Em seu discurso de posse, no dia 1 de janeiro, a presidente
Dilma Roussef anunciou o lema para o seu segundo mandato: Brasil, Pátria
Educadora. Segundo a mandatária e educação terá prioridade máxima nesses
próximos quatro anos. “Ao bradarmos ‘Brasil, pátria educadora’ estamos dizendo
que a educação será a prioridade das prioridades, mas também que devemos
buscar, em todas as ações do governo, um sentido formador, uma prática cidadã,
um compromisso de ética e sentimento republicano”, foram as palavras da
presidente.
Atitude louvável e há muito esperada. Mas a pergunta que se
faz é: por que, só agora no segundo mandato o Governo Federal se volta à
educação? O que fez com que a presidente esquecesse a educação durante os
quatro anos do seu primeiro mandato? O desempenho em investimento na educação
foi muito fraco durante os primeiros quatro anos do mandato. Segundo em estudo
da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgado
em meados de 2014, o gasto anual por aluno no Brasil é de US$ 2.985, enquanto
em outros países da OCDE investiram US$ 8.952 no mesmo período. É o segundo
pior desempenho dos países integrantes da organização.
Para o lema, Brasil, Pátria Educadora se fazer valer, e não
ficar apenas no discurso, serão necessários investimentos pesados em educação.
Além de obras em infraestruturas nas escolas, é indispensável que os Governos
Federal, Estadual e Municipal se proponham a valorizar os professores
proporcionando salários dignos da profissão. Pois professores trabalham com
amor, sim. Mas merecem ser valorizados e merecem um governo que os valorizem.
Vamos aguardar para que possamos comemorar o Brasil como Pátria
Educadora, mesmo sabendo a presidente Dilma sancionou a lei de diretrizes
orçamentárias, que pretende economizar cerca de R$ 1.9 bi mensais, e a pasta
que mais vai sentir esse corte é o Ministério da Educação, que vai perder até
R$ 7bi anuais.
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