As condições de trabalho e a pressão sobre os trabalhadores são fatores que ocupam lugar de destaque entre os indicadores externos que contribuem para os quadros depressivos e outras moléstias. Também são responsáveis por cinco das dez principais causas de afastamento de trabalho no País, conforme levantamento feito pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em parceria com o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O Magistério está entre as profissões de risco. Os professores estão mais sujeitos que outros grupos a terem transtornos psíquicos de intensidade variada, devido às condições de trabalho: excesso de tarefas e ruídos, pressão por requalificação profissional, falta de apoio institucional, docentes em número insuficiente, entre outros fatores... Essas moléstias psíquicas são as grandes responsáveis pelos pedidos de afastamento do trabalho.
A Síndrome de Burnout (cuja tradução tem o significado de queimar completamente, consumir-se) vem sendo apontada como o transtorno emocional que mais atinge professores. Os principais sintomas são cansaço excessivo, irritabilidade, insônia, baixa autoestima, mau funcionamento gastrintestinal, dores musculares, cefaléia e dificuldade na concentração.
Pesquisa nacional feita pela Universidade de Brasília (UNB), no final da década passada, entre professores, chegou a preocupante conclusão: 48% apresentavam algum sintoma da síndrome.
Um estudo realizado pelo Departamento Intersindical de Estudos e Pesquisas de Saúde e dos Ambientes de Trabalho - Diesat (2009) aponta que fatores como jornada de trabalho elástica, excesso de atividades, pressão de chefias e de alunos, estão entre os principais causadores de agravos à saúde física e mental dos professores.
Destaco alguns dados sobre a saúde dos professores segundo estudo acima citado:
· 49% fazem tratamento com medicamentos;
· 71% sentem dores no corpo após um dia de trabalho;
· 45% apresentaram problema de saúde física e mental relacionado ao trabalho;
· 20% utilizam medicamentos antidepressivos;
· 59% tiveram dificuldade para dormir nos últimos seis meses.
Como podemos observar pelos dados alarmantes apresentados pela pesquisa, urge que as autoridades competentes direcionem a gestão educacional com muita sensibilidade, pois o sinal de alerta já foi acionado.
Diante deste quadro caótico, sem desprezo das inúmeras variáveis que permeiam a educação, qualquer proposta de meritocracia deverá ser amplamente rejeitada pela categoria, sob pena de agravamento de um quadro que já apresenta sinais de desolação.
Siden Francesch do Amaral é diretor do 14º Núcleo do CPERS/Sindicato (São Leopoldo) e membro do Conselho Geral da entidade
Fontes de Pesquisa:
Pesquisa Sinpro/RS/FeteeSul/Diesat
Extra Classe, Outubro 2010. (Texto original com modificações e adaptações)
O Magistério está entre as profissões de risco. Os professores estão mais sujeitos que outros grupos a terem transtornos psíquicos de intensidade variada, devido às condições de trabalho: excesso de tarefas e ruídos, pressão por requalificação profissional, falta de apoio institucional, docentes em número insuficiente, entre outros fatores... Essas moléstias psíquicas são as grandes responsáveis pelos pedidos de afastamento do trabalho.
A Síndrome de Burnout (cuja tradução tem o significado de queimar completamente, consumir-se) vem sendo apontada como o transtorno emocional que mais atinge professores. Os principais sintomas são cansaço excessivo, irritabilidade, insônia, baixa autoestima, mau funcionamento gastrintestinal, dores musculares, cefaléia e dificuldade na concentração.
Pesquisa nacional feita pela Universidade de Brasília (UNB), no final da década passada, entre professores, chegou a preocupante conclusão: 48% apresentavam algum sintoma da síndrome.
Um estudo realizado pelo Departamento Intersindical de Estudos e Pesquisas de Saúde e dos Ambientes de Trabalho - Diesat (2009) aponta que fatores como jornada de trabalho elástica, excesso de atividades, pressão de chefias e de alunos, estão entre os principais causadores de agravos à saúde física e mental dos professores.
Destaco alguns dados sobre a saúde dos professores segundo estudo acima citado:
· 49% fazem tratamento com medicamentos;
· 71% sentem dores no corpo após um dia de trabalho;
· 45% apresentaram problema de saúde física e mental relacionado ao trabalho;
· 20% utilizam medicamentos antidepressivos;
· 59% tiveram dificuldade para dormir nos últimos seis meses.
Como podemos observar pelos dados alarmantes apresentados pela pesquisa, urge que as autoridades competentes direcionem a gestão educacional com muita sensibilidade, pois o sinal de alerta já foi acionado.
Diante deste quadro caótico, sem desprezo das inúmeras variáveis que permeiam a educação, qualquer proposta de meritocracia deverá ser amplamente rejeitada pela categoria, sob pena de agravamento de um quadro que já apresenta sinais de desolação.
Siden Francesch do Amaral é diretor do 14º Núcleo do CPERS/Sindicato (São Leopoldo) e membro do Conselho Geral da entidade
Fontes de Pesquisa:
Pesquisa Sinpro/RS/FeteeSul/Diesat
Extra Classe, Outubro 2010. (Texto original com modificações e adaptações)
Um comentário:
Acredito que os professores municipais de Novo Hamburgo são potenciais candidatos a esta síndrome. Sempre trabalhamos muito, mas a pressão dos últimos tempos é imcomparável. Nosso secretário de educação tem ido nas escolas e falado claramente que a "culpa" do desempenho dos alunos é do professor. Sem falar na infinidade de discussões e que agora foram antecipadas para discutir os "eixos" para a Conferência Municipal de Educação. Tudo muito bonitinho enquanto projeto, mas na prática, ah, essa sim está difícil. Queria saber que avalia a capacidade de um secretario de educação. Só ser do partido é muito pouco, para exercer uma função tão importante quanto esta para a sociedade.
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