quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Segunda parcela do dissídio deve ser incorporada ao salário neste mês


Você já fez seus cálculos?

No próximo dia 30 o executivo hamburguense deve cumprir com a segunda parcela do dissídio dos servidores municipais. A medida inconstitucional, fortemente defendida pelos vereadores da base do PT - VALE LEMBRAR -  vai incorporar 2,66% ao salário para completar o percentual de 8,41%.

O reajuste que deveria zerar a inflação do período de Abril de 2014 até abril de 2015, não representa aumento real para os trabalhadores e nem cumpre seu papel, uma vez que o pagamento da primeira parcela de 5,75 pago em junho, retroativo ao mês de abril, é inferior ao percentual total de quase 9%, apontado no INPC, índice utilizado para o cálculo.

Em valores reais, os professores perderam 18,62% com o parcelamento do dissídio.
“Essa perda salarial é muito impactante para o trabalhador”, afirmou o Presidente do SindProfNH, Gabriel Ferreira que confirma que estas perdas salariais serão protocoladas e também estarão na pauta da campanha salarial 2016.

A perda real é de R$257,00 para os professores de nível médio e pode chegar a R$ 700,00 para professores com graduação. 

Para evitar que ocorram ainda mais perdas é preciso que o profissional fique atento  à reposição deste mês. Você já calculou seu reajuste?

O Aumento total sobre o salário base é 8,41% e você deve se certificar de que seus triênios e quinquênios aumentaram proporcionalmente a reposição do seu salário base. Por exemplo:














Se você tiver qualquer problema em relação aos seus vencimentos, entre em contato com o SindProfNH através do telefone 51 - 30655618. 


terça-feira, 24 de novembro de 2015

PT hamburguense pretende gastar R$ 3,5 milhões na contratação de professores temporários



 Luis Lauermann ignora concurso aberto e apresenta projeto que não considera chamar os professores aprovados no concurso do próximo domingo.

 
Imagem de Internet




Na semana passada nos posicionamos contra o PL 117/2015, que está na câmara de vereadores, que prevê a contratação de professores - SEM CONCURSO - para substituir docentes durante a licença maternidade.

O projeto que parece um rompante de bondade vindo do chefe do executivo, na verdade não passa de uma trama armada para um golpe neoliberal na educação hamburguense.

Com previsão de contratação de 110 professores para cobrir as mamães em licença, o PL não apenas precariza o ensino, já que a seleção será simplificada e não através de concurso, mas também causa um duplo impacto no orçamento encolhido de Novo Hamburgo, uma vez que a folha de pagamento é onerada com os vencimentos dos novos contratados que ainda por cima não contribuem com o IPASEM, o recolhimento previdenciário será pago ao INSS como prevê o Artigo 9º.




Um dos fatores mais preocupantes do Projeto de autoria do executivo é o número de professores que ele permite contratar.   110.

Um levantamento realizado pelo SindProfNH aponta que, para 2016, há previsão de licença gestante para apenas 16 professoras, entre profissionais de educação infantil, currículo e área, como mostra o quadro abaixo.
















Então, qual seria a necessidade de contratar 85% mais professores do que a demanda real? AS ELEIÇÕES.

Neste ano denunciamos a falta de professores que foi agravada pelo número de profissionais que se aposentaram agora em 2015.

De acordo com o IPASEM, 80 docentes já deixaram as salas de aula e a previsão de aposentados para 2016 é de 50 professores.

Portanto, há uma semelhança muito interessante sobre o número total de professores aposentados, 130, e o número de temporários que a SMED pretende colocar em sala de aula.

Com uma lei que permita esse tipo de contrato, a educação municipal tende a seguir a precarização do ensino assim como acontece na rede estadual, onde boa parte do quadro é de temporários. O PT de Lauermann estaria legitimando uma bandeira que se diz contrário, mas o vício pelo poder leva o prefeito a medidas desesperadas.

A aprovação do projeto dos “temporários” sanaria a falta de professores no ano eleitoral, e de quebra garantiria votos dos 110 contratados, mais os votos dos familiares e também da comunidade escolar que estará sendo “beneficiada” pela contratação das “profes” que farão atendimento aos estudantes.

