quinta-feira, 31 de março de 2011

ELEIÇÃO NO GSFM: NOTA DE ESCLARECIMENTO

Deve ser de conhecimento de todas(os) que no próximo dia 01/04/2011 ocorrerá eleição para direção do GSFM. Sendo assim, não poderíamos deixar de encaminharmos alguns esclarecimentos aos professores e professoras municipais. O SINDPROF/NH é o representante legal da categoria, sendo todos os professores e professoras, associados ou não, integrantes da sua base. Nestes 5 anos de fundação do SINDPROF/NH, a direção do Sindicato dos Professores pautou sua atuação pela ética, pelo bom senso e, acima de tudo, pelo trabalho incessante na conquista e defesa dos interesses coletivos de todos(as) os funcionários públicos municipais. Em nenhum momento incentivamos colegas a se desfiliarem do GSFM, pois , acreditamos que seja possível e saudável termos duas entidades sindicais junto ao funcionalismo público. Ao invés de dividirmos a categoria, estamos sim resignificando o papel do Sindicato para os funcionários públicos municipais de Novo Hamburgo. Em dezembro de 2008 a direção do GSFM tentou coagir os professores, através de uma notificação extra judicial, a escolher uma das duas entidades para manter-se associado, tentativa que gerou um processo movido pelo SINDPROF/NH contra o GSFM, que tinha por objetivo garantir a associação dos professores e professoras junto ao GSFM, para que pudessem desfrutar da parte assistencial que esta entidade oferece. Então, a partir desta data, o GSFM passou a ser réu em dois processos movidos pelo SINDPROF/NH; um pela apropriação indevida do Imposto Sindical de 2008, recebido diretamente junto à tesouraria da prefeitura e outro por coagir os professores a se desfiliar do SINDPROF/NH. Após dois anos de tramitação dos processos, e a busca de diálogo por parte da direção do SINDPROF/NH, em 16 de março de 2010, o GSFM propôs um acordo, para os dois processos: Processo Imposto Sindical: suspensão do processo por 90 (noventa) dias para analisar as condições de pagamento da parcela da contribuição sindical de 2008 em favor do Sindicato dos Professores de Novo Hamburgo. Processo professores associados ao GSFM: As entidades, num prazo de 90 (noventa dias), estudarão e firmarão termo de parceria para que os professores municipais de Novo Hamburgo, associados ou não ao Sindicato dos Professores Municipais de Novo Hamburgo, possam usufruir dos convênios estabelecidos pelo Sindicato dos Funcionários Municipais de Novo Hamburgo. Demonstrando respeito e ética pelo funcionalismo público hamburguense, a direção do SINDPROF/NH aceita o acordo. No entanto, os 90 dias se passaram e a atual direção do GSFM, que busca a reeleição, não honrou com nenhum dos dois acordos , o que parece ser a tônica desta direção. E mais uma vez, de maneira autoritária, em abril de 2010, realizou uma assembléia para mudança em seu estatuto, onde pretendia restringir a participação dos professores e professoras junto à entidade. Autoritária, pois de uma maneira unilateral, restringiu a participação dos professores e professoras desta assembléia, conforme edital, e fala do presidente, que disse que os professores nem poderiam entrar no local da assembléia. No entanto, os colegas funcionários públicos não legitimaram esta assembléia, pois houve uma pequena participação na data, e em novembro de 2010, a ata desta assembléia não foi aprovada, sendo assim, este processo não possui nenhum valor jurídico. Portanto, a direção do SINDPROF/NH entende que os professores e professoras associados ao GSFM devem participar do processo eleitoral que irá ocorrer na próxima sexta-feira dia 01.04.2011. Pois neste momento será escolhida a direção do GSFM que será responsável por gerir o patrimônio desta entidade. Patrimônio esse que todos(as) nós ajudamos a construir através de nossa contribuição mensal. Acreditamos na democracia, na liberdade, na autonomia de escolha, na gestão transparente e responsável das entidades representativas dos trabalhadores e trabalhadoras. Repudiamos o autoritarismo a falta de ética na condução dos processos. Não deixe que os outros decidam por você!

terça-feira, 22 de março de 2011

Faltam 77 professores em 34 escolas estaduais da região

São Leopoldo - Faltam professores nas escolas estaduais de São Leopoldo, Sapucaia do Sul, Esteio, Portão e Capela de Santana. Turmas estão indo para casa mais cedo e algumas chegam a ser dispensadas pelas diretorias.
De acordo com levantamento feito pela reportagem do Jornal VS, faltam 77 professores em 34 das 65 escolas da rede estadual de ensino dos cinco municípios. A pior situação está em São Leopoldo, onde faltam 41 professores em 16 das 26 escolas. [...] A situação não é diferente de 2010, quando faltavam pelo menos 74 professores em metade das escolas estaduais da região.
A Escola Professor Pedro Schneider, em São Leopoldo, é a campeã no número de professores que faltam para completar o quadro: 11 no total. "Entra governo, sai governo e a situação não muda. Nossa realidade é precária. Inserem disciplinas novas, como a de Libras, por exemplo, mas esquecem que é necessário inserir também o professor", afirma a diretora da escola, Neusa Rocha Thiesen.
No Instituto Estadual Parque do Trabalhador, onde estudam 340 crianças, a situação não é muito diferente. Faltam professores de Física, História, Geografia, Sociologia, Filosofia, Inglês e Espanhol. Na última sexta-feira, duas turmas da 6.ª e 7.ª séries foram para casa mais cedo e outras duas turmas da 6.ª e 8.ª séries não tiveram aula, segundo a coordenadora pedagógica Grace Alves Dias. "Os alunos ficam desmotivados e muitos nem querem vir. Estamos aproveitando para adiantar algumas matérias, como Matemática, mas não sabemos como faremos com as que estão atrasadas."
http://www.jornalvs.com.br/site/noticias

MEC LANÇA BOLSAS DE MESTRADO PARA PROFESSORES

Ministério da Educação lança Programa de Formação Continuada com a oferta de bolsas de mestrado para professores da rede pública de ensino. A medida, divulgada no Diário Oficial da União, entra em vigor a partir desta terça-feira (22). Os auxílios serão implementados no mês de março de cada ano e terão vigência máxima de 24 meses.


Além de ter vínculo com uma escola da rede pública da educação básica, para participar é preciso estar regularmente matriculado em cursos de Mestrado Profissional oferecidos por instituições de ensino superior reconhecidas pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) na modalidade de educação a distância.

