sábado, 30 de maio de 2015

Pronunciamento Oficial sobre a saída do Secretário de Educação


O SindProfNH comunica que recebe a notícia da saída de Adelmar Alberto Carabajal como uma sinalização do executivo para a discussão das demais pautas, outrora ignoradas na mesa de negociações.

Desde o início de nossa greve divulgamos amplamente o desejo da categoria pela exoneração do ex-secretário, apesar da insistência do executivo de falsamente vender para a comunidade a ideia de que servidores e professores estavam nas ruas apenas para exigir a reposição da inflação, direito líquido e certo pela lei orgânica 1306/2005.  O grito “Fora Beto” foi adotado por todos os servidores municipais, além dos professores, pois representava todos os assédios cometidos contra o funcionalismo nos demais setores.

Não consideramos a saída do secretário como uma vitória do movimento, mas como um avanço na luta por uma educação de qualidade e respeito ao professor, essas sim questões dignas de comemoração.

Agora aguardamos que o Prefeito Municipal Luis Lauermann receba os sindicatos e a Comissão de Negociação Pós-Greve para definirmos os prazos e as pautas que devem ser atendidas nos próximos 20 dias, pois é de conhecimento da imprensa e do executivo que estamos em Estado de Greve. É importante salientar que a saída de Adelmar Alberto Carabajal, não muda a soberana decisão da Assembleia realizada na última sexta-feira 29 de maio de 2015.


Os professores ainda esperam que o quadro de profissionais em educação seja completo. Faltam 93 docentes na rede. Os professores ainda buscam por autonomia das escolas para a programação do calendário escolar entre outras pautas. 

quinta-feira, 28 de maio de 2015

A GREVE DA EDUCAÇÃO DE NOVO HAMBURGO CONTINUA. POR QUÊ?



Para quem pensa que os professores municipais são intransigentes ou que não têm “amor pelas crianças”, é preciso esclarecer alguns fatos que foram determinantes para que uma Greve histórica neste município fosse deflagrada.


São praticamente sete anos lutando contra a precarização da Educação Pública e pela valorização de seus profissionais. Sete anos em que a política adotada pela administração tem sido o desmantelamento de uma das Redes Educacionais mais respeitadas no Rio Grande do Sul e que servia de referência tanto nas questões de valorização e respeito pelos educadores, como também pela seriedade e comprometimento com suas políticas educacionais.


A situação atual chegou ao seu limite, não há como calar. Ano após ano a administração tem feito um forte investimento em achatar os salários da Educação, e mais, precariza nossas condições de trabalho consequência das dezenas de exonerações anuais. 


Não temos mais uma Rede estável, segura. Consequência, as crianças estão sendo prejudicadas diariamente no momento em que não sabem se vão ter um professor no dia de amanhã, isso independente da Greve, pois os professores estão indo embora para outras Redes nas quais se sentem valorizados e confiantes.


Jamais nesta cidade vivemos tal situação, de não termos professores. Isso era coisa para o Estado; não mais, esta também é a realidade municipal. 


Fora isso, espaços fundamentais para a aprendizagem estão sendo fechados, a revelia de um “Pacto de Aprendizagem” propagado por essa administração com uma grande proposta pedagógica e que tem sido esquecido. 


Consequência; alunos (as) com Necessidades Educacionais Especiais ou dificuldades de aprendizagem que necessitam destes espaços sem atendimento e professores lutando para que essa situação se reverta.


Por que estamos em greve? Porque o prefeito se recusa a ouvir os apelos dos profissionais que estão no dia a dia da Escola e sabem muito bem que o que se propaga aos quatro ventos não é o que de fato acontece no chão da Escola. 
A Educação Hamburguense continua sem respostas!


