Por Luciane Bortoli, presidente do GSFM
Muito se
tem falado sobre assédio moral, mas afinal o que é considerado assédio moral? Assédio Moral é
o ato de expor, constranger, humilhar o funcionário.
No serviço
público também temos situações assim, devido a nossas funções estarem sempre
subordinadas a pessoas estranhas ao quadro permanente. A vítima escolhida é
isolada do grupo sem explicações, passando a ser hostilizada, ridicularizada,
inferiorizada, culpabilizada e desacreditada diante dos seus colegas. Estes,
por medo de serem também humilhados e associados àquele que é considerado
“persona non grata”, rompem os laços afetivos com a vítima e, freqüentemente,
reproduzem e reatualizam ações e atos do agressor no ambiente de trabalho,
instaurando o ’pacto da tolerância e do silêncio’ no coletivo,
enquanto a vitima vai gradativamente se desestabilizando e fragilizando,
’perdendo’ sua auto-estima.
Estamos acompanhando a
situação da servidora e presidente do SINDPROF, Andreza. A democracia nos
permite discordar de qualquer atitude, seja no trabalho, na vida, na política,
todos somos livres para pensar, o que não podemos é ser culpados e expostos a
situações constrangedoras por causa de nossa posição. O que ocorre é que a
professora está designada para uma escola e nesta escola deverá cumprir o seu
dever como mestra, porém lhe é permitido pensar e assim discordar de atitudes,
questionar faz parte do processo, todos nós estamos sujeitos a sermos
questionados em algum momento, cabe-nos simplesmente esclarecer os fatos.
Transferir a servidora por outro motivo que não a competência para o trabalho
configura-se num claro assédio moral.
Os Sindicatos foram criados
para representar os direitos dos trabalhadores, incluindo os membros de
sindicato, se assim não fosse Lula seria um homem que não teria a trajetória de
vida que tem hoje. Os dirigentes “estão” dirigentes mas voltarão para o seu
local de trabalho, e a pergunta que fica quando este dirigente voltar, será
recebido da mesma forma? No caso da presidente do SINDPROF ela continua
exercendo sua função de professora em 20 horas, portanto não está afastada de
suas atividades e necessita de apoio para desenvolver as duas funções,
professora e presidente.
O que desejo lembrar a todos
que a pressão sofrida por aqueles que estão a frente do Sindicato é
simplesmente pelo fato de estarem representando aos demais servidores que não
podem falar o que gostariam. Somos
meros transmissores das más novas
à administração, apontando e cobrando soluções e por isso muitas vezes podemos
sofrer o assédio moral como no caso em tela. Transferir a professora foi uma
atitude no mínimo, equivocada e no máximo arbitrária.
4 comentários:
Parabéns ao Sindprofnh. Finalmente alguém para enfrentar essa gente. Não se preocupem com os cães que ladram, pois estão na coleira.
CABE UMA DENUNCIA AOS DIREITOS HUMANOS...NÃO PODEMOS CALAR DIANTE DESTE ATO AUTORITÁRIO...
A SABER QUE ESTE PARTIDO (PT) NASCEU NO MEIO SINDICAL...COMO ALGUÉM QUER MATAR A MÃE QUE OS CRIOU.COMPANHEIRO BETO NAO SABIA DISSO...
Esta gente não pensa que a vida dá muitas voltas e que um dia podem ser eles a enfrentar a mesma situação.Nada como um dia após o outro.A vida se encarrega!
Postar um comentário