quinta-feira, 23 de abril de 2015

Sobre a Mesa de Negociações e outros contos do vigário


A palavra negociação pressupõe que as discussões sejam avaliadas e avancem. Bem diferente do que tem acontecido nas mesas de negociação deste governo.

Através de uma falsa democracia, os representantes do executivo hamburguense tentam dar um golpe nas trabalhadoras e trabalhadores públicos da cidade. Quatro são o total de reuniões feitas sob pretexto de negociação salarial. Mas no passado não foi diferente.

No ano de 2014 houve reuniões quase que mensais chamadas de “mesa permanente de negociação”. Questionados sobre os avanços produzidos nestas reuniões que contavam com representantes do prefeito, servidores e representantes do sindicato, os enviados do governo Lauermann precisaram concordar que não resolveram nenhuma pauta das reivindicações dos servidores.

“Gestão Democrática” se intitula o governo que instituiu a meritocracia através de decreto, numa tentativa de moralizar o serviço público. Ora, o que há de democrático em um governo desconsiderar todas as discussões da categoria e implementar uma gestão de qualidade, metas e objetivos fins para justificar sua própria incompetência?

De quem é a responsabilidade quando as documentações não são entregues ou os documentos saem fora dos prazos? Professores em estágio probatório foram penalizados pela má gestão da Secretaria de Educação que perdeu os prazos para assinatura de avaliações.

 A mesma secretaria é responsabilizada pelo setor de recursos humanos pelo atraso do pagamento dos professores que aumentaram sua carga horária e não receberam salário.

A má aplicação das verbas do dinheiro direto na escola não fiscalizadas pela Secretaria de Educação? E quem fiscaliza esta secretaria?

A administração da Educação segue o mesmo padrão nestes últimos anos. Deixa as discussões para última hora para impor suas propostas de governo goela abaixo. Assim aconteceu com o projeto de lei de eleição de diretores, a implementação dos Conselhos Escolares (que não colou como a gestão queria e foi deixada de lado) e é assim com o autoritário e incompreensível “Projeto Coruja”.

A redução do número de docentes, a realocações de professores para outras comunidades escolares, o fechamento de espaços educativos ilustram a questão. O secretário de educação (Corujão) foi claro na última mesa de negociação “estes espaços continuarão fechados e quem ainda tem esperança de voltar a ocupar o seu cargo, desista. Agora é meta, mérito.” Não lembra este senhor que os laboratórios de aprendizagem são garantidos no “Projeto de Progressão Continuada” que ele implantou na educação hamburguense.

Segundo este programa do governo federal, é responsabilidade dos gestores garantir educação de qualidade para alunos com necessidades especiais física, psíquica ou social. Está pensando, este senhor, em usurpar o direito dos estudantes hamburguenses?

Qualquer familiar de estudante da rede municipal de ensino pode confirmar que a escola se mantém com o auxílio das comunidades escolares.

  Nossa dúvida e destes cidadãos é: onde está sendo aplicado o dinheiro da cidade? E aí não entram as verbas do governo federal? Queremos saber onde está o dinheiro dos contribuintes que não veem há muito tempo a prefeitura municipal desembolsar dinheiro para a manutenção da estrutura das escolas.

Salas lotadas. Falta de professores. Escolas sem hora atividade. Laboratórios e bibliotecas fechados. Professores doentes. Professoras em licença gestante que não podem retornar para suas escolas e não tem onde deixar seus filhos. Assédio moral. Leis que não são cumpridas. Adoecimento. Exonerações. Autoritarismo. Abuso de poder. Este é o quadro da Educação Municipal neste governo.
Enquanto isso na mesa de negociações... blá, blá, blá, blá.
Nós queremos dar um basta.
E o que você vai fazer?                            

Um comentário:

Anônimo disse...

O que fazer? R.: Greve geral.