terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A CONJUNTURA GLOBAL E A CRISE


Carta Maior - A situação global está marcada pelo aprofundamento da crise estrutural da globalização capitalista. As quatro dimensões da crise (social, geopolítica, ambiental e ideológica) serão abordadas em Dakar. A crise social será enfrentada em particular sob os pontos de vista da desigualdade, da pobreza e da discriminação, enquanto a crise geopolítica será discutida em particular da perspectiva da guerra e do conflito, do acesso às matérias primas e da emergência de novas potências. A crise ambiental será debatida, em particular, sob a perspectiva da mudança climática, enquanto a crise ideológica será discutida da perspectiva de ideologias seguras, da questão das liberdades e da democracia e da cultura, presentes desde o Fórum Social de Belém, que serão analisadas em profundidade.

A evolução da crise lança luz sobre uma situação contraditória. Análises do movimento altermundista estão sendo aceitas, reconhecidas e contribuem para a crise do neoliberalismo. As propostas produzidas pelos movimentos são aceitas como base, por exemplo, para o monitoramento dos setores financeiro e bancário, para a eliminação dos paraísos fiscais, de tributos internacionais, o conceito de segurança alimentar, até então considerados heresias, estão nas agendas do G8 e do G20. E mesmo assim ainda não foram traduzidos em políticas viáveis. Essas propostas tem sido acolhidas, mas não se efetivam por causa da arrogância das classes dominantes confiantes no seu poder.

A validação das agendas resulta na transformação das palavras de ordem dos movimentos em lugares comuns. É preciso refinar as perspectivas e conceder mais relevância ao debate estratégico, à articulação entre a resistência de curto prazo e a de médio prazo e à mudança em curso sob a superfície dos acontecimentos. A situação lança uma luz sobre a natureza dual da crise, tensionada entre a crise do neoliberalismo, que é a fase da globalização capitalista e a crise da própria globalização capitalista; uma crise do sistema que pode ser analisada como uma crise de civilização, a crise da civilização ocidental, estabelecida desde princípios do século XV.

Nesse contexto, alianças estratégicas devem obedecer a duas exigências. A primeira está vinculada à luta contra a pobreza, a miséria e a desigualdade, o uso do trabalho precário e a violação das liberdades no mundo, para melhorar as condições de vida e a expressão da classe trabalhadora diretamente afetada pela economia dominante e pelas políticas públicas. A segunda exigência prioriza o fato de que outro mundo é possível; um mundo necessário envolve um rompimento definitivo com os modos de produção e consumo da economia e da sociedade, bem como a redistribuição ambiental, com o equilíbrio geopolítico do poder estabelecido nas décadas recentes nos modelos democráticos proeminentes do ocidente.

Três propostas emergem como respostas à crise: o neoconservadorismo, que propõe a continuação do atual padrão dominante e dos privilégios que os acompanham às custas das liberdades, da continuidade das desigualdades e da extensão dos conflitos e das guerras; uma reestruturação profunda do capitalismo defendido pelos militantes do “New Deal Verde”, que propõe regulação global, redistribuição relativa e uma promoção voluntarista das “economias verdes”; e uma alternativa ambiental e social radical, que corresponde a uma superação do atual sistema dominante. O Fórum Social Mundial reúne todos os que rejeitam a opção neoconservadora e a continuação do neoliberalismo, constituindo um fórum pela mudança vigorosa da discussão entre os movimentos que fazem parte de uma perspectiva de avanço de um “New Deal Verde” e os que defendem a necessidade de alternativas radicais.


A referência ao contexto africano
O Fórum Social Mundial de Dakar vai enfatizar questões essenciais que aparecem com mais nitidez com as referências ao contexto africano. A ênfase estará no lugar da África no mundo e na crise. A África é objeto privilegiado de análise, ao tempo em que exemplifica a situação global. Não é pobre; é empobrecida. A África não é marginalizada; é explorada. Com suas matérias primas e recursos humanos cobiçados pelos países do Norte e pelas potências emergentes, e com a cumplicidade ativa dos líderes de alguns estados africanos, a África é indispensável para a economia global e para o equilíbrio ambiental do planeta.