O processo de seleção permite, inclusive, que uma Comissão de Servidores da SMED realize a contratação mediante avaliação de Curriculum Vitae, ou seja: Indicações PARTIDÁRIAS acontecerão livremente, e dentro da lei.



As contratações emergenciais que o prefeito pretende aprovar poderiam muito bem ser realizadas empossando professores que aguardam serem chamados no concurso que tem validade até 2016. E se esses não fossem suficientes, o governo poderia empossar os inscritos que passarem no concurso que acontece no domingo, 29 de novembro.

Mas o que está sendo proposto é um atentado aos direitos do trabalhador e a precarização do ensino.

O desmantelamento da educação hamburguense que terá um impacto de mais de R$ 3 Milhões e Meio no orçamento, se apresenta com o nome de Contratação Emergencial, mas Emergencial pra quem? Para os estudantes que terão um atendimento precário, ou para um gestor público que tenta se perpetuar no poder assim como seu antecessor já tentou?



* O EXECUTIVO HAMBURGUENSE NÃO INFORMA DE ONDE SAIRÁ A VERBA MILIONÁRIA PARA A CONTRATAÇÃO DOS TEMPORÁRIOS.




sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Professores se emocionam em evento no teatro


Espetáculo "O Quarto Sinal"


A noite de ontem, quinta-feira (19), foi especial para os professores sindicalizados que assistiram ao espetáculo “O Quarto Sinal” no Teatro Paschoal Carlos Magno no centro de Novo Hamburgo.



A peça é ambientada em um velho teatro onde dois atores aposentados revivem suas histórias de juventude nos tempos áureos da casa de espetáculos. Na história o prédio do antigo teatro será demolido levando um pedacinho de vida de cada um deles.

Ana Beatris Wittmann e marido
“O espetáculo como um todo foi emocionante. Vê-los rememorando sua vida proporcionou momentos de grande reflexão”, comentou a professora Ana Beatris Wittmann que faz parte do grupo
de sindicalizados que se beneficiaram da iniciativa do SindProfNH que patrocinou 40 ingressos gratuitos para professores e ingressos com preço promocional para acompanhares. 

A terapeuta ocupacional, Flávia Matias aproveitou o desconto no ingresso e veio de Sapiranga especialmente para assistir à peça. 






Flávia Matias e amigas na noite do espetáculo.



“As tentativas de Miguel em ajudar o Antônio, a delicadeza dos gestos em frente ao espelho enquanto o ator se maquiava… Isso tudo fazia com que eu sentisse a energia do velho teatro onde estavam. Realmente o espetáculo foi maravilhoso”, afirmou Flávia que estava visivelmente emocionada. 








A diretoria do sindicato também marcou presença no evento. A Vice-presidente, Maria Regina da Rosa e a primeira tesoureira,Sandra Finken foram acompanhadas de amigas também professoras.

Vice-Presidente Maria Regina acompanhada das amigas.

O Presidente do SindProfNH também compareceu e aprovou o espetáculo. “A apresentação foi belíssima e o final surpreendente”, disse ele satisfeito ao comentar sobre a decisão de patrocinar uma noite de cultura para os professores “Nossa profissão exige que façamos reflexões constantemente, e a história desta noite sem sombra de dúvidas mexeu com cada um de nós”.


Sandra Finken e Gabriel Ferreira 






Gabriel ainda salientou que a iniciativa foi idealizada pela professora aposentada e membro da diretoria anterior do SindProfNH, Maria Cecília Braum que não compareceu ao evento, pois recupera-se de um pequeno procedimento cirúrgico.










“Agradecemos a Cecília por nós proporcionar uma noite incrível. Ela já está bem em casa e em breve promovendo mais atividades com os professores da rede”, concluiu.
Diretoria do SindProfNH recepcionando os sindicalizados.



Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra


Estamos na Semana da Consciência Negra, período importante para refletirmos sobre a nossa sociedade. Para isso, entrevistamos o professor Dionatan Batirolla, que desenvolve um trabalho cotidiano de conscientização sobre a história e cultura afro-brasileira.


1) Incluído no  Calendário Escolar desde 2003, ano em que a lei 10.639 foi aprovada, o Dia Nacional da Consciência Negra pode ser considerado um passo importante contra o preconceito no Brasil?

O Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, gestado já na década de 1970 pelo saudoso poeta Oliveira Silveira, historiador gaúcho e militante do Movimento Negro em nosso estado, não vem apenas para nos lembrar da morte de chefe Zumbi, mas sim, e assim o queria o poeta da consciência negra, para que não fosse mais observado o 13 de maio, data a qual fora assinada a Lei Áurea. Não fomos apenas uma das últimas nações a abolir a escravidão (1888), fomos também aquela que negligenciou o futuro de toda uma parcela de nossa sociedade. O 13 de maio não passou de um engodo. Não foi pela tinta da caneta de Isabel que se extirpou uma celeuma brasileira, foi pelo sangue do povo negro. E este sangue ainda corre, infelizmente, não apenas nas veias dos brasileiros, mas nas calçadas, nas cadeias, e mesmo nos palanques.

O 20 de novembro traz à tona “n” questões: o racismo, os outros preconceitos, social, religioso, as cotas em universidades, o ensino da história e da cultura afro-brasileira e indígena em nossas escolas, mas também traz o esteio do próprio Movimento Negro, o protagonismo do povo negro. Se hoje, Isabel não é mais vista como quem salvou os negros escravizados de sua própria tala – a ineficiência de sua luta –, é porque houve sim resistência àquele sistema (escravocrata) e ainda há (a outro também opressor, este o de hoje). Foi eficaz e ainda o é. Dandara e Zumbi vivem (!) e é nesta data que ganham ainda mais espaço. A luta ganha!

Se é “um passo importante”? Discutir, promover o debate a respeito da equidade, falar de integração e lembrar da total falta de amparo aos negros após a abolição é sim importante. O Dia da Consciência Negra legitima todo um processo que se quer vivo. Pode não ser um passo recente, como se pensa, mas é um passo em favor de um futuro mais igual. Sem preconceito.


      2) É comum que as pessoas compartilhem nas redes sociais, ou reproduzam um discurso contra a semana da Consciência Negra. Por que isso ainda acontece?

    “Nenhum homem consegue colocar uma corrente no tornozelo de seu companheiro sem finalmente encontrar a outra ponta apertada no seu próprio pescoço” Frederick Douglass
 
    Douglass pode ser um desconhecido para a maioria da população brasileira e faria sentido se pensássemos apenas em sua origem, ele nasceu em um Estados Unidos ainda escravista, mas tendo aprendido a ler logo se insurgiu e tornou-se, por fim, conselheiro de Abraham Lincoln, ocupando espaços destinados originalmente apenas a brancos. Assim como no Brasil, nos EUA também há um momento para se recordar da escravidão e da resistência do povo negro, bem como da busca pela igualdade derradeira – o Mês da História do Negro Americano –, que data já de 1926. É o mês de fevereiro, mês de aniversário de Lincoln, mas também de Douglass.
    É costume dos brasileiros apreciar o que vem dos EUA, se imitam comportamentos, se buscam modelos, mas não se pensa, assim como muito se ignora no Brasil, quem foram os verdadeiros edificadores deste país. O Facebook pouco importa. Ignorar, justamente o que a Semana da Consciência Negra e o Mês da História do Negro Americano não querem e buscam evitar de qualquer maneira, o quão importante foi a contribuição do povo negro à cultura brasileira e à estadunidense é em suma a causa da reprodução de discursos vazios sobre o tema nas redes sociais.
    Quando qualquer um é colocado como o outro, se está ignorando a sua história, pessoal ou de grupo, porque ela não tem o mesmo valor que a minha possui. O problema é fácil de encontrar, por que a minha história é mais importante que a dele? Quem a classificou como melhor?
    E a resposta, por mais evidente que possa ser, não é percebida por um grande número de pessoas, que ao utilizarem as redes sociais não percebem, fazendo minhas as palavras de Douglass, que ao querer ferir quem elas julgam como o outro, estão elas próprias acorrentando-se à ignorância.


    3) As políticas públicas para o combate contra o racismo tem se mostrado eficientes, na sua opinião?

