5 DE NOVEMBRO, UMA DATA PARA NÃO ESQUECER

Durante três dias, os professores municipais de Novo Hamburgo lutaram bravamente contra a extinção dos Planos de Carreira e pela Qualidade da Escola Pública.

O Magistério mostrou que não se intimida e que não vai se intimidar com os artifícios de repressão utilizados pelo Executivo. Pelo contrário, lotou o Plenário da Câmara de Vereadores e as ruas vizinhas, demonstrando sua indignação com as ações protagonizadas pela administração atual.

Ontem, a cidade parou para acompanhar a votação no legislativo. Parou porque acredita na qualidade da Educação oferecida pelos professores municipais. Parou porque confia nos professores de seus filhos.

E a cidade, que parou juntamente com seus professores, acompanhou a decisão do legislativo que mais uma vez vota a favor da precarização do serviço público.

Não é a primeira vez que nossos legisladores fazem a opção por retirar nossos direitos. Basta lembrar o VRV.

No dia de ontem, assim como o prefeito, alguns vereadores rasgaram a história de suas bandeiras, rasgaram suas trajetórias de luta na defesa dos direitos dos trabalhadores. Outros traíram seus colegas de classe. Outros fizeram como sempre, defendem governos que retiram direitos de trabalhadores, nisto, não há novidade, não há surpresa.

O dia 5 de novembro fica na história como o dia em que os professores municipais de Novo Hamburgo mostraram ao executivo que são profissionais de coragem. Com toda a repressão promovida pela Secretaria da Educação, não se intimidaram, foram para a rua, dizendo NÃO aos projetos do prefeito.

Este dia marcará para sempre a história da Educação hamburguense. O dia em que os professores municipais mostraram para o prefeito que não se ameaça quem tem DIGNIDADE. Não foi à toa que o Hino Rio Grandense foi entoado tantas vezes.

Os professores municipais têm motivo de sobra para ter orgulho. Estamos inaugurando uma nova era na qual não há mais espaço para a mordaça. Numa demonstração de coragem e dignidade o magistério não se calou. E jamais se calará.

Podemos ter perdido a batalha, mas não a guerra. A luta continua. E continua forte e consciente de que um Sindicato de Verdade se constrói na luta diária pelos direitos dos trabalhadores.

Hoje só temos motivos para nos orgulhar desta bela trajetória que está sendo protagonizada por cada um de nós. E a certeza de que a LUTA É PERMANENTE POR NOSSOS DIREITOS E PELA QUALIDADE DA EDUCAÇÃO PÚBLICA.