A ênfase também estará na descolonização como um processo histórico incompleto. A crise do neoliberalismo e a crise de hegemonia dos Estados Unidos são indicativos da possibilidade de uma nova fase de descolonização, e do enfraquecimento das potências coloniais europeias. A representação Norte-Sul está mudando, uma situação que não elimina a realidade geopolítica e as contradições entre o Norte e o Sul.

O Fórum priorizará as diásporas e as migrações como uma das questões centrais da globalização. A questão será enfrentada com base na situação atual dos imigrantes e seus direitos, numa análise de longo termo, com o comércio de escravos posto sob a perspectiva do crescimento do papel das diásporas culturais e econômicas.

O Fórum debaterá as mudanças no sistema internacional, nas instituições multilaterais e nas negociações internacionais. Em particular, vai focar nas questões que tornam clara a necessidade de regulação global: equilíbrio ambiental, migração e diásporas, conflitos e guerras.


A situação dos movimentos sociais e comunitários
A convergência dos movimentos de que o Fórum Social Mundial se constitui está comprometida com a resistência ambiental e democrática. Com as lutas sociais presentes nos combates cívicos pelas liberdades e contra a discriminação. A resistência é inseparável das práticas emancipatórias específicas levadas a cabo pelos movimentos.

A direção estratégica dos movimentos está voltada para a acessibilidade universal ao direito, pela igualdade de direitos e pelo imperativo democrático. Os movimentos trazem consigo um movimento histórico de emancipação que são extensão e renovação de movimentos anteriores. Será em torno da definição, da implementação e da garantia de direitos que um novo período de emancipação possível será definido. Essa definição exige que essas concepções de diferentes gerações de direitos sejam revisitadas: direitos políticos e civis formalizados pelas revoluções do século XVIII, reafirmados pela Declaração Universal de Direitos Humanos, complementadas pelos desafios do totalitarismo dos anos 60; os direitos dos povos que o movimento de descolonização promoveu, com base no direito da autodeterminação, o controle dos recursos naturais, o direito ao desenvolvimento e à democracia; direitos sociais, econômicos e culturais especificados pela Declaração Universal e estipulados pelo Protocolo Adicional adotado pelas Nações Unidas na Assembleia Geral em 2000.

Uma nova geração de direitos está em gestação. Direitos que correspondem à expressão da dimensão global e dos direitos definidos com vistas a um mundo diferente da globalização dominante. A partir desse ponto de vista, duas questões serão as mais proeminentes em Dakar: direitos ambientais para a preservação do planeta e os direitos dos migrantes e da migração que questione o papel das fronteiras, bem como a organização do mundo. O Fórum Social Mundial de Belém enfatizou os benefícios para os movimentos de abarcarem a agenda ambiental em todas as suas dimensões, do clima à destruição dos recursos naturais e da biodiversidade, e da preservação da água, da terra e das suas matérias primas. O FSM de Dakar priorizará um novo tratamento da questão da migração, com a ligação entre migrações e diásporas e a Carta Mundial dos Migrantes.

O FSM Dakar também será o momento para o debate sobre o caráter incompleto da descolonização e devir de uma nova fase descolonização. É nesse contexto que a relação entre o Norte e o Sul está mudando. Considerando que a representação Norte/Sul está mudando na perspectiva da estrutura social, há um Norte no Sul e um Sul no Norte. A emergência do poder de grandes estados está mudando a economia global e o equilíbrio de forças geopolíticas, e é reforçado pelo crescimento de mais de trinta estados que podem ser chamados de economias emergentes. Para tudo isso, contudo, as formas de dominação continuam a ser cruciais na ordem global. O conceito de Sul continua a ser altamente relevante. O Fórum Social Mundial enfatiza uma nova questão: o papel histórico e estratégico dos movimentos sociais nos países emergentes como um todo em relação ao seu Estado e o papel futuro desses estados no mundo. Essa questão, que já marcou os fóruns com o debate sobre o papel jogado pelos movimentos no Brasil e na Índia assume uma importância particular estratégica com a mudança geopolítica associada à crise.

