O SindprofNH participou ontem da reunião da Comissão de
Educação da Câmara (Coedu) em que foi tratado sobre o fechamento das turmas das
séries finais do Ensino Fundamental na EMEF Presidente João Goulart e a
negativa de abrir o 9º ano na EMEF Senador Salgado Filho. Estavam presentes,
além do Sindicato, membros das comunidades escolares, vereadores e
representantes da SMED.
Posteriormente, na Sessão da Câmara de Vereadores, estavam
presentes representantes das comunidades escolares das EMEF Presidente João
Goulart e EMEF Senador Salgado Filho, e deu-se seguimento à discussão.
EMEF Presidente João
Goulart
No dia 25 de setembro, a EMEF João Goulart recebeu comunicado de que estariam sendo fechadas as séries finais do Ensino Fundamental e a comunidade escolar demonstrou descontentamento com a decisão da SMED. Ontem, ao usar a tribuna, os representantes da APEMEM
afirmaram a discordância e relataram que o fato ocorreu de forma impositiva,
sem diálogo com a comunidade escolar. Eles expressaram incerteza quanto à
capacidade da Escola Estadual para onde serão destinados seus filhos de atender
de forma efetiva essa demanda, assim como a distância maior que as crianças
irão percorrer. A Secretária de Educação, Maristela Guasselli, justificou
dizendo que o Estado trabalha em colaboração com o município e que essa decisão
seria para aumentar as turmas de faixa etárias 4 e 5.
EMEF Senador Salgado
Filho
A demanda da EMEF Senador Salgado Filho é antiga, a inclusão
do 9º ano nas séries finais do Ensino Fundamental. A escola possui estrutura e o
desejo dos pais para que seus filhos não percam o vínculo. Alegam também dificuldade
de conseguir vagas em outras escolas. Os alunos saem da escola no 8º ano para outra
e trocam novamente quando ingressam no
Ensino Médio. Neste contexto muitos abandonam os estudos antes mesmo de
completarem o 9º ano.
Foto: Jaime Freitas (CMNH) |
Em ambos os casos, a pressão da comunidade reabriu a
discussão. Na próxima semana, a Secretária de Educação se comprometeu a
conversar com a comunidade da EMEF João Goulart e analisar a possibilidade de
ampliação para a EMEF Senador Salgado Filho. As comunidades precisam se manter
mobilizadas!
Foto: Jaime Freitas (CMNH) |
Com aumento da demanda da Educação Infantil, faixas etárias
4 e 5, e a redução de 90 milhões na previsão orçamentário do plano plurianual,
o executivo apresenta como solução a substituição das séries finais pela
Educação Infantil. Essa “solução” mais precariza do que resolve o problema. Para
atender a EI, as EMEFs, precisam de adequação estrutural e humana conforme
Resolução 14 do Conselho Municipal de Educação. Essa adequação necessita de
recursos que foram cortados, essa conta não fecha.
Meio turno para
Educação Infantil:
Na Coedu e na Sessão também foi tratado sobre o oferecimento
de meio turno na Educação Infantil para 2019. O Sindicato manifestou-se
contrário, uma vez que pode prejudicar o trabalho realizado e afeta milhares de famílias, que não terão mais direito a turno integral na Educação
Infantil. A justificativa da Secretária diz respeito a ampliação de vagas que
esta medida vai propiciar, entretanto não leva em consideração estes outros fatores. É
necessário que haja mobilização de toda comunidade, mas como esta informação
não foi divulgada amplamente, é dever de todos informar às famílias sobre estas
mudanças.
Em tempo: Na reunião da Coedu ainda surgiu uma informação. Esta
alteração foi uma sugestão feita pelos vereadores Nor Boeno (PT) e Gabriel
Chassot (Rede), externada pelos próprios, à Secretária de Educação. Sugestão
esta que foi citada na tribuna pela Secretária. Isto não exime de forma nenhuma
a SMED das ações que toma, mas nos mostra quem são alguns dos ditos representantes do
povo no legislativo hamburguense, que não pensam nas famílias de trabalhadores,
que agora não terão escolas em tempo integral para seus filhos.
Um comentário:
Sobre as vagas meio turno... Nem comentaram a dificuldade de adaptação das turmas, pois meu filho ganhou vaga em março porque a turma é de meio turno e muitos dos que foram chamados desistiram pois não conseguem pegar o filho no final da manhã. Assim a turma ainda está incompleta e tem até agora alunos em adaptação, sempre entrando novos porque muitos chamados desistem por não conseguirem fazer esse movimento ao meio dia! Com certeza o trabalho fica mais difícil pras professoras e a qualidade é afetada.
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