Nesta primeira edição, os auxílios serão restritos aos estudantes matriculados a partir de 2011 no Programa de Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional (PROFMAT) ou no Curso de Mestrado Profissional para Professores de Biologia, ambos com previsão de inscrição a partir de março.

Os professores contemplados poderão acumular a bolsa de formação concedida pela CAPES com o salário pago pela escola. Em contra partida, terão que assumir o compromisso de permanecer nas salas de aula da rede pública de ensino por no mínimo cinco anos após a diplomação. Caso o profissional não cumpra as regras terá que devolver os valores investidos pelo Ministério da Educação.
Fonte: Universia Brasil

CAMPANHA SALARIAL 2011

PAUTA ENTREGUE AO SR. PREFEITO
NO DIA 10 DE MARÇO

EXCELENTÍSSIMO SENHOR PREFEITO MUNICIPAL DE NOVO HAMBURGO
TARCISIO ZIMMERMANN

Pauta de reivindicações dos servidores do magistério municipal para as negociações 2011
O SINDPROF/NH - SINDICATO DOS PROFESSORES MUNICIPAIS DE NOVO HAMBURGO, na condição de representante dos professores municipais, vem respeitosamente à Vossa Presença para apresentar a pauta de reivindicações específicas, para ao final, pedir seu atendimento, como forma de restabelecer a efetiva valorização dos professores e professoras municipais. Ressaltamos que alguns dos itens desta pauta já foram apresentados por ocasião das negociações anteriores e até a presente data não foram efetivadas.

Os professores e professoras, reunidos em assembleia, deliberaram como prioritárias as seguintes reivindicações a serem negociados em calendário com datas e horários previamente agendados.

1-QUESTÕES SALARIAIS
1.1. Zeramento da inflação do último período: Reposição de perdas salariais acumuladas no período de março de 2010 a março de 2011, equivalente ao INPC apurado pelo IBGE.
1.2. Aumento salarial real: a título de ganho real, acima da correção inflacionária e da recuperação das perdas, será concedido aumento de 10 % sobre todas as remunerações, a partir de abril de 2011.
1.3. Recuperação das perdas salariais: reajuste de 21.3% para repor as perdas ocorridas nos vencimentos e nas demais vantagens de 2000 a 2010 meio de política de recuperação salarial a ser implantada pela administração municipal.
1.4-Auxílio Alimentação: para todos os professores, indexado a cesta básica do DIEESE;

2- PLANO DE CARGOS, CARREIRAS E VENCIMENTOS
2.1- O imediato reconhecimento de Mestrado e Doutorado no Plano de Carreira Lei 336/2000;
2.2-Isonomia do cargo de Facilitador em Informática Educacional ao de Professor Assistente em Informática Educacional.
2.3- ADP para Coordenação Pedagógica e Orientação das escolas municipais;
2.4- Garantir a incorporação do ADP de forma escalonado.

3- QUESTÕES FUNCIONAIS
3.1- Licença Prêmio;
3.2- Auxílio creche;
3.3 Liberação de representante(s) por escola para participação no Conselho Político do SINDPROF/NH; ( as reuniões do Conselho Político são mensais).
3.4- Garantia de acesso à Internet aos profissionais de educação dentro da jornada de trabalho;
3.5- Cumprimento da Lei 336/2000. Artigo 3º, parágrafo 3º, que garante aposentadoria “especial” aos professores que atuam no Atelier Livre, CEPIC, NAP e Centro Ambiental.
3.6- Implementar legislação que vise inibir o assédio moral.
3.7- Encontros mensais da Comissão Permanente de Negociação ( que seja estabelecido um calendário com as datas destes encontros)

4-QUESTÕES EDUCACIONAIS
4.1- Garantia efetiva de atendimento especializado (rede de apoio) para alunos com necessidades especiais;
4.2- Repasse do Fundeb duplo;
4.3 Rever o valor repassado para escolas (dinheiro direto na escola)
4.4- Instituição de uma equipe de avaliação para alunos com necessidades especiais;
4.5- Garantia de limite máximo de alunos por turma e por professor, conforme a Conae aprovou:
Máximo de 20 alunos com idade de 4 a 5 anos;
Máximo 25 alunos nos anos iniciais do ensino Fundamental;
Máximo 30 alunos nos anos finais do Ensino Fundamental;
4.5 -Garantir profissionais do Magistério habilitados em todas as áreas do conhecimento, em quantidade suficiente, em todas as escolas, inclusive para a recuperação paralela em contra turno, em espaço físico adequado;
4.5 -Garantir profissionais do Magistério habilitados para apoio a turmas de inclusão;

5-FORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL
5.1- Adotar a Lei do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN) 11.738/08 em sua versão sancionada em 16 de julho de 2008, estabelecendo:
a) um terço (33,33%) da carga horária para hora-atividade ainda em 2011, como proposto na lei; sendo que 1/3 cumpridos nas escolas)
5.2- Licença sabática; ( licença remunerada para estudos)

6-GESTÃO DEMOCRÁTICA
6.1-Alterar a Lei que regula a Eleição de Diretores de forma a:
a) Mandato de três anos a partir das eleições realizadas em 2011;
b) Incluir a eleição do coordenador na mesma chapa da equipe diretiva;
7- INSTITUTO PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS – IPASEM
7.1- Reestruturação do Conselho Deliberativo e Fiscal do IPASEM, contemplando a indicação de representantes do SINDPROF/NH;

Pede deferimento.
Novo Hamburgo, 10 de março de 2011.
_____________________________
Luciana Andréia Martins
Presidenta do SINDPROF/NH

segunda-feira, 21 de março de 2011

PROFESSOR "NOVATO" DESISTE DE AULAS NA na rede estadual

Professores recém-concursados desistem de ensinar na rede estadual de São Paulo. Entre as principais reclamações estão falta de condições de trabalho (salas lotadas, por exemplo), desinteresse de alunos e baixos salários, informa a reportagem de Fábio Takahashi publicada na edição desta segunda-feira da Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).

Edson Rodrigues da Silva, 31, formado na USP, foi aprovado ano passado no concurso público da rede estadual para ensinar matemática. Passou quatro meses no curso preparatório obrigatório do Estado para começar a lecionar neste ano no ABC paulista. Ao final do primeiro dia de aula, desistiu.

"Vi que não teria condições de ensinar. Só uma aluna prestou atenção, vários falavam ao celular. E tive de ajudar uma professora a trocar dois pneus do carro, furados pelos estudantes. Se continuasse, iria entrar em depressão. Não vale passar por isso para ganhar R$ 1.000 por 20 horas na semana."

Até a última sexta-feira (18), 60 professores já haviam finalizado o processo de exoneração, a pedido, média de mais de dois por dia letivo.

A gestão Geraldo Alckmin (PSDB) diz ser normal o número de desistências, considerando a quantidade de efetivações (9.30). No entanto, os educadores discordam.
Para a coordenadora do curso de pedagogia da Unicamp, Maria Marcia Malavasi, "o cenário é triste; especialmente na periferia, os professores encontraram escolas sem estrutura, profissionais mal pagos, amedrontados e desrespeitados."

Editoria de arte/Folhapress

ESTADO DIZ QUE SAÍDA DE DOCENTES É NORMAL


Professores aprovados podem ter usado exame para aumentar pontuação em outros concursos,
afirma secretaria
Para governo, carreira está atrativa e oferece bônus e reajuste com base no mérito; salário inicial
é de R$ 1.834.

A Secretaria da Educação informou que considera normal o volume de docentes novatos que
desistiu da rede.
A pasta afirmou que devem sair do sistema 10% dos recémefetivados (cerca de 900 professores), mas não informou em qual prazo podem ocorrer as exonerações.
Segundo a gestão Geraldo Alckmin (PSDB), nem as condições de trabalho oferecidas nem os
salários da rede são as causas das desistências.
A secretaria aponta como explicações a situação pessoal de cada professor, como quem arrumou
outro emprego ou só queria o certificado de aprovação, que pode ajudar em concursos futuros.
Para o governo, a carreira está atrativa, por conta do bônus por desempenho (que pode chegar a 2,4 salários) e do reajuste com base no mérito (ano passado, 20% dos professores com as melhores notas numa prova ganharam 25% de reajuste). O salário inicial é de R$ 1.834 (jornada de 40 horas semanais).
A professora recém-efetivada Ana Paula dos Santos, 28, elogiou as condições da rede. "Posso fazer aulas diferentes com datashow ou na sala de informática. Se o professor montar uma boa aula, os alunos vão se interessar", disse ela, que leciona biologia em colégio estadual da zona
norte de São Paulo.
A secretaria disse ainda que alunos que estudariam com docentes desistentes não ficarão sem aula, pois há reposição com temporários.
E esses professores provisórios serão substituídos no ano que vem, quando devem entrar nas escolas estaduais 25 mil novos concursados, também aprovados no concurso do ano passado.
Desde 2004, a rede estadual não contava com um concurso tão amplo para efetivar professores do 5º ao 9º ano do ensino fundamental e do ensino médio. (FT)
Fonte: Folha de São Paulo

RECUO NO ENSINO PAULISTA


A tabulação dos resultados da última rodada de provas do Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp 2010) revela que a educação pública paulista desceu mais um degrau -no último ano da administração José Serra (PSDB)- em sua marcha
decadente.
O único nível de ensino em que houve progresso foi o mais básico (fundamental 1), e ainda assim modesto. Alunos do quinto ano registraram ligeira melhora na proficiência em matemática (de 201,4 para 204,6 pontos) e estagnação em 190,4 pontos na avaliação em língua portuguesa.
Há bem pouco a comemorar. Ainda se contam 20% de alunos com desempenho insuficiente em português, no ensino fundamental 1, e 29% na mesma situação em matéria de contas. Nos dois níveis subsequentes, ao término do fundamental 2 e do ensino médio, a situação é mais grave
e a piora, inequívoca.
Os resultados do Saresp são usados para computar o Índice de Desenvolvimento da Educação de São Paulo (Idesp), uma espécie de nota final que agrega também dados de aprovação, reprovação e abandono. Calculado por escola, o Idesp serve de base para a fixação de metas e, no caso de seu cumprimento, para determinar o valor do bônus variável para os educadores, que pode ultrapassar 2,4 salários adicionais por ano.
Diante do fraco desempenho, causa alguma estranheza que a gratificação vá ser paga para equipes de 3.591 unidades escolares (71% do total). É fato que se trata de um número menor que o do ano passado (90%), mas ainda assim parece difícil de justificar.
O próprio instrumento de avaliação comporta questionamentos. A prova do Saresp é obrigatória, mas não costuma ser levada a sério por muitos alunos, que não enxergam vantagem real nela -nem sequer tomam conhecimento de suas notas individuais.
Nesse sentido, parece boa a ideia aventada pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB) de incluir tais notas na seleção dos aprovados para cursar as três universidades estaduais (USP, Unicamp e Unesp).

domingo, 20 de março de 2011

OS OBSTÁCULOS PARA SER PROFESSOR


STF retoma julgamento do piso do magistério, contestado por 5 governadores.
Republicamos a matéria “Os obstáculos para ser professor”, publicado na Carta na Escola
de fevereiro de 2010
Em julho de 2008, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que estabeleceu o piso nacional para os professores da rede pública. Na época, o valor era de 950 reais mensais para uma jornada de 40 horas por semana, mas a lei foi contestada no Supremo Tribunal Federal pelos governadores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Ceará. O valor atualizado para 2011 é de 1.187,14 reais.
Leia “STF julga lei do piso nacional dos professores” [1], da Agência Brasil Nesta quinta-feira 17, está na pauta do STF o julgamento do mérito da Ação Direto de Inconstitucionalidade movida pelos governadores. A ação foi impetrada em 2008.

Carta na Escola, a revista de educação de CartaCapital, produziu, em fevereiro de 2010, uma matéria analisando a situação salarial do magistério. Baseou-se em três estudos:
Professores do Brasil: Impasses e desafios, produzido pela Fundação Carlos Chagas com dados do PNAD 2006; um levantamento salarial da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) e uma comparação de vencimentos realizada pelo Ministério da Educação (MEC) entre 2003 e 2008. Abaixo, republicamos a matéria.
Os obstáculos para ser professor Apesar do piso nacional, a profissão não é valorizada e é pouco procurada pelos pré-universitários Entre setembro e outubro de 2009, três estudos foram divulgados com o objetivo de traçar um panorama da situação salarial dos professores da Educação Básica no Brasil. O primeiro deles foi encomendado pela Unesco às pesquisadoras Bernadete Angelina Gatti e Elba Siqueira de Sá Barreto, da Fundação Carlos Chagas. No mesmo mês, um segundo levantamento foi realizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação
(CNTE), com foco no pagamento recebido por professores em início de carreira. Já em outubro, o Ministério da Educação (MEC) comparou os vencimentos do magistério público entre 2003 e 2008.
A principal conclusão da pesquisa do MEC foi que houve um aumento do salário médio dos professores da Educação Básica pública. Em 2003, o valor médio era de 994 reais, em comparação aos 1.527 reais obtidos em 2008. Foram utilizados dados da Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílio (PNAD) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o estudo, que é separado por estados, no Distrito Federal é onde se paga melhor aos professores, com renda média em 3.360 reais. Na outra ponta da tabela está Pernambuco, onde a média de rendimento é de 982 reais, a mais baixa do País. O valor pago pelo DF está muito acima da média nacional, pese que o segundo colocado, o Rio de Janeiro, paga 2.004 reais em média ao magistério, e o terceiro, o estado de São Paulo, 1.845 reais em média. Entretanto, o estudo revela que, entre os 26 estados e o DF, 16 têm salários abaixo da média nacional. Esses estados estão concentrados nas regiões Norte e Nordeste. Porém, na Região Sul, Santa Catarina (1.366 reais) paga abaixo. No Sudeste, por sua vez, Minas Gerais e Espírito Santo (1.443 e 1.401 reais, respectivamente) estão na mesma situação. As informações se referem a uma jornada semanal de 40 horas.
Para o presidente da CNTE, Roberto Franklin de Leão, os dados do MEC podem ser contestados. “Falar em média é muito complicado, porque os poucos estados que pagam mais puxam o restante para cima”, relata. A pesquisadora Bernadete Gatti faz a mesma crítica: “Em uma classe, se um aluno tira nota zero e o outro nota 10, a média é 5. A média camufla demais a situação”. Roberto de Leão defende que a questão da composição salarial também tem de ser levada em conta. “Há uma diferença entre salário e remuneração.
Muitos estados completam os pagamentos com abonos e gratificações.” Segundo o levantamento da CNTE, o salário de início de carreira para um professor com licenciatura plena e que trabalhe 40 horas por semana em Mato Grosso do Sul é de 1.496,25 reais.
Porém, com as gratificações, esse valor chega a 2.394 reais. A CNTE afirma que, ao fazer isso, os estados desvalorizam a carreira, uma vez que, em caso de aumento salarial, a promoção incide apenas sobre o vencimento. “Ocorre o risco de um piso salarial transformar-se em teto, o que torna a carreira do docente inviável. Se o professor for, por algum problema, aposentado, também não se incorporam essas gratificações nas aposentadorias”, conclui Roberto de Leão.
Outro problema apontado por Bernadete é que os planos de carreira dos estados e municípios, quando existem, não são atrativos para os profissionais. “Em muitos casos, os planos são simplistas e colocam um valor final muito próximo ao da remuneração inicial”, relata. Nesse sentido, o estudo do MEC conta com uma tabela em que apenas professores com nível superior completo ou incompleto são considerados, numa média de, aproximadamente, 14 anos de escolaridade. Se comparado com os dados fornecidos pela CNTE para profissionais com licenciatura curta, há uma proximidade entre o salário inicial e a média em alguns estados. No Ceará, por exemplo, a média indicada pelo MEC é de 1.249 reais, enquanto a remuneração de início de carreira é de 1.092,27 reais.
Escolaridade aumenta a renda No relatório Professores do Brasil: Impasses e desafios, Bernadete e Elba ressaltam a heterogeneidade das políticas salariais de docentes no País e as inúmeras variáveis que devem ser levadas em conta para compreender a situação de remuneração desses
profissionais. Primeiro, é preciso diferenciar todas as etapas da Educação Básica.
Professores que ensinam na educação infantil e Fundamental têm salários menores do que seus colegas de Ensino Médio. Com dados da PNAD 2006, as autoras constataram que a média salarial na Região Sudeste de um professor em atividade na educação infantil é de 809 reais, enquanto, nos anos do Ensino Médio, o valor é de 1.066 reais. Do mesmo modo, no Nordeste, as médias dos ensinos infantil e Fundamental são 390 e 585 reais, respectivamente, e de 1.180 reais no Ensino Médio.
Uma segunda questão a ser levada em conta é a escolaridade dos profissionais. No Ensino Fundamental, docentes com até oito anos de escolaridade, ou seja, os professores que têm
apenas o Ensino Médio completo, ganham no Sudeste 429 reais em média. Já a média de profissionais que estudaram de 12 a 14 anos é de 690 reais, valor que sobe para 1.151 para pessoas com até 17 anos de escolaridade. As autoras afirmam que as sucessivas graduações pesam positivamente nos vencimentos, o que indica uma coerência com os planos de carreira.
Por último, o cálculo das medianas permite entender a situação salarial da maioria dos docentes em cada região. A mediana é o ponto em que 50% do total dos entrevistados se situa abaixo de um determinado valor. Por exemplo, a média salarial, segundo a PNAD 2006, de um professor do Ensino Fundamental na Região Norte é de 870 reais, enquanto a mediana é de 750 reais. Isso significa que 50% dos professores dessa região ganham menos que 750 reais. Um profissional na mesma situação na Região Sul tem como média
de rendimento 1.018 reais e uma mediana de 850 reais. Para Roberto Franklin de Leão, a avaliação das medianas permite constatar que a grande maioria dos professores da Educação Básica ganha abaixo das médias.
No estudo, as autoras comentam que a complexidade e a heterogeneidade da situação salarial dos professores devem-se, entre outros fatores, à organização descentralizada no que diz respeito a políticas de remuneração no País. “Há no País 5.561 municípios, 26 estados e um Distrito Federal, cada qual com seus sistemas de ensino e regulamentações próprios”, escrevem. Apesar disso, Bernadete Gatti se posiciona contra a centralização das atribuições da educação. “A União deve exercer um papel regulador e complementador.
Mas é impossível falar em uma política única para a educação em um país tão diverso como o Brasil.” A pesquisadora lembra que em alguns países com melhores condições de remuneração para professores, como Argentina e Estados Unidos, as políticas salariais também são descentralizadas.
Profissão menos valorizada e procurada O aumento salarial registrado pelo MEC coloca a carreira do magistério mais bem remunerada em quase 600 reais do que a média dos trabalhadores brasileiros, segundo revelou o jornal O Estado de S. Paulo. Porém, comparada às outras profissões com exigência de nível superior, a média salarial dos docentes é bem inferior. Segundo o estudo de Bernadete e Elba, o rendimento médio mensal de arquitetos é de 2.018 reais, enquanto o do magistério se aproxima de 1.200 reais. O valor pago aos professores também é inferior quando comparado com biólogos (1.791 reais); enfermeiros (1.751 reais) e farmacêuticos
(2.212 reais). O cálculo foi realizado para jornadas de 40 horas por semana.
A desvalorização da carreira do docente na Educação Básica é refletida na procura por cursos de Pedagogia e Licenciatura, como Letras e Matemática. “Entre 2001 e 2006, houve um aumento de 97% na oferta de cursos de Pedagogia no País, porém, o número de matriculas aumentou apenas 27%”, explica Bernadete. Para se ter uma ideia, as inscrições para o curso de Pedagogia da Universidade de São Paulo, no campus da capital, caíram de 3.310 na Fuvest 2006 para 1.380 na edição 2009 do vestibular. Para a pesquisadora, os cursos de Licenciatura são pouco valorizados nas universidades e tratados como de menor importância. “Há falta de materiais adequados e o número de aulas exigidas é cada vez menor”. Bernadete afirma que a desvalorização da carreira pelas redes de ensino municipal, estadual e as próprias universidades e a representação do trabalho do professor como vocação, e não uma profissão, são fatores que contribuem para a queda da procura e para os baixos salários.
Piso é discutido no Supremo
Em julho 2008, o presidente Lula sancionou a Lei nº 11.738, que estabeleceu o piso nacional para os professores da rede pública. O vencimento inicial da carreira passou a ser de 950 reais para uma jornada de até 40 horas semanais. A lei também estipulou uma data-limite, 1º de janeiro de 2010, para que todos os estados e municípios se adequassem. Entretanto, em outubro de 2008, os governadores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Ceará protocolaram no Supremo Tribunal Federal (STF) uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, contestando a lei. O primeiro item questionado foi o que diz respeito à composição salarial. Os estados defendem que 950 reais seja o valor para a remuneração, e não para o salário. É o que acontece, segundo os dados da CNTE, em Santa Catarina, onde o vencimento inicial é de 534,46 reais, mas atinge 1.023,24 reais com gratificações.
Em segundo lugar, houve discordância quanto ao item da lei que determina o tempo dedicado às atividades fora de sala de aula, como correção de provas e preparo de aulas. A lei prevê que essa porcentagem seja de um terço das 40 horas por semana. Os ministros do Supremo reconheceram ser necessário um tempo para essas atividades, mas, segundo o entendimento da Corte, cabe a cada estado e município estabelecer essa divisão. O julgamento da liminar permite aos estados completarem o piso com as gratificações até que o mérito seja julgado – ainda não há previsão para o julgamento do mérito.
Segundo Roberto Franklin de Leão, isso abre espaço para que os estados e municípios não se adaptem à lei em 1º de janeiro. Todas as médias de rendimento mensal apresentadas pelo MEC, referentes a 2008, estão acima do valor estipulado para o piso. Entretanto, segundo as remunerações iniciais divulgadas pela CNTE, de setembro de 2009, alguns estados ainda não atingiram o valor. No Ceará, por exemplo, o pagamento de um professor com nível médio é de 739,29 reais, incluindo salário e bonificações. Em Rondônia um professor na mesma situação ganha 851,51 reais.
A questão torna-se mais complexa na esfera municipal. Muitas administrações alegam não ter condições de pagar o novo valor. A lei responsabiliza a União por complementar os orçamentos dos entes que provarem ser incapazes de pagar o piso. Entretanto, os municípios devem atender aos critérios estabelecidos pelo MEC para receber os complementos. “O MEC estabeleceu que 30% da arrecadação fiscal do município seja destinada à manutenção da educação. Não está errado, mas essa porcentagem já inviabiliza alguns municípios. Há locais que não possuem arrecadação própria, e não é porque não há condições de arrecadar, mas simplesmente porque eles não têm políticas de arrecadação”, conclui Roberto de Leão.
Fonte: http://www.cartacapital.com.br -