O Fórum Social Mundial é o ponto de encontro para movimentos de vários tipos e de diferentes partes do mundo. Esses movimentos já começaram a se encontrar em redes que reúnem diferentes movimentos nacionais. O processo dos fóruns revela duas mudanças. A primeira delas é as conexões entre movimentos de acordo com suas regiões, características e contextos específicos unificam os movimentos da América Latina, América do Norte e Sul da Ásia (e em particular, a Índia), o sudoeste da Ásia, Japão, Europa e Rússia. O Fórum Social Mundial de Dakar terá dois impactos maiores. O ano de 2010 e os preparativos para Dakar foram marcados pela nova importância conquistada pelos movimentos da região do Magreb-Machrek.

O vigor dos movimentos sociais africanos será visível em Dakar, na forma de movimentos de campesinos, sindicatos, grupos feministas, de juventude, habitantes locais, grupos de imigrantes reprimidos, grupos indígenas e culturais, comitês contra a pobreza e contra a dívida, a economia informal e a economia solidária, etc. Esses movimentos são visíveis, com sua convergência diversidade em sub-regiões da África: no Norte da África e em particular no Magreb, no Oeste e na África Central, na África do Leste e na do Sul.

No Fórum Social Mundial de Dakar uma questão fundamental será a do seu alcance político nas mobilizações sociais e da cidadania. Isso conduz ao problema da expressão política dos movimentos e das extensões dos movimentos em relação às instituições, ao cenário político e aos governos dos estados. Com respeito aos movimentos como um todo, a análise avança sobre a importância da especificidade, via invenção de uma nova cultura política, da relação entre poder e política. O processo do FSM pôs em cena as bases para essa nova cultura política (horizontalidade, diversidade, convergência das redes de cidadãos e dos movimentos sociais, atividades autogestionadas, etc.) mas ainda deve inovar mais em muitas dificuldades relativas à política e ao poder, para conseguir superar a cultura política caduca, que para a imensa maioria persevera dominante. Além disso, a tradução política dos avanços e das mobilizações dependem das instituições e das representações: num nível local, com a possibilidade de influenciar as decisões das autoridades locais; em nível nacional e internacional, com os governos dos estados, os regimes políticos e as instituições multilaterais; em nível regional e global, com alianças geoeconômicas e geoculturais e com a construção de uma opinião pública global e uma consciência universal.


O processo dos Fóruns Sociais Mundiais
Depois de o Fórum Social Mundial de Belém ter tomado o ano de 2010 como o ano da ação global, mais de quarenta eventos demonstraram o vigor do seu processo. Isso incluiu as atividades dos 10 anos do FSM em Porto Alegre, o Fórum Social Mundial dos Estados Unidos, o Fórum Social Mundial do México e o Fórum das Américas, vários fóruns na Ásia, o Fórum Mundial de Educação na Palestina, mais de oito fóruns do Magreb e Machrek, etc. Cada evento associado foi iniciativa do comitê local. Esse comitê se refere na Carta de Princípios do Fórum Social Mundial, que adota uma metodologia privilegiando as atividades autogestionadas e declara sua iniciativa no Conselho Internacional do FSM. Essa multiplicação de eventos abre espaço para projeções relativos à extensão do processo dos fóruns. Ele assumiu uma nova forma, “um fórum estendido”, que consiste no uso da Internet para ligar iniciativas locais em diferentes países, com um Fórum em cada. Assim, enquanto ocorria o Fórum Mundial da Educação na Palestina, mais de 40 iniciativas estavam em curso em Ramallah. As iniciativas associadas com “Dakar estendida” inovarão o processo dos fóruns.

