quinta-feira, 30 de abril de 2015

Paralisação do magistério lota o plenário da Câmera de Vereadores

550 professores estiveram na sessão para pressionar os vereadores
Na manhã desta quarta-feira (29), a praça do Imigrante no Centro de Novo Hamburgo amanheceu diferente. Cerca de 550 professores da rede municipal de ensino participaram do primeiro dia de paralisação da categoria.
A greve deflagrada por unanimidade na noite da última terça-feira (28), foi motivada pela proposta do governo de reposição da inflação em duas parcelas. Os professores que rejeitaram a proposta, foi acompanhar a votação de um projeto do executivo que pretendia usar o dinheiro do Fundeb para manter na cidade o projeto “Mais Educação” que é do governo federal.
“O executivo hamburguense está querendo dar um golpe nos professores. Na última mesa, os representantes do prefeito disseram que o reajuste não poderia ser pago em uma única parcela, pois não havia dinheiro. Ora, se não havia dinheiro do Fundeb para a reposição da inflação, como agora o dinheiro apareceu para tapar os furos do governo federal?”, questionou a presidente do SindProfNH, Andreza Formento.

Desde o início de 2015, o Governo Federal cortou as verbas em educação e o principal projeto atingido foi o “Mais Educação”. “O que o prefeito Luís Lauermann quer, é que o professor financie os projetos do governo para que a população não sinta que a União não está conseguindo cumprir seus compromissos, escondendo a realidade do Brasil”, disse a presidente.

O Fundeb é o fundo de onde saem os recursos para o pagamento da folha do magistério no Brasil.
O projeto foi rejeitado na câmara de vereadores por 7 votos a 6.  A base aliada do governo votou favorável ao executivo.  Já a oposição defendeu os interesses dos professores impedindo, em primeira votação, que o projeto siga.  “Nó, os professores, somos os principais defensores do Mais Educação. Somos totalmente favoráveis ao projeto, mas não podemos permitir que o município conserte os erros do Governo Federal com o dinheiro do magistério municipal. Essa conta é do PT e não dos professores”, concluiu  Formento.

Em assembléia no final da tarde de hoje, os docentes votaram pela continuação da greve. 

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