O Secretário Municipal de Segurança, General Roberto Jungthon,
foi convocado pelos vereadores para prestar esclarecimentos sobre o alto índice
de furtos e arrombamentos ocorridos nas escolas municipais nestas férias.
Apesar da pouca efetividade nos esclarecimentos proferidos, já que o Secretário
parecia desconhecer muitas informações de sua pasta, realizamos alguns destaques.
Em um primeiro momento, há a tentativa de se tirar a responsabilidade deste
alto número de furtos da Secretaria da Segurança. O Secretário Jungthon culpou
desde a impunidade até a possível falta de ação dos gestores da educação, pois
estes deveriam providenciar obstáculos para dificultar ou impedir a entrada de
criminosos. Afirmou ainda que a Secretaria de Segurança presta apenas um
assessoramento, agindo de acordo com encaminhamentos e ajustes feitos junto à
SMED.
Destacamos algumas intervenções de vereadores durante os
questionamentos ao Secretário.
O vereador Enio Brizola, autor do requerimento de convocação
do Secretário Jungthon, afirma que tais ocorrências causam prejuízos para os
alunos e ao processo de ensino aprendizagem, contrapondo uma fala do gestor da
segurança municipal, que afirmara que não houve prejuízos desta natureza.
Brizola cita a questão da merenda escolar, atingida pelos furtos de alimentos e
de itens de cozinha. O vereador elenca cerca de 10 escolas que foram arrombadas
durante as férias, o que um jornal do município chamou de “Férias Traumáticas”.
O vereador Brizola pergunta sobre a situação do contrato com a empresa de
alarmes e sobre o Programa Escola Mais Segura.
O secretário responde que o número de ocorrências neste ano foi
menor do que em outros, embora não tenha levado dados que comprovassem a afirmação.
Coloca ainda que o novo contrato está sendo feito com exigências superiores aos
contratos anteriores. Sobre o Programa Escola Mais Segura, Jungthon responde
que continua quase na totalidade, realizado em conjunto com a SMED.
Vereador Felipe Kuhn Braun pergunta sobre o contrato de mais
de 600 mil reais para Telealarme e como está o hiato entre os dois contratos.
Secretário Roberto Jungthon reafirma que no novo contrato aumentaram
exigências.
Vereadora Patrícia Beck pergunta sobre o ROVE, se está em operação.
A vereadora ainda pergunta qual período que as escolas ficaram sem alarmes e se
não se pensa em videomonitoramento?
Secretário de Segurança respondeu que o videomonitoramento
(câmeras) está inserido no novo contrato e que as escolas (os diretores) devem optar se desejam e solicitar via SMED. Secretário
ainda responde que o ROVE segue em funcionamento e que não houve interrupção nos contratos, informação divergente a
que o Sindicato teve acesso, de que houve um período em que as escolas ficaram
desassistidas, em que não havia nenhuma empresa de alarmes atuando nas escolas
municipais. Finalizando, o Secretário orienta fazer registros de ocorrência a
cada furto ou vandalismo a que as escolas virem a passar. Conclui afirmando que
as empresas de alarme podem ser acionadas judicialmente para ressarcimento do
que foi roubado, mas, como em outras informações, demonstra desconhecimento dos
trâmites.
Ao final, representantes de APEMEMs de escolas municipais entregaram um abaixo-assinado por mais segurança nas escolas.
Se sai desta plenária sem muitas certezas quanto aos
acontecimentos pretéritos e ao que está por vir.
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