo ao ambiente escolar: o economista. Sua ascensão coincide com a industrialização dos anos 1970 e atinge o auge com o avanço do liberalismo da década de 1990, quando o crivo econômico virou condição essencial para efetivar políticas públicas. Em termos gerais, tanto a escola quanto o indivíduo formado por ela passaram a ser pensados primordialmente como instrumentos do desenvolvimento econômico.
Esse pensamento ecoou. É sintomático constatar como palavras típicas do jargão empresarial - avaliação externa, eficiência, bônus por mérito - acabaram incorporadas com naturalidade ao vocabulário educacional. Diversos economistas conseguem, ainda, ocupar espaços diretamente na mídia, atuando como fontes ou colunistas de Educação em jornais e revistas, como mostra o pesquisador Geraldo Sabino Ricardo Filho no livro A Boa Escola no Discurso da Mídia (254 págs., Ed. Unesp, 11/3242-7171, 35 reais). Com acesso direto aos veículos, os novos atores avançam, munidos de estatísticas e rankings sob medida para virar manchete. Ocupam o posto anteriormente dominado pelos professores de Ensino Superior, que já não detêm o monopólio da autoridade na análise das questões educacionais. 

Fonte: http://abr.ai/1TergZV (Portal da Revista Nova Escola)

Vereadores rejeitam projeto de reajuste parcelado, atendendo pedido do SindProfNH.

Na sessão da Câmara de Vereadores de ontem, os vereadores rejeitaram por 7 votos a 6 o projeto de reajuste parcelado. O SindProfNH pediu que fosse rejeitado no primeiro turno para pressionar o governo a se reunir com os sindicatos e renegociar a proposta de reajuste salarial. Até agora não tivemos sucesso. Tentamos intermediação de vereadores, tanto da base quanto da oposição, de lideranças de entidades e centrais sindicais, tentamos marcar uma agenda com o prefeito, tudo sem sucesso. Isto demonstra o caráter truculento, que pune grevistas e impõe suas decisões goela abaixo da categoria.

Amanha a tarde é a hora de paralisar e ir até a Câmara para acompanhar a segunda votação do dissídio. Vamos mostrar a indignação com o governo municipal e pressionar para que o restante da pauta seja discutido! Além disto, precisamos reverter os descontos da greve do ano passado e a negociação da compensação do dia 08 de março.

Veja fotos da noite de ontem:














sexta-feira, 13 de maio de 2016

Prefeito não recebe representantes do sindicato

Ontem fomos ao Gabinete do prefeito Luis Lauermann para tentar uma reunião, já que durante as negociações do dissídio, Lauermann não compareceu. Não conseguimos. Deixamos o contato para que fosse então marcada uma reunião para o quanto antes, pois o projeto está protocolado na Câmara, para ser votado nas próximas segunda e quarta. Agora são 17 horas passadas e não recebemos nenhum contato.
Será a primeira vez na história recente do município que um prefeito não recebe os representantes da categoria durante às negociações salariais.
Ano passado, apesar das dificuldades, houve dois momentos em que conseguimos nos reunir com ele: logo no início do movimento, com os representantes do SindProfNH, e perto do final da greve, depois de fazer um amplo movimento no prédio do Centro Administrativo, com os presidentes dos sindicatos. Neste ano, não deu as caras em nenhum momento.
Mais do que nunca, o trecho de uma das paródias do ano passado faz muito sentido:
"E o prefeito,
prefeito não recebe o servidor.
Anda sumido,
não vem na mesa de negociação.
E nos assombra,
pois não quer nem pagar a inflação
E desrespeita
representantes do trabalhador.
Vamos lutar
Quero melhores
condições.
De trabalhar fazendo
meu melhor pra educação
Salário justo
e valorização.
E todos os professores perguntam:
“Cadê, cadê o prefeito???”"

quarta-feira, 11 de maio de 2016

É preciso mobilizar!

