Ocorreu na noite de 09 de dezembro, no Plenarinho da
Câmara Municipal, uma reunião com Sindicatos (SindprofNH e GSFM), vereadores,
direção do Ipasem, membros do governo municipal e servidores para tratar dos
projetos de lei que afetam o Instituto. O
PL 91/2019 propõe o parcelamento de dívidas da contribuição patronal para a
assistência do Ipasem, com valores totais que ultrapassam os R$ 102 milhões, em
um prazo de 20 anos (240 meses). O projeto gerou desconforto no funcionalismo,
que criticou a ausência de diálogo prévio.
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Foto: Daniele Souza/CMNH |
Do montante que trata o PL 91/2019, R$ 80,9 milhões são
de financiamentos já existentes entre 2013 e 2018, e R$ 21,5 milhões
tratam-se de dívidas recentes, acumuladas nos últimos dois anos.
A fala da diretora-presidente do Ipasem, Eneida Genehr, é
determinante: os valores não recebidos em função dos parcelamentos em 20 anos
farão falta com o passar do tempo, com o envelhecimento dos segurados e seus
dependentes. Eneida ressaltou que não foram apresentados os cálculos atuariais
prévios e nem a garantia de pagamento futuro, o que é muito perigoso, pois não assegura
o financiamento do Instituto que atende mais de 11200 segurados e dependentes.
Os representantes do SindprofNH manifestaram inconformidade
com a falta de diálogo e do protocolo dos projetos com pedido de urgência em
cima da hora, na “calada da noite”. Salientou-se que se algum vereador votar a
favor do parcelamento, após a fala da diretora-presidente do Ipasem, estará
sendo irresponsável com o Instituto.
Entre os vereadores presentes, Patrícia Beck, Enio
Brizola e Felipe Kuhn Braun se pronunciaram contra o projeto de parcelamento. A
vereadora Patrícia questionou a falta de dados sobre o destino do dinheiro
previsto no orçamento para pagamento ao Ipasem. O vereador Enio Brizola sugeriu
a retirada do projeto e a construção coletiva de uma alternativa. O vereador
Felipe Kuhn Braun lembrou que é a terceira vez na atual gestão que se votam
parcelamentos de débitos relativos ao Ipasem e sugeriu ampliar o debate e votar
no próximo ano