* Falta de diálogo da administração;
* Sucateamento dos espaços escolares (Fechamento de laboratórios de aprendizagem, de informática);
* Precarização da carreira de professor(a);
* Falta constante de professores na maioria das escolas;
* O apartheid criado entre profissionais da Educação Infantil e Ensino Fundamental;
*Transferências de colegas que denunciaram o mau uso e desvio de dinheiro em suas escolas;
* Achatamento salarial (perdas mais de 13%);
* Cumprimento de 1/3 da Hora Atividade.
* Quem está respondendo pela Pasta da Educação?



Quando há falta diálogo e sobra intransigência e desrespeito a única alternativa para trabalhadores (as) a GREVE.


domingo, 17 de maio de 2015

Greve dos Professores ganha força em Novo Hamburgo



Moção em favor do movimento foi assinada por 50 diretoras e diretores da rede municipal


Na última sexta-feira (15), os professores de Novo Hamburgo e os servidores municipais estiveram em nova Assembleia. Na ocasião o funcionalismo público definiu as novas ações que o comando de greve tomará na próxima semana.  Sem realizar suas atividades há 19 dias, os trabalhadores aguardam pela votação do projeto do dissídio na câmara de vereadores.


Na mesma Assembleia a divulgação de um novo fato garantiu a segurança dos professores que fazem parte do movimento. O Chefe do Gabinete do Prefeito, Gilmar Valadares recebeu uma comissão de diretoras que levaram ao seu conhecimento uma moção de apoio à greve. 


O documento com 50 assinaturas trazia a discussão do dissídio e apontava carências da educação, “falta de professores em diversas turmas no início do ano letivo, redução do atendimento em espaços pedagógicos, precariedade do espaço físico na maioria das escolas”, dizia o documento. 


Em outro ponto as equipes diretivas foram muito claras sobre o que pensam do movimento, “Entendemos como legítimas as revindicações da categoria e, mesmo mantendo as escolas abertas para atender as questões administrativas do Cargo para o qual fomos eleitas, não esquecemos a nossa formação inicial de professores. A luta dos professores por Educação Pública de Qualidade deve ser a luta de todos”. 


Esta é a primeira vez que as equipes diretivas se pronunciam oficialmente sobre a greve em Novo Hamburgo. 


Nesta semana os grevistas devem realizar mobilizações em diversos bairros do município. O primeiro deles é no bairro Canudos, maior colégio eleitoral hamburguense com 60 mil eleitores. O Ato Público acontecerá a partir das 9h da manhã na rua Bartolomeu de Gusmão. 


De acordo com a presidente do SindProfNH, Andreza Formento essas ações servirão para atrair a comunidade para próximo do movimento, “Sabemos que os pais apoiam os professores, mas decidimos por ações mais pontuais para que a Prefeitura perceba que não será com mentiras que a categoria vai se desmobilizar. Agora com o apoio das diretoras e diretores os professores estão mais encorajados e continuarão lutando”. 


Desde o dia a última quarta-feira (13) a prefeitura vinha divulgando que as aulas seriam retomadas normalmente nesta segunda-feira (18). “Quem decide o fim da greve é o trabalhador”, concluiu Formento.


Entre as reivindicações dos professores está a contratação de mais professores, pois de acordo com levantamento da categoria a rede precisa contratar pelo menos 100 docentes. A reabertura dos espaços de aprendizagem e de informática. O início das obras que foram contempladas pelo Orçamento Participativo e que há mais de um ano continuam no papel. O pagamento em uma única parcela do dissídio coletivo, razão pela qual os demais servidores também estão em greve e a exoneração do Secretário de Educação, Alberto Carabajal. 


Nesta semana os funcionários da saúde também devem paralisar suas atividades. Essa é a maior greve ocorrida em Novo Hamburgo nos últimos 20 anos. Nunca na história do município o magistério ficou tanto tempo fora das salas de aula. Cerca de 94% dos professores aderiram à greve.

