segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

CATEGORIA REIVINDICA: Ensino remoto durante o primeiro trimestre para que possamos ampliar as discussões e sanar as dúvidas.


O SindprofNH não vê condições de retorno seguro às escolas no atual estágio vivido. Estamos no platô da segunda onda, com novas variantes do vírus em NH e há duas semanas seguidas na bandeira vermelha. Quanto ao modelo projetado pela SMED, de retorno na forma híbrida para os/as estudantes, mas presencial para os/as professores/as e funcionários/as, só traz mais dúvidas e angústias para todos/as. A discussão não pode ficar restrita a uma minoria, mas devemos trazer todas e todos, educadores/as, estudantes e famílias, para o centro do debate. Por isso, PROPOMOS QUE SE MANTENHA O ENSINO REMOTO AO MENOS NESTE PRIMEIRO TRIMESTRE e que usemos esse período para que tal discussão seja aprofundada, afinal, são as vidas de todas e todos nós que estão em jogo. Qualquer retorno nessas condições é irresponsabilidade.

Abaixo, registramos as dúvidas e preocupações trazidas pela categoria na última reunião do Conselho Político Sindical:
Há análise epidemiológica por bairros? Pois há bairros que estão com surto de Coronavírus. A Smed tem controle sobre as realidades e especificidades de cada escola? Se é possível uma volta das atividades presenciais na totalidade das escolas, das mais variadas regiões? A SMED e a PMNH se colocarão como responsáveis pela vida dos professores e funcionários ao fazê-los trabalhar em ambiente confinado em plena pandemia?

Como foi estabelecida a prioridade na vacinação, pois profissionais que não estão na linha de frente do Covid-19 ou que não estão na ativa já foram vacinados. Por que não há movimentação real da Prefeita Municipal para incluir os professores no grupo prioritário?
Em caso de confirmação do retorno: De que forma será essa volta? Não há nada ainda esclarecido. Como se dará o trabalho dos/as professores/as sem estrutura que a rede privada tem? Como será o retorno de alunos/as e professores/as com comorbidades? Teremos os EPIs adequados? Que itens serão fornecidos pela mantenedora? Sabendo que, estudos recentes apontam que a contaminação se dá muito mais efetivamente pelo ar do que pelo contato com superfícies, houve levantamento por parte da mantenedora das condições específicas de cada escola sobre circulação de ar e capacidade de atendimento em espaços ao ar livre? Foram feitas adequações quando necessário?

Como será a dinâmica em sala de aula? Como será a hora atividade no ensino remoto ou híbrido? Como garantir que o professor garanta o planejamento e o atendimento às famílias no ensino híbrido, sem prejuízos em nenhum lado? Em que momento o professor irá interagir com o aluno que não está na escola? Em qual carga horária, sendo que não temos nem o 1/3 de hora atividade? Como será o acesso dos alunos que ficaram à margem em 2020? Continuarão sem?

É urgente pensar que a organização normal das escolas, bem como os recursos humanos de que dispomos não podem dar conta sozinhas de uma dinâmica de escola tão diferente, que exige outras atribuições e controle de protocolos rígidos. Haverá contratação de pessoal para limpeza e acompanhamento de atividades remotas?

Ademais, é necessário um protocolo único, pois essa “autonomia” dada às equipes diretivas não lhes dá suporte. Não há lastro para as equipes diretivas, que têm, na maior parte das vezes, que tomar as decisões sozinhas.

Esse silenciamento da SMED só amplia essas dúvidas e angústias. A SMED e a PMNH precisam urgentemente utilizar de sua estrutura de comunicação para alcançar as famílias e educadores/as de forma clara e realizar um trabalho em rede, mas dentro das especificidades de cada escola.

VACINA JÁ!

POR UM RETORNO SEGURO!

*Texto feito com base nos relatos dados na última reunião do Conselho Político Sindical, demonstrando as preocupações e dúvidas da categoria.

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