quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Reunião no Ipasem busca respostas para a saída do Dr. Sinay Sander


Nesta terça-feira, dia 27 de janeiro de 2015, o Sindprofnh esteve presente na reunião agendada para tratar de esclarecimentos sobre a abrupta demissão do Doutor Sinay Sander. Participaram da reunião os representantes do IPASEM, Eneida Genehr e Geraldo Araújo; o Sindprofnh representados pelas professoras Andreza Formento e Cecilia Braun; o GSFM representado por Dorneles e Vanessa Andara que é funcionária da Câmara de Vereadores e representava os pacientes do psiquiatra afastado.

Durante a reunião, o Sindicato dos Professores Municipais de Novo Hamburgo solicitou esclarecimentos sobre a demissão do médico psiquiatra Sinay Sander, uma vez que este estava a mais de 13 anos trabalhando no Instituto. Segundo informações do próprio médico, o Ipasem solicitou sua saída junto à cooperativa da qual faz parte, a Extremo Sul. O fato ocorreu na semana passada, dia 19 de janeiro. Segundo ele, a Extremo Sul o chamou para uma reunião na tarde de segunda-feira e afastou-o do serviço a pedido do Ipasem. A cooperativa entrou em contato com o Instituto para avisar que o médico não atenderia mais os segurados.

Segundo o diretor administrativo Geraldo Araújo, o psiquiatra Dr. Sinay foi substituído pelo aumento da carga horária do Dr. Michel. Sendo assim, cerca de 300 pacientes do Dr. Sinay estão sendo assistidos pelo psiquiatra substituto. No entanto, é importante lembrar que a psiquiatria é um tratamento que pressupõe um processo contínuo, no qual médico e paciente precisam ter afinidade. A substituição de um médico para o outro, neste caso, trata-se de reiniciar o tratamento do zero. Os pacientes do Dr. Sinay terão que readaptar-se, iniciando a caminhada, revivendo os primeiros passos das suas angústias, medos e traumas, procurando estabelecer alguma afinidade, empatia ou simpatia com outro médico. O que pode ser extremamente difícil e doloroso, dependendo de cada caso, até mesmo perigoso.

Depois de mais de uma hora de conversa, a diretora presidente, Eneida Genehr, justifica que o afastamento do profissional foi em defesa da saúde dos segurados. E que, diante dos fatos, os quais ela não relatou, a empresa teve total autonomia para demitir o médico (denúncias? reclamações?). Eneida refere a problemas que o médico estaria causando à empresa, sem entrar em detalhes, justificando a necessidade de sigilo. E que, o próprio Sinay tinha conhecimento dessa conversa que vinha acontecendo com o Ipasem por meio de reuniões e, portanto, seu afastamento teria sido uma decisão técnica.

O relato acima instiga várias perguntas. Em primeiro lugar, segundo a diretoria do Ipasem, não há nenhum documento que comprove a suspensão do trabalho do médico. O Instituto diz que não questionou a decisão da cooperativa e apenas reagendou as consultas do Dr. Sinay passando-as para outro médico. Ao mesmo tempo em que se fala de demissão, a diretoria do Ipasem traz o termo “suspensão”; que sugere não existir documentação que comprove as reuniões e denúncias contra o médico. Como integrante de uma cooperativa, o Dr. Sinay Sander não pode ser afastado ou demitido sem a devida comprovação da necessidade de suspensão de seus trabalhos. A rescisão de contrato não foi feita com a cooperativa Extremo Sul e o Ipasem garante que não terá espaço para a readmissão de Sinay. Depois de 13 anos de trabalho, os atendimentos do médico psiquiatra são dispensados de um dia para o outro. Por fim, apesar das declarações dos pacientes, familiares e do próprio médico, o Ipasem afirma que não irá fazer um pronunciamento para esclarecer as contradições.

Desta forma, mais uma vez vemos nosso Instituto sendo administrado como uma empresa privada, com foco nos lucros, nas metas, no capital. Descadastramentos de médicos, falta de informações no site, perdas gigantescas em investimentos questionáveis...falta de posicionamento do Ipasem em favor dos segurados. Isto causa descredibilidade ao próprio instituto.
Agora é hora de nos mobilizarmos em favor da saúde.
O Ipasem é nosso!

Um comentário:

Vera Maria Hoffmann disse...

Não existe explicação para tamanha falta de respeito, por parte do IPASEM, para com o Dr. Sinay, que é um profissional como poucos, que vê em seus pacientes,um SER HUMANO, e não, um NÚMERO e, falta de respeito total para com os segurados, que, ao que parece, para o Instituto, não passam de números.