segunda-feira, 29 de junho de 2015

Pós-greve: A grande lição deixada pelos professores

A maior greve do funcionalismo de Novo Hamburgo teve início, e forte sustentação, pelos professores. A classe extrapolou os limites da sala de aula para ensinar uma lição de cidadania, luta por justiça social, solidariedade frente às denúncias apresentadas e, principalmente, democracia participativa. O movimento desmoralizou lideranças, que tiveram que “dar um passo para o lado”, e render-se a verdade que há muito era presa atrás dos muros das escolas.

A queda de um Secretário de Educação que liderava através do assédio, a fiscalização constante do trabalho dos vereadores, a publicação de denúncias e levantamento da realidade do ambiente escolar foram algumas das conquistas que não se restringem somente à categoria dos educadores e, sim, alcançam toda sociedade e seus interesses.

Combinando com o texto do escritor hamburguense Henrique Schneider, a paixão que move os educadores, muitas vezes é o aprender. E, Justo para isso, é que se busca garantir o direito já constituído de Educação de qualidade e condições dignas. A lição prática de todo este discurso é de que o aprendizado se faz indo mais além, seja decifrando as palavras ou combatendo o desperdício do dinheiro público.


A escolha da profissão certamente passa pela paixão de ensinar e aprender com cada aluno, como diz Schneider, o que não significa que vocação, missão e sacerdócio anulem do trabalhador em educação seus direitos trabalhistas, que devem ser garantidos e respeitados. Isso passa, sim, por uma remuneração digna e adequada ao nível de formação do profissional. 


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