Semana que vem temos uma agenda de suma importância! Dias 16 e 18 de maio ocorre a votação do dissídio, de forma parcelada, na Câmara de Vereadores. A pressão da categoria se faz necessária para mostrar o descontentamento com o parcelamento da inflação e as perdas que este acarreta (equivalente a 10 dias de trabalho). Apesar de termos encaminhado uma contraproposta, a prefeitura simplesmente terminou com as negociações, sem ao menos fazer um esforço para que a proposta fosse melhorada. Esta é a política deste governo: não escutar a categoria e impor suas decisões, com uma falsa roupagem democrática, ao mesmo tempo que fazem ataques aos direitos.

Não temos o direito à reposição do poder de compra, uma vez que a inflação de todos os itens consumidos não foi de forma parcelada. Não temos o direito ao reconhecimento da nossa formação. Não temos o direito ao ato pedagógico da alimentação escolar. Não temos o direito ao 1/3 de hora-atividade como prevê a lei. Não temos o direito à livre manifestação, pois temos nossos salários descontados pelo governo deste partido que se construiu nos movimentos sociais e sindicais, e que se esqueceram desta origem. 

Vamos ficar quietos enquanto tiram nossos direitos?

Portanto todos devem comparecer na Câmara de Vereadores nos dias da votação do dissídio. Mas não só isso. Devemos estar mobilizados sempre, pois temos que fazer nossa pauta avançar como um todo!

Existem uma série de itens para discutir e a prefeitura simplesmente fechou a porta para as negociações. É preciso reabrir imediatamente o diálogo. É preciso avançar a pauta sobre o artigo 50, as alterações do plano de carreira, na participação de representantes do SindProfNH no Conselho Deliberativo do IPASEM, na implementação do 1/3 de hora atividade, no pagamento de horas-extras, por políticas que inibe o assédio moral e promova a saúde do professor, nas melhores condições de trabalho, na equiparação entre professores de EMEIs e EMEFs...

Juntos somos mais fortes!





SindProfNH apoia evento cultural: Fernando Marco & Amig@s

Ingressos na sede do sindicato. Valor R$ 10,00.


Mobilização para barrar dissídio parcelado! 16 e 18 de maio!


terça-feira, 3 de maio de 2016

Projeto de dissídio parcelado é protocolado na Câmara

Foi protocolado ontem na Câmara de Vereadores o projeto de lei 42/2016, que dispõe sobre o reajuste dos servidores de forma parcelada. A primeira parcela em abril, de 4% e a segunda em dezembro, de 5,9071%. Ambas incidem sobre o mês de março, por isso acarretam perdas salariais que equivalem a pelo menos 10 dias de trabalho! Na noite de ontem acompanhamos a sessão e usamos a tribuna para denunciar o encerramento das negociações por parte do executivo. Sem refazer a proposta inicial, os representantes do governo terminaram as negociações salariais e se negaram a marcar nova reunião. 


Na tribuna, também falamos dos descontos da greve, que começaram no mês de março, "coincidentemente" no início das negociações salariais... Ficou claro que se trata de uma retaliação e uma tentativa de intimidação. Esses descontos são ilegais, pois a greve está na justiça, sem sentença em nenhuma instância. Agindo com toda esta intransigência, tanto em relação ao dissídio parcelado, quanto aos descontos de salário por causa da greve, a prefeitura está assumindo a responsabilidade pelo o que vier a acontecer. Acompanhe as postagens no blog e redes sociais do sindicato e vá às atividades! Juntos somos mais fortes!




 

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Hoje, todos na Câmara de Vereadores para lutar contra o Dissídio Parcelado!



Escolha o lado das lutas! Fortaleça o SindProfNH!

Fortaleça o SINDPROFNH, associe-se, participe das reuniões, assembleias e mobilizações! Escolha o lado das lutas!


Presente de Natal antecipado para a Administração...



1° de maio é dia do trabalhador! É dia de luta!

1° de maio é dia do trabalhador. Diferente do que alguns afirmam, não é o dia do trabalho. A classe trabalhadora está sendo constantemente atacada, sejam trabalhadores públicos ou privados. Seja na exploração diária da mão-de-obra, na precarização, no arrocho salarial e na retirada de direitos. Portanto é um dia para refletir e agir!
A mudança deste cenário está nas mãos da própria classe. E está na escolha do lado certo, que é o das lutas. E é essa a nossa tarefa, seja qual governo for, estar no lado das lutas sempre! Parabéns pelo nosso dia, categoria guerreira e lutadora.


