A maior greve do funcionalismo de Novo Hamburgo teve início,
e forte sustentação, pelos professores. A classe extrapolou os limites da sala
de aula para ensinar uma lição de cidadania, luta por justiça social, solidariedade
frente às denúncias apresentadas e, principalmente, democracia participativa. O
movimento desmoralizou lideranças, que tiveram que “dar um passo para o lado”,
e render-se a verdade que há muito era presa atrás dos muros das escolas.
A queda de um Secretário de Educação que liderava através do
assédio, a fiscalização constante do trabalho dos vereadores, a publicação de
denúncias e levantamento da realidade do ambiente escolar foram algumas das
conquistas que não se restringem somente à categoria dos educadores e, sim,
alcançam toda sociedade e seus interesses.
Combinando com o texto do escritor hamburguense Henrique
Schneider, a paixão que move os educadores, muitas vezes é o aprender. E, Justo
para isso, é que se busca garantir o direito já constituído de Educação de
qualidade e condições dignas. A lição prática de todo este discurso é de que o
aprendizado se faz indo mais além, seja decifrando as palavras ou combatendo o
desperdício do dinheiro público.
A escolha da profissão certamente passa pela paixão de
ensinar e aprender com cada aluno, como diz Schneider, o que não significa que
vocação, missão e sacerdócio anulem do trabalhador em educação seus direitos
trabalhistas, que devem ser garantidos e respeitados. Isso passa, sim, por uma
remuneração digna e adequada ao nível de formação do profissional.
Nenhum comentário:
Postar um comentário