A preparação para o FSM Dakar baseou-se nos eventos do ano da ação global, 2010, bem como numa série de iniciativas que asseguraram a convergência de ações e permitiram novos caminhos a serem explorados em termos de organização e metodologia dos fóruns. Assim, já se pode usar as caravanas convergindo para Dakar, dos fóruns de mulheres em Kaolack, das migrações e diásporas, dos encontros para convergência de ações, dos fóruns associados (Assembleia Mundial dos Povos, fóruns pela ciência e pela democracia, sindicatos, autoridades locais e da periferia, parlamentares, teologia e libertação, etc.).

Depois de Dakar, um novo ciclo no processo dos fóruns irá começar. O fortalecimento do processo dos fóruns sociais mundiais poderia ocorrer com a reunião com grandes eventos, como o Rio+20, G8, G20, cúpulas e outras poderiam acordar com sua perspectiva. Seriam reconhecidos como eventos associados ao processo do fórum, estabelecendo assim uma proximidade com os acontecimentos de Seattle, em 1999, que contribuíram para a criação do FSM.

Gustave Massiah e Nathalie Péré-Marzano, representantes da Research and Information Centre for Development (CRID – France) no Conselho Internacional do Fórum Social Mundial.

Tradução: Katarina Peixoto

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

PARA IMPLANTAR EDUCAÇÃO INTEGRAL, É PRECISO AUMENTAR VOLUME E DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS DA EDUCAÇÃO

Sem aumentar o volume de recursos do MEC (Ministério da Educação) e sua distribuição entre Estados e municípios, a meta de chegar a 50% de cobertura na rede pública com educação integral fica inviável. A afirmação foi feita por Daniel Cara, coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação.

Oferecer metade das vagas em regime integral é uma das 20 metas do PNE (Plano Nacional da Educação), que determina os rumos do setor para os próximos dez anos.

Segundo Cara, o PNE “já sai defasado” uma vez que “o texto, como está, permite a aplicação de 7% do PIB [Produto Interno Bruto] até 2020 [na Educação]”. Segundo seus cálculos, esse montante precisaria estar disponibilizado até 2015, para possibilitar a formação de redes que possam atender em regime integral. Os movimentos sociais consideram 8% uma cifra mais adequada para garantir atendimento e qualidade na educação.

Os cálculos realizados pela Conae se baseiam no CAQi (Custo Aluno-Qualidade Inicial), uma referência de valores que inverte a lógica atual de distribuição de recursos. Atualmente, é feito um cálculo dividindo a verba disponível pela quantidade de estudantes. O CAQi parte da idéia de que existe um valor mínimo que deve ser aplicado para que a educação tenha qualidade – nesse valor estão incluídos desde o salário do professor aos gastos com material de limpeza.

Contradição
O texto apresentado pelo ministro Fernando Haddad, segundo Daniel Cara, é tímido diante do que havia proposto a Conae. O argumento do MEC teria sido a viabilidade do PNE. “Mas [o PNE] não é [viável no cumprimento de metas, como a implantação da educação integral] se não aumentar porcentagem do PIB e ação distributiva [dessas verbas por parte da União para os Estados e municípios]”, explica Cara.

A União, explica Daniel, fica com 53% da receita líquida dos tributos. “[Isso] é mais que os municípios e Estados conseguem arrecadar”, diz. Para melhorar a qualidade, é preciso que o governo federal amplie o montante de recursos e o distribua de maneira voluntária em vez de ser por meio de programas e convênios como é feito atualmente.

Em 2010, apenas 5,7% das matrículas da rede pública eram nessa modalidade de atendimento, segundo dados do Censo Escolar 2010. Foram registradas 2.440.594 inscrições de tempo integral nas redes municipais e estaduais em todos os níveis de ensino, incluindo pré-escola, creche e EJA (Educação de Jovens e Adultos). Se forem contabilizados apenas os inscritos na educação básica (ensino fundamental e médio), a porcentagem é ainda menor: 3,86%.