Quase três meses depois, SMED responde sobre merenda escolar.

Nesta última sexta-feira, recebemos resposta ao ofício enviado pelo Sindicato à SMED em 18 de fevereiro. Este foi encaminhado depois de a secretária Cristiane Sousa Costa se negar a nos receber e a agendar uma reunião. No ofício em questão, requeremos esclarecimentos sobre os problemas relacionados com a merenda escolar.

Quase três meses depois, no ofício nº 7-A/10-SEMAD/DGD/KD, a secretária responde às questões levantadas pelo Sindicato. Novamente vemos a repetição dos mesmos argumentos. 


Limitação do acesso de professores e funcionários à alimentação escolar


A justificativa foi feita sem embasamento legal, já que o artigo 3º da Lei 11.947/2009 garante o direito do aluno, mas não veda o consumo de alimentação escolar por parte dos professores e funcionários. Limitar o acesso destes é uma decisão exclusiva do executivo. Haja vista que em muitos municípios esta prática é permitida e incentivada. 

Tal decisão tem caráter simplesmente de corte de gastos, sem qualquer explicação ou motivação diferente disto. A prefeitura não recebeu nenhuma notificação de Tribunal de Contas ou Ministério Público para agir desta forma.

Os planos de ação enviados pelas escolas, que deveriam resolver a questão, não foram respeitados. Limitou-se apenas 05 adultos para se alimentarem com as crianças, sendo que as realidades locais são distintas. Algumas escolas necessitam mais professores junto com as crianças, outras menos. Mas quem tem legitimidade para definir isto senão o próprio grupo de professores e funcionários de escola?

Quando perguntamos, em uma das reuniões de negociação salarial, como as escolas se organizariam, a resposta foi categórica: “Resolvam com as direções das suas escolas”. Pronto. Lavaram as mãos. Criaram o problema, jogaram a culpa nos professores e agora colocam professores e funcionários em choque com as direções das escolas que terão que “decidir” quem se alimentará com os alunos.


Falta de itens da merenda escolar


O ano iniciou com falta de itens na alimentação escolar e o Sindicato recebeu inúmeros reclamações. Tentamos contato com a SMED para tratar desta questão, também sem sucesso. Conseguimos respostas do governo através da imprensa, em que foram obrigados a se manifestar. Naquele momento, negaram que faltassem itens para merenda escolar e disseram que era mentira de quem dissesse o contrário. 

O ofício trouxe resposta formal para este questionamento. Na verdade, praticamente a mesma resposta de sempre, já que a administração não reconhece este problema, que foi muito além da redução prevista em vista da adaptação dos alunos.

As equipes diretivas, professores e funcionários sabem disto e não mentiram quando se manifestaram sobre o fato. O governo fechou os ouvidos para a categoria, Sindicato, pais e para os próprios membros do Conselho de Alimentação Escolar (CAE), que tem averiguado a questão desde o início. Apesar de ter retomado parcialmente a normalidade, vemos a diminuição de alguns itens, que a SMED chama de readequação, mas que na verdade é corte de gastos

Pedimos que as equipes diretivas, professores e funcionários de escola continuem a enviar para o Sindicato, através do e-mail sindprofnh@gmail.com as reclamações relativas à falta de itens para merenda e a limitação desta a professores e funcionários, assim como outros assuntos (1/3 de hora atividade, planejamento a distância...). O Sindicato vai atrás de respostas, mesmo que demore quase três meses, como foi o caso desta. É garantido o anonimato.

Mas também é preciso se organizar! Ajude a fortalecer o sindicato, associe-se, participe das atividades de deliberação e das mobilizações. Hoje estaremos na Câmara de Vereadores, às 18 horas, para mostrar nosso descontentamento com a proposta de reajuste parcelado, tal qual ano passado. Todos estão convidados! É preciso escolher o lado certo, que é o lado das lutas!


Abaixo o ofício de resposta da Secretaria de Educação: