Na tarde do dia 27 de novembro Sindicato dos Professores Municipais de Novo Hamburgo (SinprofNH) e o Grêmio dos Funcionários Municipais (GSFM) compareceram à Mesa Permanente de Negociação no Centro Administrativo Leopoldo Petry, prevista para as 14 horas. A reunião estava marcada há mais de três meses, e foi reconfirmada no início da semana. O encontro serviria para discussão de temas relacionados à Campanha Salarial 2015, reclassificação dos professores do plano de carreira 2340/2011 que já entregaram os diplomas de graduação, aposentadoria em Espaços Escolares Especiais, entre outros assuntos. Mas nenhum dos representantes do executivo compareceu à reunião, caracterizando uma completa falta de respeito para com os servidores municipais.
As representantes do SindprofNH, Andreza Formento, Sandra Finken e Maria Regina da Rosa e os representantes do GSFM Dornelles e Carla Bezerra esperaram mais de 1 hora para a iniciar a Mesa Permanente de Negociação sem que a administração anunciasse qualquer problema. A única justificativa que as entidades receberam foi que a pessoa responsável havia “esquecido” de marcar a reunião com os representantes do executivo, reforçando a desorganização e a falta de vontade em receber SindprofNH e GSFM para a reunião.
Tal descaso aconteceu exatamente na data do Ato Público Dia de Luto e Luta, uma ação promovida pelo SindprofNH para rememorar o dia 5 de novembro de 2009, no qual 1200 funcionários percorreram as ruas da cidade protestando contra o fim do plano de carreira 336/2000. O ato é realizado anualmente, chamando a atenção à situação de retrocesso pela qual a Educação Municipal de Novo Hamburgo vive com a extinção do plano de carreira antigo, além de denunciar o não cumprimento da lei municipal 2340/2011 e da lei do piso.
O movimento do Dia Luto e Luta ocorreu no fim da tarde na Praça do Imigrante, no centro da cidade, e foi amplamente divulgado por carro de som nas escolas e bairros da cidade. Desta forma se pode concluir que o não comparecimento à reunião seria uma retaliação ao movimento legítimo realizado pelo sindicato. Tudo isso em um momento em que os agentes públicos ora no poder amargam derrotas políticas, uma vez que na eleição presidencial, em Novo Hamburgo, o partido da situação perdeu com uma ampla diferença de votos. No estado, o partido da situação deixará o Palácio Piratini, também com uma grande diferença na votação. No município, durante as eleições passadas, a base aliada na Câmara de Vereadores sofreu, de igual forma, “baixas” e hoje o Executivo não conta mais com maioria no legislativo.
Mais uma vez os agentes administrativos de Novo Hamburgo demonstram total falta de respeito e consideração com a Educação no município. É preciso que o executivo se proponha a dialogar com os trabalhadores e busque soluções para retomar a valorização dos professores na rede de municipal de ensino. Isso, antes que os bons profissionais do magistério abandonem o município em busca de uma carreira mais valorizada.
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