A prefeita anunciou ontem a publicação de um novo decreto,
desta vez de emergência, porém não antecipou a suspensão das aulas. Mesmo com a
insistência de professoras e professores, funcionários de escolas e do
SindprofNH, até o presente momento, não há alteração na situação. A declaração
de emergência dá uma mostra de que o coronavírus está mais perto da gente do
que imaginávamos, provavelmente já está circulando entre nós. Apesar disso, a
prefeita Fátima e o Gabinete de Gestão permitiram que as escolas permanecessem
abertas e as aulas continuassem. Entendendo a gravidade da situação, ontem,
antes mesmo da declaração de emergência, o SindprofNH procurou a Secretária de
Educação Maristela Guasselli para fazer um apelo pela antecipação da suspensão
das aulas. A Secretária disse que o assunto seria tratado pelo Gabinete de
Gestão, no máximo, até hoje pela manhã. À noite teve a publicação do decreto de
emergência, sem a suspensão imediata das aulas, o que nos levou a realizar
novos contatos durante a própria noite para tentar articular o convencimento do
Gabinete de Gestão em relação à antecipação da suspensão.
Pela manhã, buscamos uma agenda com a própria prefeita, ou
com seu chefe de gabinete, Linéo Baum, que foi quem nos recebeu, rapidamente,
por duas vezes. Na primeira, foi durante a reunião do Gabinete de Gestão, em
que nos disse que o tema estava na pauta das discussões e que até meio-dia
teria uma definição. No final da manhã, retornamos à prefeitura e tivemos a
segunda conversa com o chefe de gabinete Linéo, que informou que as
determinações ainda eram em relação à suspensão das aulas somente na
segunda-feira, mas que ainda voltariam ao tema ao longo do dia. São 17 horas e
não tivemos nenhuma informação de alteração.
A prefeita Fátima pode ter que responder por essa omissão
futuramente. Até agora, os casos suspeitos podem ser poucos, mas o exemplo dado
por outros países nos mostram que a curva de contaminação pode se intensificar
em questão de poucos dias. Este um dia poderia fazer uma grande diferença.
Portanto, este relato é para manifestarmos nossa indignação em
relação ao descaso e para mostrar que tentamos, mas o Governo de mostrou
irredutível mesmo com o clamor das professoras, professores e funcionários das
escolas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário