quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

SindprofNH vai até o Ministério Público denunciar projetos de lei que afetam o Ipasem e os atrasos de repasses


O SindprofNH vai ao Ministério Público para denunciar a possível ilegalidade dos projetos de lei que tratam sobre parcelamentos e reparcelamentos de débitos do Executivo com o IPASEM (PL 91/2019), da interrupção por um ano da Contribuição Patronal de Assistência (PLC 19/2019) e do atraso no pagamento da parte funcional das Contribuições de Assistência e Previdência.

Estiveram reunidos com o Promotor de Justiça da Promotoria de Justiça Cível de Novo Hamburgo, Dr. Manoel Luiz Prates Guimarães, o presidente e a tesoureira do SindprofNH, Gabriel Ferreira e Gabriela Telles, que também é representante das entidades classistas no Conselho Fiscal do IPASEM, a vereadora Patrícia Beck e o vereador Enio Brizola, que presidem as Comissões de Serviços Públicos e de Finanças da Câmara de Vereadores, respectivamente, e o advogado Dr. Alexandre Pienis, da assessoria jurídica do Sindicato.






Os presentes manifestaram ao promotor a preocupação em relação ao impacto dos projetos de lei sobre o IPASEM, caso sejam aprovados. O PL 91/2019 autoriza o parcelamento de mais de 20 milhões de reais de dívidas da Prefeitura com o pagamento da patronal de Assistência e o reparcelamento de mais de 80 milhões de reais de financiamentos feitos entre 2013 e 2018, ambos em 240 meses. O PLC 19/2019 aborda as mudanças na Assistência, que, de acordo com o IPASEM, é para adequação da decisão judicial acerca do direito de opção pela adesão à Assistência à Saúde. Mas o PLC 19/2019 não é só isso, ele contém alguns “Cavalos de Tróia”. O primeiro é um conjunto de alterações na minuta enviada pelo IPASEM, conforme nos foi informado pelo jurídico e direção do Instituto. O segundo, que é o mais grave do projeto, autoriza a interrupção do pagamento da parte patronal da Assistência por um ano, ou seja, durante todo o último ano de governo de Fátima Daudt. Os impactos na Assistência à Saúde dos servidores públicos e seus dependentes não foram medidos. Corre-se o risco do IPASEM fechar no futuro e se isso ocorrer quem pagará será toda a população de Novo Hamburgo, pois serão mais de 11.200 pessoas que necessitarão recorrer ao já esgotado e sucateado SUS. As sessões extraordinárias que votarão esses projetos serão dias 11/12, após a Sessão Ordinária, que inicia às 14h e 13/12, às 11h.

Além dos projetos, o SindprofNH levou ao conhecimento do promotor registros de atrasos no pagamento da parte descontada dos servidores no mês de outubro para o custeio da previdência e assistência, que deveriam ser repassadas até 14/11 e só foram em 27/11. O promotor considerou este um fato gravíssimo. Pode ser configurado como crime fiscal, passível inclusive de abertura de um processo de impeachment pelo Poder Legislativo. Os vereadores presentes também tomaram ciência do ocorrido. O Promotor de Justiça solicitará esclarecimentos do Governo Municipal em relação a esses atrasos.

Tais fatos só devem nos mobilizar mais. Hoje à noite, teremos nossa Assembleia para deliberar sobre os próximos passos dessa luta. Será no Salão Social do Edifício L’Atelier (onde fica a sala do SindprofNH), na Rua Gomes Portinho, 17, acesso pelo 13º andar.

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