quarta-feira, 16 de março de 2011

VALORIZAÇÃO DO TRABALHO DOCENTE: Uma questão de gênero?

Novo espetáculo do Grupo Tholl chega a Novo Hamburgo

“O Circo de Bonecos” tem apresentações marcadas em março na Sociedade Ginástica NH


Em março, crianças e adultos vão embarcar em um mundo de aventuras e emoções. O novo espetáculo circense doGrupo Tholl chega a Novo Hamburgo. O Circo de Bonecos vai mostrar, com muita graça e beleza, o valor da amizade. Serão duas apresentações: nos dias 26 e 27, sábado e domingo, às 20 horas, na Sociedade Ginástica hamburguense.


O espetáculo O Circo de Bonecos estreou em outubro do ano passado. Diferentes personagens como a bailarina, o urso, o palhaço e o leão fazem o público entrar em suas confusões. São 80 minutos no universo das fantasias. “Buscar a identidade, conquistar a liberdade, temas que parecem tão adultos, mas que povoam o dia-a-dia de uma criança”, explica o diretor geral João Bachilli.

A atração conta com o apoio de Ativa, Grafdil, Locadora Hamburguesa, Celsom Sonorizações, Mapa Papelaria, Swan Hotéis, Olé Armazém Mexicano, Auê Brindes, Cartão do Assinante Jornal NH e Sociedade Ginástica NH. A produção é da Um Cultural.


INGRESSOS - Os ingressos estarão à venda a partir do dia 28 de fevereiro. Estudantes e idosos pagam 20 reais. Para sócios do SINDPROF/NH, do Cartão do Assinante Jornal NH e da Sociedade Ginástica saem por 30 reais. A comunidade em geral paga 40 reais. Para adquiri-los basta ir a um dos pontos de venda:SINDPROF/NH(somente para sindicalizados), Mapa Papelaria; Olé Armazém Mexicano; Wall Street Posters de Novo Hamburgo e São Leopoldo; Farmácias Apoteka de Campo Bom e Sapiranga; Kinei Calçados de Dois Irmãos, Estância Velha, Ivoti e Portão; e na secretaria do clube.