No ensino fundamental, 1.327.129 matrículas foram registradas com carga horária de 7 horas ou mais tanto em estabelecimentos públicos quanto privados. Esse contingente corresponde a 4,7% do atendimento feito no sistema público (1.264.309 de estudantes) e a 1,6% dos alunos de escolas particulares (63.120).

Ensino integral
Segundo as regras do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação), a jornada escolar deve ter duração igual ou superior a sete horas diárias, durante todo o período letivo, para ser considerada integral. Essa carga horária deve corresponder ao período em que “um mesmo aluno permanece na escola ou em atividades escolares”.
Fonte: Uol Educação

PARA IMPLANTAR EDUCAÇÃO INTEGRAL, É PRECISO AUMENTAR VOLUME E DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS DA EDUCAÇÃO

Sem aumentar o volume de recursos do MEC (Ministério da Educação) e sua distribuição entre Estados e municípios, a meta de chegar a 50% de cobertura na rede pública com educação integral fica inviável. A afirmação foi feita por Daniel Cara, coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação.

Oferecer metade das vagas em regime integral é uma das 20 metas do PNE (Plano Nacional da Educação), que determina os rumos do setor para os próximos dez anos.

Segundo Cara, o PNE “já sai defasado” uma vez que “o texto, como está, permite a aplicação de 7% do PIB [Produto Interno Bruto] até 2020 [na Educação]”. Segundo seus cálculos, esse montante precisaria estar disponibilizado até 2015, para possibilitar a formação de redes que possam atender em regime integral. Os movimentos sociais consideram 8% uma cifra mais adequada para garantir atendimento e qualidade na educação.

Os cálculos realizados pela Conae se baseiam no CAQi (Custo Aluno-Qualidade Inicial), uma referência de valores que inverte a lógica atual de distribuição de recursos. Atualmente, é feito um cálculo dividindo a verba disponível pela quantidade de estudantes. O CAQi parte da idéia de que existe um valor mínimo que deve ser aplicado para que a educação tenha qualidade – nesse valor estão incluídos desde o salário do professor aos gastos com material de limpeza.

Contradição
O texto apresentado pelo ministro Fernando Haddad, segundo Daniel Cara, é tímido diante do que havia proposto a Conae. O argumento do MEC teria sido a viabilidade do PNE. “Mas [o PNE] não é [viável no cumprimento de metas, como a implantação da educação integral] se não aumentar porcentagem do PIB e ação distributiva [dessas verbas por parte da União para os Estados e municípios]”, explica Cara.

A União, explica Daniel, fica com 53% da receita líquida dos tributos. “[Isso] é mais que os municípios e Estados conseguem arrecadar”, diz. Para melhorar a qualidade, é preciso que o governo federal amplie o montante de recursos e o distribua de maneira voluntária em vez de ser por meio de programas e convênios como é feito atualmente.

Em 2010, apenas 5,7% das matrículas da rede pública eram nessa modalidade de atendimento, segundo dados do Censo Escolar 2010. Foram registradas 2.440.594 inscrições de tempo integral nas redes municipais e estaduais em todos os níveis de ensino, incluindo pré-escola, creche e EJA (Educação de Jovens e Adultos). Se forem contabilizados apenas os inscritos na educação básica (ensino fundamental e médio), a porcentagem é ainda menor: 3,86%.

No ensino fundamental, 1.327.129 matrículas foram registradas com carga horária de 7 horas ou mais tanto em estabelecimentos públicos quanto privados. Esse contingente corresponde a 4,7% do atendimento feito no sistema público (1.264.309 de estudantes) e a 1,6% dos alunos de escolas particulares (63.120).

Ensino integral
Segundo as regras do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação), a jornada escolar deve ter duração igual ou superior a sete horas diárias, durante todo o período letivo, para ser considerada integral. Essa carga horária deve corresponder ao período em que “um mesmo aluno permanece na escola ou em atividades escolares”.
Fonte: Uol Educação