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Praça do Imigrante fica lotada no sétimo dia da Greve dos Servidores de Novo Hamburgo


Cerca de 1500 pessoas participaram do ato público que contou com o apoio da comunidade


Foto: Rafael Petry
Nesta sexta-feira(8), a Praça do Imigrante, no centro, foi ocupada por mais de 1500 servidores municipais. Esse é o sétimo dia de greve dos professores que iniciaram as paralisações das atividades no dia 29 de abril.

A categoria havia feito um ato na parte da manha no centro administrativo Leopoldo Petry, mas há tarde se reuniu para um ato público numa das ruas mais movimentadas de Novo Hamburgo, a Av. Pedro Adams Filho.  Através de palavras de ordem os professores e os servidores do quadro geral, exigiam o pagamento do dissídio do funcionalismo pago em uma única parcela.
Foto: Rafael Petry


De acordo com a gestão, Novo Hamburgo não pode pagar a reposição de inflação de 8,416% em uma única parcela para não infringir a lei de responsabilidade fiscal. Mas para a Presidente do Sindicato dos Professores, Andreza Formento essa fala não tem validade. “De acordo com os dados do Portal da Transparência podemos ver que hoje os gastos com a folha são de 31,57% bem longe do teto de 53%”.

Durante o ato denuncias de assédio moral foram feitas por servidores de todos os setores do município. De acordo com informações do Grêmio Sindicato, o Secretário da Fazenda, Roque Werlang precisou deslocar cargos de confiança para seu setor para que o serviço continuasse ocorrendo normalmente.  Entre os professores as palavras de ordem se resumiam ao “Fora Beto”, os docentes desejam a exoneração do Secretário de Educação, Alberto Carabajal.
Foto: Rafael Petry

“Esse movimento que exige a saída do Beto – apelido do secretário – se formou por conta do assédio moral promovido por ele. A última história que a Secretaria de Educação inventou foi que se a comunidade não levasse as crianças às escolas correriam o risco de perder o Bolsa Família, o que é mentira. Mais uma”, concluiu Andreza.


Nesta segunda-feira (11), os grevistas vão se reunir novamente na Prefeitura a partir das 10h da manhã e na parte da tarde às 16h, eles acompanharão a sessão da Câmara de Vereadores. Nessa data o Secretário de Educação deve comparecer para uma fala na tribuna. A expectativa é que o executivo envie no mesmo dia o projeto do dissídio dos servidores.

Após ocuparem a BR 116 na parte da manhã, Servidores Municipais seguem em greve





Assembleia realizada na Sociedade Ginástica contou com a presença de 1800 funcionários públicos

Na tarde desta quinta-feira (7), aconteceu a Assembleia Geral dos servidores municipais de Novo Hamburgo promovida pelo SindProfNH e Grêmio Sindicato na Sociedade Ginástica do Bairro Rio Branco. Cerca de 1800 servidores participaram das discussões que definiram os rumos da greve.

“A categoria está cada vez mais decidida. São mais de 1000 professores parados e com a adesão dos servidores do quadro geral nossa luta ficou ainda mais sólida”, disse Andreza Formento,  Presidente do SindProfNH.
No sexto dia da greve, o funcionalismo hamburguense saiu em passeata pelas ruas da cidade e ocuparam a BR116 por 20 minutos. Duas mil pessoas entre servidores, professores e pessoas da comunidade que são simpáticos à causa participaram do ato que foi pacífico e ordeiro.

“O movimento vem crescendo a cada dia. Apesar da denúncia de que o Prefeito Luis Lauermann estar pedindo a listagem com o nome dos servidores que estão em greve, o funcionalismo tem se mostrado firme na sua luta, na certeza do amparo legal”, comentou Andreza sobre as tentativas da gestão de enfraquecer e tentar tirar a legitimidade do movimento.

Entre as 84 escolas municipais de Novo Hamburgo, apenas quatro não aderiram à greve. Mesmo assim, os professores que estão nas escolas não atendem mais que dez alunos em uma turma, pois a comunidade tem apoiado o movimento. “As colegas que ainda não aderiram o movimento serão procuradas por comissões para avaliarmos os reais motivos de não se juntarem a luta. Se estiverem sofrendo assédio por parte da Secretaria de Educação, vamos garantir apoio e proteção à todos que precisarem. Respeitamos os colegas que podem não ter o desejo de fazer a greve, mas vamos nos opor fortemente ao ataque aos direitos do trabalhador, entre eles o direito de greve”, concluiu Formento.

Vale lembrar que se os professores tiverem menos do que 50% dos alunos em sala de aula, não é considerado dia letivo. A recuperação dos dias de paralisação provocados pela greve terá de ser cumprida por todos os professores, inclusive os que permaneceram nas escolas.


Na manhã desta sexta-feira os professores e servidores promoverão novo ato no Centro Administrativo Leopoldo Petry a partir das 9h e à tarde estarão concentrados a partir das 14h na Praça do Imigrante. 

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Quinto dia de greve agita a Câmara de Vereadores


900 professores estiveram na sessão que dividiu o PT hamburguense

“Eu não sou o Beto. Não quero ser comparado com ele. Eu não sou assim”, bradou o Vice-Presidente da Câmara dos vereadores, Fufa Azevedo do PT na sessão ocorrida na tarde desta quarta-feira, 6 de maio.

O discurso que representava a opinião da bancada do PT formada pelos vereadores, Naasom Luciano e Enio Brizola, foi realizado diante de 900 professores que estavam em ato na Câmara.  Recebido pelos professores com as palavras de ordem “Fora Beto”, uma referencia ao desejo da categoria pela exoneração do secretário, o petista foi categórico: “Eu e a bancada somos a favor do plano de governo, mas não somos coniventes com as atitudes do secretário de educação”.

A declaração aconteceu após a Presidente do Sindicato, Andreza Formento levar ao conhecimento dos vereadores denúncias  gravíssimas da situação precária nas escolas.

 “Nós trouxemos aqui, senhores vereadores e senhora vereadora, uma lista  de 84 escolas municipais que estão com problemas que a Secretaria de Educação não resolve. Há falta de folhas de ofício, telhados que chovem para dentro, falta até papel higiênico”, disse a Presidente que em seguida leu o nome das escolas e os problemas de precarização que vem enfrentando cada uma.

Os vereadores de oposição atacaram firmemente a gestão e a figura do secretário Alberto Carabajal. A surpresa foi o posicionamento da bancada petista em favor do professores que denunciaram assédio moral. “O movimento #ForaBeto, foi se construindo ao longo desses cinco dias de greve. Um momento histórico, pois nunca o magistério parou por tanto tempo e com tamanha adesão. Algo de muito errado acontece no quarto andar onde fica a Secretaria de Educação”, comentou Andreza ao relatar as atitudes do Secretário.

Depois de recusar aliar sua imagem à de Beto, apelidado de Corujão em referência ao projeto “Escola Coruja”, o vereador sinalizou que Carabajal, talvez não seja uma unanimidade dentro do Partido dos Trabalhadores.


Os professores continuam em greve nesta quinta-feira (7), uma Assembleia Geral entre professores e servidores acontecerá nesse dia às 15h na Sociedade Ginástica.  Em Novo Hamburgo, apenas quatro entre 80 escolas municipais tiveram aula. 

quarta-feira, 6 de maio de 2015

O que você faria se você não tivesse medo?


Tem alguns dias que o cheiro típico da sala de aula não faz parte dos aromas que sentimos ao longo do dia. Tem alguns dias que não ouvimos as risadas gostosas, as perguntas inusitadas, que não vemos os olhinhos estreitos que, curiosos, buscam entender o que a “profe”, o que o “ssor” está explicando. 

Tem dias que o cenário de nossas aulas mudou. Trocamos as paredes que nos calavam, pelas ruas cheias de gente que não podiam ver e nem ouvir o professor. Unidos decidimos enfrentar a opinião pública e correr todos os riscos, mas precisamos dizer a verdade sobre a educação em Novo Hamburgo.

