A Comissão de Negociação dos professores esteve reunida na tarde desta terça-feira, 20, com a Mesa Diretora da Câmara de Vereadores: vereadores Naason Luciano, Patrícia Beck, Issur Koch e Enfermeiro Vilmar. A Comissão expôs as razões pelas quais entende que a proposta apresentada está muito aquém do que a Administração pode efetivamente oferecer.
E as nossas razões são bastante cristalinas: muitas de nossas reivindicações negadas não dizem respeito ao orçamento. São decisões políticas, como a mudança das regras de representação no IPASEM.
Em relação ao econômico, basta dizer que o Orçamento Municipal cresceu 8% para este exercício e a verba do FUNDEB, que paga os salários de todos os professores, cresceu 13%. Enquanto isso, a folha de pagamentos caiu 10%. Além disso, o Tribunal de Contas diz que o município compromete apenas 35% de seu orçamento em pessoal, sendo que o limite é 54%.
A Administração está usando o argumento de que existe um crescimento vegetativo dos salários de 3,5%, o que faz aquela conta não ser verdadeira. Entretanto, o crescimento vegetativo alegado, apesar de ser uma média, se dá individualmente (progressões), ou seja, a massa salarial, o total gasto em salários, sofreu uma redução nominal de 10% e está sendo achatada em relação ao orçamento, pois o crescimento vegetativo é menor do que o crescimento do Orçamento. No próximo ano, a relação da folha com o Orçamento será menor ainda, atestando a política de achatamento salarial do governo.
Ouvimos dos vereadores o compromisso de se envolverem na negociação, já que a maioria é da base do governo. Protocolamos junto ao Gabinete do Prefeito mais um pedido de reunião até a próxima segunda-feira, 26, na tentativa de obtermos alguma abertura nas negociações.
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