ÁREA VIP: Quem quiser contar com visão privilegiada do espetáculo e serviço diferenciado a opção é a Área VIP. Para estudantes e idosos os ingressos saem por 40 reais. Sócios do Cartão do Assinante Jornal NH pagam 60 reais. Para o público em geral saem por 80 reais.

PROMOÇÃO - Crianças têm descontos especiais para assistir Tholl – O Circo de Bonecos em Novo Hamburgo. Os pequenos com idade entre 0 e 5 anos pagam apenas R$ 5,00. Para a faixa de 6 a 10 anos os ingressos custam R$ 10,00. Para participar da promoção é preciso retirar o cartão de desconto nos pontos de venda até o dia 19 de março. Empresas também ganham descontos para grupos de funcionários.


THOLL – O Circo de Bonecos

Onde: Sociedade Ginástica Novo Hamburgo

- Rua Castro Alves, 166 - Bairro Rio Branco

Quando: 26 e 27 de março (sábado e domingo)

Horário: 20 horas

Produção: Um Cultural

INGRESSOS:

· Crianças (0 a 5 anos): R$ 5,00 (até 19/03)

· Crianças (6 a 10 anos): R$ 10,00 (até 19/03)

· Estudantes e idosos: R$ 20,00

· Sócios Cartão do Assinante Jornal NH e sócios da Ginástica: R$ 30,00

· Público em geral: R$ 40,00

· Descontos especiais para empresas

Ingressos Área VIP

· VIP Geral: R$ 80,00

· VIP Cartão do Assinante: R$ 60,00

· VIP Estudantes e idosos: R$ 40,00


PONTOS DE VENDA:

Sociedade Ginástica

- Novo Hamburgo (Rua Castro Alves, 166 – Bairro Rio Branco – 3593 6811)

Mapa Papelaria

- Novo Hamburgo (Rua Joaquim Nabuco, 794 – Centro – 3593 4200)

Olé Armazém Mexicano

- Novo Hamburgo (Rua Gomes Portinho, 448 - 3279 8828)

Wall Street Posters (Bourbon Shopping)

- Novo Hamburgo (Avenida Nações Unidas, 2001 – Loja 10823066 9006)

- São Leopoldo (Avenida Primeiro de Março, 821 / Loja 201 – Centro – 3037 5712)

Farmácia Apoteka

- Campo Bom (Rua Voluntários da Pátria, 349 – 3598 2030)

- Sapiranga (Rua Vinte e Oito de Fevereiro, 83 - 3559-1120)

Kinei Calçados

- Estância Velha (Rua Portão, 296 – Centro – 3561 6600)

- Dois Irmãos (Avenida São Miguel, 597 – Centro – 3564 1922)

- Portão (Avenida Brasil,830 – Centro – 3562 2101)

- Ivoti (Avenida Presidente Lucena, 2912 – Centro - 3563 1833)

Daniela Ramirez Comunicação - Um Cultural (51) 9983 0364 (51) 3066 6229

segunda-feira, 14 de março de 2011

DEPUTADO PROPÕEM PROJETO QUE ESTIMULA A CRIAÇÃO DE CRECHES DOMICILIARES


VAMOS DIZER NÃO AO PROJETO !!!!

Os movimentos em defesa da Educação Infantil estão em campanha contra a proposta levada ao Congresso Nacional. O deputado federal licenciado Luiz Pitiman (PMDB-DF) apresentou projeto de lei 75/2011, que estimula a criação de creches domiciliares para crianças de até 3 anos.


O projeto foi concebido como medida para atender a um problema social, que são bebês sem educação e sem cuidado, e mães angustiadas pela falta de vagas em creches.No entanto, a solução para a educação não pode ser paliativa e representar um retrocesso para Educação Infantil. É dever do poder público garantir o direito das crianças pequenas à educação infantil pública, gratuita, laica e de qualidade.


O Mieib – Movimento Interforuns de Educação Infantil do Brasil, iniciou na internet um abaixo assinado contra o PL 75/11.Os documentos assinados on line serão encaminhados às diversas comissões da Câmara dos Deputados que analisarão o projeto.

Para endossar o abaixo-assinado clique aqui.Para saber mais sobre o projeto, clique aqui e leia análise da professora Fátima Guerra (UnB).

CONCERTO ESPECIAL PARA MULHERES


quarta-feira, 9 de março de 2011

REUNIÃO DO CONSELHO POLÍTICO

CARÍSSIMAS E CARÍSSIMOS COLEGAS DO CONSELHO POLÍTICO

Após o carnaval e com as baterias recarregadas, já está na hora de centrarmos nossas energias na nossa luta diária e contínua pela Valorização de professoras e professores e pela Qualidade da Educação Hamburguense.

No próximo dia 15 de março às 18h, no Salão de Eventos do SINDPROF/NH, ocorrerá a primeira reunião do ano do Conselho Político. Desde já, adiantamos que a pauta é de interesse de todos aqueles que acreditam no seu trabalho, na Educação e na Valorização dos mesmos.


E lembrem-se: “uma andorinha só não faz verão”. Por isso, junte-se a nós para que possamos avançar em nossas conquistas.

DIA 15 DE MARÇO, ÀS 18H NA SEDE DO SINDPROF/NH, RUA GOMES PORTINHO, 17

13º ANDAR-SALÃO DE EVENTOS

ACESSE: http://www.sindprofnh.org.br/

segunda-feira, 7 de março de 2011

Novo Hamburgo merece que seus professores sejam valorizados !

Em assembleia realizada dia 01.03.2011, professores e professoras aprovam a pauta de reivindicação da Campanha Salarial 2011.





Feliz dia da mulher !

Mulheres ganham 76% do salário pago aos homens, aponta Dieese

Embora a participação das mulheres no mercado de trabalho tenha crescido na última década, com grau de instrução superior ao dos homens, os salários delas continuam sendo menores, de acordo com estudo realizado pela Fundação Seade e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), na região metropolitana de São Paulo.

Segundo o levantamento, as mulheres ganham 75,7% do valor pago aos homens para o desempenho das mesmas funções. A diferença de remuneração, entretanto, caiu se comparado ao ano de 2000, já que naquela época o salário das mulheres equivalia a 73,6% do salário dos homens.