Há quem diga que o professor tem tomado às ruas por uma reposição de inflação, por que está preocupado com o bolso, mas a verdade é que, há muito tempo já estamos cansados de esconder da comunidade a precarização a qual esta gestão submete nossos alunos.  Nos cansamos de ser assediados pelo secretário, de ver os direitos de nossas crianças violados por uma política deturpada de contenção de despesas.

Esse tempo em que não nos pronunciamos levantou a questão crucial para deflagrarmos a greve: O que faríamos se não tivéssemos medo?

Provavelmente diríamos não ao assédio, muitas vezes provocado por nossos pares nas escolas, questionaríamos políticas que sabemos que prejudicam os estudantes. Sairíamos às ruas para contar à comunidade o que vem acontecendo em Novo Hamburgo.

Se não tivéssemos medo, distribuiríamos panfletos, faríamos abaixo assinado, bradaríamos palavras de ordem. Apontaríamos o que é ilegal e não chamaríamos de outro modo para ser mais polido. Talvez, se não tivéssemos medo faríamos paródias de canções populares explicando o “filme de terror” que é ser professor em Novo Hamburgo.

É provável que sem o medo, sairíamos ordeiros em caminhada aos silvos dos apitos, marchando pela educação, pelo respeito ao trabalhador, pelo cumprimento das leis. Da lei do piso, da lei do dissídio, da reclassificação... Ah, sem o medo certamente nós seríamos numerosos a ponto de lotarmos a Câmara Municipal. E se assim fosse, iríamos nos apoderar de um movimento grandioso e conseguir até mesmo que o Executivo retirasse projetos ilegais.

Sem esse tal de medo carregaríamos bandeiras, iríamos vestir camisetas que nos dessem destaque entre centenas de pessoas, de maneira que de longe qualquer um que passasse diria: “Eis aí um professor, uma professora”.

Desprovidos de medo ocuparíamos nosso lugar no pátio da prefeitura para encarar nosso opressor e em praça pública daríamos uma verdadeira aula de cidadania.

Isso é um professor sem medo, a boa notícia é que esse professor corajoso e destemido já prestou o seu concurso e aprovado, foi. Talvez esteja poucos meses na rede, talvez 20 anos. quem sabe aposentado? Esse professor que é cidadão de primeira grandeza já é notícia em todos os veículos de comunicação importantes do Rio Grande do Sul. Esse guerreiro é você, sou eu, colega Professor Municipal da cidade de Novo Hamburgo.

Nós já realizamos tudo isso. Já estamos mostrando a verdade e resistência ao enfrentar o frio, o calor, o cansaço. Ao enfrentarmos as críticas, as perseguições e mentiras que, como navalhas afiadas, são lançadas pela Secretaria de Educação.

Somos corajosos, somos bravos, aguerridos, somos formadores de opinião. Enfrentamos de cabeça erguida a vergonha a que o secretário nos submete toda vez que faltam folhas de ofício nas escolas e que compramos com nosso salário. De cabeça erguida denunciamos o sucateamento dos prédios escolares, onde em dia de chuva, o lado de dentro molha tanto quanto um jardim a céu aberto. Sem qualquer constrangimento denunciamos a precarização, pois constrangida deveria ficar a gestão que vai investir R$7 milhões em publicidade, enquanto nas escolas falta até papel higiênico.

Agora temos que nos lembrar da razão mais importante de estarmos fora das salas de aula: Os Alunos. É por eles que lutamos. E precisamos nos manter firmes, sem medir esforços. Precisamos mobilizar aquele seu colega que ainda não sentiu segurança de nos acompanhar nessa jornada.
Um bom argumento para trazê-lo? Experimente perguntar “O que você faria se não tivesse medo?”



segunda-feira, 4 de maio de 2015

Um certo Secretário Beto em: Do Computador ao Aipim





O Brasil vive hoje em plena democracia, por isso temos de nos acostumar às vozes das ruas, aos pleitos dos trabalhadores”, disse a Presidenta da República ao inovar e transmitir o seu tradicional discurso do Dia do Trabalhador pelas redes sociais.
O vídeo de quase dois minutos traz uma militante corajosa que pela vontade popular está em seu segundo mandato. Dilma certamente acredita nesse Brasil democrático de que fala, mas do alto do seu Palácio, em Brasília, a chefe de estado não pode sequer imaginar que o sequestro dos direitos do trabalhador é pratica comum aos seus pares do Partido dos Trabalhadores.

