quarta-feira, 16 de maio de 2012

A BEM DA VERDADE!


LUZIA R. PEREIRA HERRMANN

Como a verdade pode ser manipulada, de acordo com os interesses de quem a anuncia!
Vejam o caso do Magistério, com relação ao piso. Um cidadão, gaúcho, enquanto parte do Governo Federal, recebendo apoio de sua base política no Estado, assina a lei (tão esperada) que estabelece um piso (básico do plano de carreira) para o magistério.
Esse mesmo cidadão se compromete (discurso gravado) com o cumprimento dessa lei, mantendo os planos de carreira, na sua campanha para se eleger governador do Estado, inclusive, com a possibilidade (promessa gravada) de ser estendida aos funcionários de escola. Uma vez eleito (no primeiro turno), nega-se a cumprir, utilizando os mesmos argumentos que criticava, juntamente com seus aliados políticos, num passado recente, quando a governadora Yeda negou-se também a pagar.
Tarso Genro, agora, numa manobra vil e mesquinha (porque conhece a situação financeira da categoria), oferece um completivo salarial àqueles cujo básico não atinge o valor do piso. Como se não bastasse, ainda tenta colocar uns contra os outros, dizendo que o CPERS está impedindo que colegas melhorem seus proventos. Ora, isso é, no mínimo, repugnante! Esse cidadão e seus asseclas distorcem os fatos, pois o que querem, na realidade, é “acalmar” uma parcela da categoria, que recebe os mais baixos salários, com esse completivo (que não corresponde a lei do piso), ou seja, não tem a menor intenção de cumprir a lei.
Analisem a declaração do chefe da Casa Civil, Carlos Pestana: “Quero ver o que o CPERS vai dizer a esses quase 35 mil professores se a justiça decidir que eles terão de devolver o dinheiro ficar anos sem receber e ainda correr risco de ver o passivo se transformar em precatório”. Atentem para essas palavras, que comprovam o que vimos afirmando - o governo não tem intenção de cumprir a lei do piso.
A bem da verdade: o CPERS/Sindicato cobra o cumprimento da lei: Piso Salarial Nacional como básico do Plano de Carreira de nossas categorias! Não queremos completivos – Queremos a lei.
O CPERS/Sindicato cobra que o Judiciário e o Ministério Público cumpram seus papéis! (Imaginem não pagar IPVA, IPTU, ICMS, entre outros!)
Nossa categoria tem história e essa história foi construída “entrelaçada” com a do seu sindicato, que sempre impulsionou as lutas por direitos e incentivou a busca da formação, da qualificação profissional, e, assim, melhorar seu salário.
Temos a convicção de que nossos (as) colegas não se deixarão enganar por seus governantes. Um governo que, a partir de suas Coordenadorias, está impondo projetos, sem um prévio levantamento de dados, que, no mínimo, mostrasse quais as condições para colocá-los em prática. Há descontentamento nas escolas, uma vez que as dificuldades não estão sendo ouvidas, tampouco solucionadas.
Nenhuma confiança nos governos! Estejamos, mais do que nunca, unidos no nosso sindicato, pois é com ele que contamos na defesa de nossos direitos. “Eles” (governantes) não conhecem a realidade das escolas! “Eles” só cobram, fazem pressão psicológica para que “a escola funcione” e não façamos as lutas.
A bem da verdade: o governo do Estado não valoriza a Educação e os Educadores! Mente, engana, tenta nos dividir porque somos fortes quando unidos.
O Piso Salarial é uma Lei! Cumpra-se! Esperamos que a justiça seja feita!

Nada nem ninguém poderá nos dividir!


LUZIA R. PEREIRA HERRMANN   é professora e diretora do 8º Núcleo do CPERS/Sindicato (Estrela)

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