    Ao iniciarmos qualquer discussão acerca de alguma política para o combate ao racismo, vale sempre ressaltar que nenhuma delas caiu do céu, assim como não aconteceu com a Lei Áurea, elas todas são fruto de uma luta incessante e sem trégua, ora de quem não suportava a escravidão ora de quem não suporta o preconceito.
    O simples esforço, o “tentar”, já pode ser encarado como algo digno, o tentar pôr em prática, o tentar propor, o se pôr à disposição da mudança já é muito para uma sociedade que conviveu, sem pudores, com a escravidão (e por três séculos).
    Se há críticas quanto a sua eficácia, seja as cotas, a titulação de comunidades quilombolas, o Estatuto da Igualdade Racial, é porque ainda se esbarra em políticos conservadores, que em muito não desejam a mudança e sendo assim a trancam, assim como fizeram os senhores de escravos com seus cativos, a corrente agora é uma amarra política, que impede a sociedade de crescer. O Estatuto da Igualdade Racial é um bom exemplo, a sua negociação no Senado o fez perder em muito, e me refiro à letra da lei, a sua razão, até porque muitas práticas já empregadas pelo governo o superam.
    Enfim, não questiono a eficácia de tais políticas, mas penso serem elas sim um caminho, que trilhado mesmo que com a maior paciência, será custoso, cheio de dúvidas, talvez recuos, mas que certamente não se encerrará tão logo.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Governo do PT ignora concurso público e quer abrir inscrições para contratos temporários




Contratados estarão sem amparo de qualquer legislação trabalhista


Novo Hamburgo - Nesta segunda-feira (16), foi apresentado na Câmara de Vereadores o Projeto de Lei nº 117/2015, de autoria do executivo, que, se aprovado, autoriza a contratação temporária de 110 professores.  O artigo 5º afirma que os contratos não gerarão qualquer vínculo e tampouco quaisquer direitos e vantagens elencadas na legislação estatutária municipal ou pela legislação celetista. É a precarização dos serviços públicos e dos direitos do trabalhador.

A justificativa da lei é, no mínimo, uma brincadeira de mau gosto do prefeito Lauermann e da Secretária Cristiane: 

“para suprir a vacância dos professores que estejam ingressando na licença gestante/adotante” (art. 1º), “para que, decorrido o período da licença, este retorne para o convívio de seus alunos em regência de classe” (Justificativa do PL 117/15). 

Ofício enviado pelo Gabinete do Presidente da Câmara.

A justificativa não convence ninguém. De acordo com  os dados do ofício encaminhado ao SindProfNH pelo Presidente da  Câmara, a Smed informa que até outubro deste ano, 15 professoras não retornaram aos seus locais de origem, de um total de 48 que gozaram de licença gestante/adotante. 
Qual seria o embasamento, portanto, para a contratação de 110 professores?                  
                        


Nenhum

O verdadeiro motivo é que Lauermann e sua equipe querem “tapar o sol com uma peneira” em relação à falta de professores, fruto da sua incompetência em gerenciar o quadro, da desvalorização profissional, do não cumprimento da Lei do Piso e dos planos de carreira. 
Precisamos, sim, que os planos de carreira que não valorizam a formação e são responsáveis pela alta rotatividade de professores sejam revistos e que, mesmo insuficiente, sejam cumpridos, haja vista quem se enquadra no art. 50, que até agora não recebeu o que é de direito e o [des]governo não faz nada para resolver a situação. 

Outra medida seria chamar os professores que estão aprovados em concurso, aguardando nomeação. E se o argumento do executivo para essa contratação emergencial bizarra for a de que não há candidatos que possam ser nomeados para as vagas necessárias, o concurso do próximo dia 29/11 resolveria a questão, pois os aprovados teriam tempo hábil para iniciarem o próximo ano letivo.

E-mail encaminhado às equipes diretivas.
As escolas precisam de quadro completo e professores de apoio. Diferentemente do que a SMED orienta, o número de professores de apoio por escola, que supriria as vacâncias de quem precise se afastar por qualquer motivo que seja, não leva em consideração o número de professores apenas o número de alunos. Além de desconsiderar a existência da EJA, que não recebe professor de apoio nenhum.

Enfim, não existem motivos plausíveis para este projeto e a contratação emergencial. Exigimos a retirada deste projeto e que se trate a questão do quadro para o ano de 2016 de maneira séria e responsável.



Por uma educação pública de qualidade!

30% do orçamento para a educação já!