Nos cargos com nível superior completo, a diferença de remuneração entre homens e mulheres é maior: elas recebem 63,8% do valor pago a eles para as mesmas funções, menos que em 2000, quando esse percentual era de 65,2%.

Na última década, a escolaridade das mulheres melhorou, com 17,1% das profissionais apresentando ensino superior completo. Em 2000, esse percentual era de 12,9%. Entre os homens, apenas 13% apresentam nível superior completo, embora tenha havido um avanço frente aos 10,8% registrados no início da década passada.

Entre 2009 e 2010, a participação feminina no mercado de trabalho (proporção das mulheres com idade acima de dez anos em situação de ocupadas ou desempregadas) subiu de 55,9% para 56,2%, enquanto que para os homens, o indicador ficou praticamente estável, passando de 71,5% para 71,6%.

A taxa de desemprego total entre as mulheres diminuiu pelo sétimo ano consecutivo em 2010, passando de 16,2% em 2009 para 14,7%. "Para a população feminina foram gerados 163 mil postos de trabalho, volume suficiente para absorver as 99 mil mulheres que ingressaram na força de trabalho metropolitana e reduzir em 64 mil o contingente de desempregadas", destaca o estudo.

O resultado, de acordo com as entidades, reflete a melhora na educação das mulheres. Se em 2000 a maior parte da População Economicamente Ativa (PEA) com nível superior era composta por homens (51,3%), hoje essa posição é ocupada pelas mulheres (53,6%). O nível de ocupação dos profissionais com escolaridade superior cresceu mais rapidamente entre as mulheres do que entre os homens. Para o Dieese/Seade, se esse ritmo for mantido, "é de se esperar que, em poucos anos, as mulheres também passem a ser maioria no conjunto do ocupados".

Francine De Lorenzo, do Valor Online

Participação da mulher no mercado de trabalho cresce, mas salário ainda é menor que o do homem

Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - Apesar da participação da mulher no mercado de trabalho ter crescido no ano passado, ela continua a receber salário menor que o do homem. Segundo o boletim Mulher&Trabalho, divulgado hoje (2) pela Fundação Seade e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a participação da mulher no mercado de trabalho na região metropolitana de São Paulo passou de 55,9%, em 2009, para 56,2% no ano passado, mas o salário delas corresponde a apenas 75,7% do que os homens recebem pelo desempenho da mesma função.

O rendimento médio por hora trabalhada das mulheres passou de R$ 6,56 para R$ 6,72 e o dos homens, de R$ 8,22 para R$ 8,94. As mulheres com ensino superior recebem, em média, R$ 15,70 pela hora de trabalho, enquanto as que não têm curso superior recebem R$ 4,60 por hora. “Essas informações evidenciam que completar o ensino superior significa, de fato, alcançar postos mais qualificados e mais bem remunerados”, diz o estudo.

De acordo com o boletim, a região metropolitana de São Paulo gerou 163 mil postos de trabalho para as mulheres em 2010, volume que foi considerado suficiente para absorver 99 mil mulheres que ingressaram na força de trabalho local. A taxa de desemprego das mulheres diminuiu de 16,2%, em 2009, para 14,7% em 2010, enquanto a dos homens passou de 11,6% para 9,5% no mesmo período.

A inserção das mulheres com escolaridade superior no mercado de trabalho também cresceu e já é maior que a dos homens. Segundo o estudo, o número de mulheres com ensino superior completo no mercado de trabalho na região metropolitana de São Paulo passou de 12,9%, em 2000, para 17,1% em 2010. Se em 2000, a maior parte da População Economicamente Ativa (PEA), com nível superior, era composta por homens (51,3%), no ano passado ela passou a ter maioria feminina (53,6%).

Além do crescimento quantitativo de mulheres no mercado de trabalho, o boletim também observou que outras oportunidades de inserção produtiva estão se abrindo para as mulheres mais escolarizadas. Apesar da educação ainda ser o principal segmento a abrigar as trabalhadoras (com mais de 20%), cresceu a participação feminina no segmento de serviços especializados (13,6%) - advogadas, contadoras e engenheiras -, superando o setor de saúde (12,4%).

Edição: Aécio Amado


sábado, 5 de março de 2011

Escolas reforçam estereótipo do papel da mulher na sociedade

Desirèe Luíse

“Não tinha clareza de como colaborei para manter diferenças entre os sexos dentro da sala de aula, que eu mesma condeno e quero superar”. A confissão é de uma professora do ensino fundamental de uma escola municipal de Marília, cidade do interior de São Paulo. Os 100 anos do Dia Internacional da Mulher, comemorado na terça-feira (8/3), convidam a refletir sobre o assunto.

Na ocasião, a professora participava de um projeto de extensão do Laboratório Interdisciplinar de Estudos de Gênero (Lieg) da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Durante 2010, ocorreu o módulo 1, intitulado “Gênero na Escola: aprimorando conceitos e discutindo práticas”. O projeto reuniu dados sobre a presença de práticas sexistas no ensino infantil e fundamental.

“As diferenças entre homem e mulher são culturais e não biológicas. O processo de construir essa diferenciação começa, principalmente, na escola, aos seis anos”, constata a coordenadora do Lieg, Lídia Possas. “Quando a criança passa pelas primeiras séries, ainda não distingue. O menino brinca com pulseira e a menina com bola”.

“Os professores falam de cores e brinquedos de meninos e meninas, separam as crianças em filas por gênero, bem como em atividades diferenciadas. Não envolvem ambos os sexos para um trabalho coletivo. Muitas vezes estimulam mais os meninos a falarem”, exemplifica a professora dedicada à pesquisa sobre a temática feminina no país há vinte anos, Tânia Brabo.

Os resultados do projeto desenvolvido pelo Lieg foram discutidos com uma turma de 40 professores em atividades como aulas expositivas, debates, filmes e a análise de contos infantis.

“Muitas professoras ficaram assustadas, pois perceberam com que força acontece a diferenciação na questão de gênero, não apenas na escola, mas no dia-a-dia. Algumas falaram de suas experiências em casa com o marido”, revela a coordenadora.

De acordo com Lídia, os professores e professoras ficam à mercê de modelos curriculares pré-fabricados, que reforçam os papéis normativos tradicionais do homem e da mulher na sociedade.

