A democracia é uma prática social para muito além da mera possibilidade
discursiva. É necessário que se diga isto porque o governo municipal limita a
sua democracia a esta possibilidade. Não há, de modo algum, participação da
sociedade organizada na gestão pública. O “Orçamento Participativo” é mais uma
farsa, assim como é uma farsa toda a “democracia” do governo.
Na quarta-feira, 21, representantes do Sindicato dos Professores de Novo
Hamburgo, do Sindicato dos Municipários e do Governo Municipal, sentaram à mesa
para mais uma rodada de negociações da Mesa Permanente de Negociação. Foi o
quinto encontro do ano e mais uma vez foi ratificada a farsa da democracia
governista: Nada foi decidido. Pelo contrário: o que havia sido decidido na
última reunião foi desfeito.
Os Sindicatos haviam reivindicado na reunião anterior o abono das faltas
dos servidores nas paralisações dos dias 24 de abril, 16 de maio, 1º e 11 de
julho, por conta das horas excedentes de trabalho não remunerado, no que o
governo havia concordado. Entretanto, após aquela reunião, a “rádio corredor”
informava que o governo iria abonar somente o dia 11 de julho, o dia da “greve
geral” oficial.
A questão foi de imediato colocada na mesa e os representantes do
governo também logo desmentiram que haviam concordado com o abono para os
quatro dias. Por isso, o Sindicato dos Professores já no início da reunião
anunciou que faria uma ata, para evitar novos desentendimentos. A ata foi
feita, mas os representantes do governo se negaram a assiná-la, pois
discordariam de alguns termos. Precisamente, não gostaram da expressão “diz-que-me-diz”
em relação a negativa de conceder o abono para as quatro datas de paralisação, colocada na ata.
Na verdade, esta desculpa tola serve para desresponsabilizá-los da parte
importante da reunião, quando lhes foram cobradas questões muito objetivas das
escolas, como a transferência de professores das EMEI´s, da não efetivação das
progressões nos planos de carreira e do banco de horas. Eles prometeram trazer
respostas na próxima reunião – assim como o fizeram em todos os outros
encontros -, mas não assinaram nada que os comprometesse.
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