terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Secretário da Segurança dá explicações aos vereadores sobre furtos nas escolas


O Secretário Municipal de Segurança, General Roberto Jungthon, foi convocado pelos vereadores para prestar esclarecimentos sobre o alto índice de furtos e arrombamentos ocorridos nas escolas municipais nestas férias. Apesar da pouca efetividade nos esclarecimentos proferidos, já que o Secretário parecia desconhecer muitas informações de sua pasta, realizamos alguns destaques. Em um primeiro momento, há a tentativa de se tirar a responsabilidade deste alto número de furtos da Secretaria da Segurança. O Secretário Jungthon culpou desde a impunidade até a possível falta de ação dos gestores da educação, pois estes deveriam providenciar obstáculos para dificultar ou impedir a entrada de criminosos. Afirmou ainda que a Secretaria de Segurança presta apenas um assessoramento, agindo de acordo com encaminhamentos e ajustes feitos junto à SMED.
Destacamos algumas intervenções de vereadores durante os questionamentos ao Secretário.

O vereador Enio Brizola, autor do requerimento de convocação do Secretário Jungthon, afirma que tais ocorrências causam prejuízos para os alunos e ao processo de ensino aprendizagem, contrapondo uma fala do gestor da segurança municipal, que afirmara que não houve prejuízos desta natureza. Brizola cita a questão da merenda escolar, atingida pelos furtos de alimentos e de itens de cozinha. O vereador elenca cerca de 10 escolas que foram arrombadas durante as férias, o que um jornal do município chamou de “Férias Traumáticas”. O vereador Brizola pergunta sobre a situação do contrato com a empresa de alarmes e sobre o Programa Escola Mais Segura.

O secretário responde que o número de ocorrências neste ano foi menor do que em outros, embora não tenha levado dados que comprovassem a afirmação. Coloca ainda que o novo contrato está sendo feito com exigências superiores aos contratos anteriores. Sobre o Programa Escola Mais Segura, Jungthon responde que continua quase na totalidade, realizado em conjunto com a SMED.

Vereador Felipe Kuhn Braun pergunta sobre o contrato de mais de 600 mil reais para Telealarme e como está o hiato entre os dois contratos.

Secretário Roberto Jungthon reafirma que no novo contrato aumentaram exigências.

Vereadora Patrícia Beck pergunta sobre o ROVE, se está em operação. A vereadora ainda pergunta qual período que as escolas ficaram sem alarmes e se não se pensa em videomonitoramento?

Secretário de Segurança respondeu que o videomonitoramento (câmeras) está inserido no novo contrato e que as escolas (os diretores)  devem optar se desejam e solicitar via SMED. Secretário ainda responde que o ROVE segue em funcionamento e que não houve interrupção nos contratos, informação divergente a que o Sindicato teve acesso, de que houve um período em que as escolas ficaram desassistidas, em que não havia nenhuma empresa de alarmes atuando nas escolas municipais. Finalizando, o Secretário orienta fazer registros de ocorrência a cada furto ou vandalismo a que as escolas virem a passar. Conclui afirmando que as empresas de alarme podem ser acionadas judicialmente para ressarcimento do que foi roubado, mas, como em outras informações, demonstra desconhecimento dos trâmites.

Ao final, representantes de APEMEMs de escolas municipais entregaram um abaixo-assinado por mais segurança nas escolas.

Se sai desta plenária sem muitas certezas quanto aos acontecimentos pretéritos e ao que está por vir.

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