Segundo Tânia, a história oficial transmitida para os alunos não contempla como as mulheres têm contribuído. “Se a professora ou professor não tem a consciência dessa invisibilidade das questões ligadas à mulher, vai tratar como natural, não possibilitando a discussão da desigualdade dentro da sala”, aponta Tânia. “A questão de gênero não é trabalhada de forma multidisciplinar”.

Consequências

De acordo com as professoras, quando os estereótipos são mantidos na escola, os alunos absorvem e passam a reproduzir no cotidiano. “Acham que há comportamentos inadequados para as meninas, profissões que são de homens e, portanto, mulheres não podem escolhê-las”, diz Tânia.

Um dos reflexos da desigualdade que começa dentro de sala de aula ainda é o salário. Mulheres ganham 76% do salário pago aos homens, segundo o último estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Além disso, lembra Tânia, quando mulheres são eleitas há dificuldades de aceitação. Outro exemplo são os casos de violência doméstica.

Até a universidade

O trabalho com a questão de gênero não tem espaço em sala, desde a educação infantil até o ensino superior. Apenas há dois anos a disciplina abordando a história de gênero foi acrescentada ao curso de ciências sociais da Unesp. “As universidades deveriam estar mais abertas à realidade”, afirma Lídia.

“Passamos a não ter direitos, porque todo um modelo não contemplou as mulheres como deveria. É preciso rever paradigmas a todo o momento, trabalhar nessa questão e tornar mais público”, conclui.

http://aprendiz.uol.com.br

quarta-feira, 2 de março de 2011

Melhores sistemas educacionais do mundo dão autonomia a escolas e não selecionam alunos

A prova, coordenada pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e aplicada em 65 países para alunos por volta dos 15 anos, mede conhecimentos e habilidades em leitura, matemática e ciência, além de aplicar questionários a alunos e diretores (e pais, em alguns casos), sobre ambiente e práticas de aprendizado, organização das escolas e contextos sociais e econômicos, entre outros.

Segundo o Pisa, os sistemas escolares que dão a mesma oportunidade aos alunos tendem não apenas a ter notas melhores, mas também a reduzir a influência da realidade social e econômica dos estudantes no seu desempenho escolar. São sistemas em que todos os alunos, com contextos diferentes, têm as mesmas oportunidades para aprender e frequentam as mesmas escolas. Além disso, eles raramente repetem de ano ou são transferidos de escolas por problemas de comportamento ou por pouco
rendimento acadêmico.

O programa de avaliação lista as escolas de Coreia do Sul, Finlândia, Canadá, Japão, Noruega, Estônia, Islândia e Hong Kong como as mais bem-sucedidas na avaliação. Isso significa, para o Pisa, que elas têm performance em leitura acima da média dos países da OCDE (493 pontos) e que o contexto sócio-econômico dos estudantes tem um impacto menor nesse resultado do que ocorre na média da OCDE (14% da variação na performance vem do contexto de vida do aluno).

"Isso representa um funcionamento eficiente da escola. Ela consegue ser democrática e atender o aluno da forma como ele chega. Não é algo baseado na retenção, mas no trabalho do dia a dia", explica a educadora Silvia Gasparian Colello, da Faculdade de Educação da USP (Universidade de São Paulo). Ela diz que as pessoas têm diferentes saberes e mecanismos de aprendizagem e que, ao reunir esses alunos numa mesma sala, "todo mundo aprende com todo mundo" e foge-se de uma divisão entre
alunos que é artificial. "O aluno é forte, médio ou ruim a partir de que princípios? Ele pode ser bom em português, mas não ter dificuldades com biologia."

No Brasil, asescolas técnicas federais, por exemplo, têm melhor desempenho entre as da rede pública, no ensino médio, mas é comum a seleção de estudantes nessas instituições, por meio de vestibulinhos. Silvia Colello afirma que a divisão de alunos não costuma ser benéfica para nenhum dos lados, já que os que apresentam as piores notas se tornam uma "profecia autorrealizante" (como espera-se pouco deles, produzem pouco) enquanto os que têm melhor desempenho podem se acomodar e não render tanto quanto o esperado.

O Pisa afirma que nenhum dos sistemas escolares que se destacam "tem altos índices de diferença entre os alunos". Por outro lado, países como Bélgica, Holanda e Suíça, que selecionam e classificam os alunos em escolas, programas ou notas, apresentam boas performances, mas a realidade fora da escola do estudante influencia mais na nota do que nos países considerados bem-sucedidos.

Além disso, o Pisa mostra que nos países em que os alunos de 15 anos foram divididos em mais faixas, baseadas em suas habilidades, a performance geral não foi melhor" e que "quanto menor a idade em que a seleção acontece, maiores são as diferenças geradas pelo contexto sócio-econômico nos resultados dos estudantes, quando chegam aos 15".

Escola própria

Outra característica comum entre os sistemas que conseguem bons resultados é a grande autonomia que eles dão às suas escolas. Elas podem formular seus currículos e definir suas formas de avaliação. "Isso permite que elas se ajustem a seus perfis de aluno, tirando o melhor proveito da diversidade", diz Silvia Colello.

Ela lembra, no entanto que, no Brasil, a escolha dos livros didáticos pelas escolas públicas, pelo PNLD (Programa Nacional do Livro Didático), é feita a partir de uma lista pré-selecionada. "Por exemplo, para falar do mar, uma escola em uma comunidade de pescadores vai partir de um ponto diferente de uma comunidade do sertão. Os conteúdos não são neutros. Eles são social e culturalmente situados."

Apesar de listar características comuns entre os sistemas escolares bem-sucedidos, o relatório com o resultado do Pisa diz, no entanto, que essas características não são "necessárias ou suficientes" para uma boa qualidade na educação. Para Silvia Colello, "a fórmula do sucesso [na educação] é complexa e plural. Depende de diferentes fatores e da relação entre eles".

Sobre o Pisa

O Pisa produz indicadores educacionais, avaliando alunos próximos do final da educação obrigatória. As provas são aplicadas a cada três anos, sempre com foco em uma das áreas sempre avaliadas: a de 2009 teve ênfase na leitura.

Os alunos que fazem os testes vêm de uma amostra aleatória de escolas públicas e privadas e são escolhidos pela idade (entre 15 anos e três meses e 16 anos e dois meses, no início da avaliação), e não pelo grau escolar em que estão. A prova já foi aplicada em 2000, 2003 e 2006.

Juliana Doretto, especial para o UOL Educação