O usurpador da democracia tem nome e sobre nome: Adelmar Alberto Carabajal, o Beto – ou como ficou conhecido Corujão – que ocupa a secretaria mais importante de qualquer governo: A Secretaria de Educação. Esse senhor tem levado a educação de Novo Hamburgo ao mais baixo nível em toda a história do município. A falta de professores e o fechamento de espaços pedagógicos são algumas das ações que o secretário tem promovido.

Crítico das terceirizações, no discurso, mostra na prática que o papel tudo aceita, mas a realidade Beto não pode negar: Essas são as escolas de educação infantil terceirizadas em Novo Hamburgo:

Escola Municipal Ensino Infantil
Nº Alunos
Sementinha Viva
115
Vovô Werno
120
 Raio de Sol
43
 Favo de Mel
220
Vivendo e Aprendendo
92
 Ipê Amarelo
132
Vila das Flores
196
 Bem Te Vi
196
Raio de Luz
240

São 1354 novas matrículas no município, um investimento de R$5,5 milhões em prédios, porém nenhum novo professor foi empossado no concurso que tem validade até 2016. As escolas estão em funcionamento por graça e obra do serviço terceirizado que onera a folha de pagamento, impedindo até mesmo o tal reajuste de inflação – que o Secretário falsamente diz que é o motivo da greve - e ainda prejudica o Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores Municipais (IPASEM), pois os terceirizados recolhem para o INSS.

O inimigo público da educação também é contra o direito de greve. O Corujão tem ameaçado diretoras onde o grupo de funcionários tem maioria em estágio probatório. A Constituição Federal no artigo nono  Lei nº 7.783/89 garante que o direito a greve se estende a todos os trabalhadores.  Enquanto o Brasil olha horrorizado para o Beto (Richa) de Curitiba, que manda a polícia bater nos professores, o Beto (Carabajal) de Novo Hamburgo parece agir livremente praticando toda sorte de crimes contra o trabalhador. Se o Tucano é a ave que assombra os professores curitibanos, é a coruja quem tenta devorar os educadores do município.

O estudantes são os mais prejudicados com as políticas de contenção de despesas que o Secretário de Educação vem chamando de “políticas de governo”.

Fechar os espaços de aprendizagem não pode ser uma política de governo, terceirizar a atividade fim educação não pode ser uma política de governo, colocar professores de português dando aulas de matemática não pode ser uma política de governo, impedir o acesso à tecnologia como ferramenta de aprendizagem não pode ser uma política de governo. Retirar o direito dos alunos ao apoio à inclusão não pode ser uma política de governo. 

O arrocho salarial, o sangramento da educação não pode ser política de governo. Beto Carabajal está destruindo a educação de Novo Hamburgo, que já foi referência na região. O secretário deveria ser chamado de “Irresponsável pela Educação” no município.

A precarização do ensino em Novo Hamburgo assusta os professores da época do Professor Ernest Sarlet que levou a educação do “Aipim ao computador”, através da modernização dos processos de ensino no município. Já sob o comando do Beto, fazemos o movimento ao contrário. Somos obrigados a abandonar a qualidade do ensino e passar a tratar a aprendizagem como um processo mecânico e industrial.

Como a presidente, os professores municipais terão de ter um “coração valente” para enfrentar a ditadura da precarização do ensino e do desrespeito ao trabalhador imposta por Alberto Carabajal. Firmes seguiremos contra o inimigo público da educação.