quinta-feira, 12 de maio de 2011

NOVOS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO SÃO TEMA DE DEBATES EM PLENÁRIO

NOVOS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO SÃO TEMA DE DEBATES EM PLENÁRIO



Audiência pública reuniu professores na noite desta quinta-feira, 11
Na noite desta quarta-feira, 11, os hamburguenses tiveram mais uma oportunidade de debater o futuro da educação na cidade. Foi realizada uma audiência pública sobre alterações do sistema de aprovação dos alunos das escolas municipais, por iniciativa da Comissão de Educação – integrada por Volnei Campagnoni (presidente), Carmen Ries (secretária) e Luiz Carlos Schenlrte (relator). Professores e representantes da Prefeitura estavam presentes.

A diferença entre as leis municipal e federal

A diretora da Secretaria Municipal de Educação Rosângela Thiesen Horn prestou esclarecimentos sobre o Pacto pela Aprendizagem, uma política do Município, e o Parecer nº 11/2010, do Governo Federal. Segundo ela, o objetivo do pacto hamburguense é potencializar a aprendizagem dos alunos através do trabalho integrado de diversas secretarias. "Isso foi confundido com o Parecer nº 11/2010 e com a Resolução nº 7/2010, que tratam da progressão continuada, com um bloco de aprendizagem do 1º ao 3º ano do Ensino Fundamental." Antes de acabar com a reprovação, apontou Rosângela, o pacto está promovendo o sucesso dos alunos.

Avaliação x reprovação
Segundo Rosângela, a avaliação sempre existiu e seguirá existindo – mas não é sinônimo de reprovação. Ela explica que um bloco de três anos considera que algumas crianças precisam de mais de um ano para aprender a ler e a escrever. "Se tivermos uma retenção nesse primeiro ano de alfabetização, a criança já terá estigma de fracassada. Temos que lembrar que ela ingressa no Ensino Fundamental com seis anos. Isso não significa que vamos nivelar por baixo." A diretora frisou que, no pacto da cidade, a diminuição da reprovação será uma consequência.

Novos tempos

O presidente do Sindicato do Ensino Privado – Sinepe/RS, Osvino Toillier, começou sua fala dizendo que "a escola não está aí para dar bomba em seus alunos". Ele frisou que é preciso fazer o máximo para que os estudantes não fracassem, e reconhece que mudanças no sistema de educação geram muita insegurança. O professor, contudo, disse que a ênfase deve ser dada aos objetivos da educação, como a solução de problemas, e que os novos tempos exigem cada vez mais essa competência. "Mas o que temos que fazer, aprovar de graça? Não, não estou dizendo isso."

Planejamentos

Alex Rönnau (PT), falando também em nome de seu colega de bancada Gilberto Koch, disse acreditar que o professor terá ainda mais trabalho com essa nova modalidade. "Sei que o professor faz um planejamento. Mas será necessário um ou mais planejamentos especiais para os alunos que não conseguem acompanhar a turma." Ele apontou que ainda não está claro, para ele, a questão da não reprovação. "Estou aqui para entender mais. E gostaria de saber se o professor vai dispor de um tempo a mais para fazer essa preparação."

Rosângela disse que já foi aprovada a lei de hora-atividade, que deve representar 1/3 de sua carga horária. "Mas faz muito tempo que não existe mais classe homogênea." Sobre a reprovação, a diretora explicou que não existiria no final do 1º nem do 2º ano, mas que pode ocorrer ao final do 3º, caso o aluno ainda não tenha sido alfabetizado. "Para as outras séries, do 3º ao 9º ano do Ensino Fundamental, existe a retenção. O Pacto pela Aprendizagem propõe uma ação para reduzir essa reprovação." Toillier ponderou que essa questão não diz respeito apenas aos professores, mas também à família. "Hoje em dia temos uma inibição do exercício da autoridade."

Direitos e deveres

Luiz Carlos Schenlrte (PMDB) lamentou que, atualmente, os professores sentem-se acuados, com medo. "Os pais não dão valor à escola. Os alunos parecem só ter direitos, e não deveres. A gente vê na TV casos de aluos que batem nos professores. Onde está o respeito?", questionou. Ele disse seguir preocupado com a questão da progressão continuada. "Será que uma criança não pode chegar ao 4º ano sem condições?"

O papel da escola

Carmen Ries (PT), que também é diretora de escola, contou que anda muito preocupada com a educação. "Não precisamos reinventar a escola. Estamos é fazendo algo que não nos compete. Não somos pais, psicólogos, policiais nem depósito de criança. Temos que poder cumprir nosso papel, o de educar. Temos que voltar ao modelo que funcionava. Se quisermos recuperar o aluno, temos que fazer nosso trabalho: passar conhecimento." Ela acredita que os alunos que não atingiram os objetivos no final do ano devem ter mais horas de aula o final do ano. "Aí poderemos dar uma atenção especial." Carmen também tocou no tema do respeito ao professor. "Os pais também devem fazer a sua parte."

Questionamentos e observações

Em seguida, foi aberto o espaço para a manifestação do público. Professores e pais falaram sobre suas preocupações relacionadas à realidade atual e às mudanças propostas. A falta de apoio aos educadores e de debates sobre as mudanças propostas, os índices preocupantes que o Brasil apresenta, a falta de professores e os desafios da alfabetização foram alguns dos tópicos abordados.

Fonte: Site Câmara de Vereadores; http://www.camaranh.rs.gov.br/Noticias.asp?IdNoticia=4755



6 comentários:

Anônimo disse...

A Rede Globo está vindo aí.
Irão mostrar a "qualidade" da educação em Novo Hamburgo.
Quais as escolas que serão visitadas?
As de melhor IDEB?
Se forem as de melhores índices, pergunta-se:
a) O melhor índice é devido ao trabalho diferenciado dos professores dessas escolas?
b)Os professores que estão em escolas sem um bom índice, não se esforçam tanto quanto ou não querem propor aulas melhores?

Se formos a fundo, o buraco é mais embaixo...

A grande questão é:

O que está se passando na cabeça do secretário de educação?

Anônimo disse...

Diante das BARBARIDADES cometidas pelo PT em Novo Hamburgo, há pessoas que não se cansam e não se intimidam, DENUNCIAM.


Acesse, veja, fique indignado e DIVULGUE.

http://www.youtube.com/watch?v=p3AKUhZqNJ0&feature=youtu.be

Anônimo disse...

É uma PALHAÇADA atrás da outra...

No "orçamento participativo", há as demandas gerais e as demandas locais, sendo que as demandas gerais são "feitas" pela municipalidade, ou seja, o PACOTINHO já vem pronto (O QUÊ e o QUANTO) JÁ ESTÃO DEFINIDOS.

Enquanto isso, do outro lado do OCEANO, as "plenárias da educação", orquestrada pelo Sr. BETO CARABAJAL. O que deveria ser DEBATIDO, na verdade, é escondido, jogado para debaixo do tapete. Novamente temos aí o PACOTINHO.

Aliás, PACOTINHO é uma especialidade do PT.

Anônimo disse...

Ah! Tem mais...

A reportagem deveria DAR UMA ESPIADINHA no BLOG DO SINDPROF.

Anônimo disse...

Depender da avaliação da Rede Globo,que ponto chegou a educação em NH.

Juliana Bohn disse...

A Globo mostrou exatamente o que se passa. Nossas escolas estão, na maioria, sucateadas. Por que uma nova escola de educação infantil está sendo construída ao lado da Eugênio, enquanto a mesma está em pedaços? Será que é porque é isso que nosso jornaleco noticia...dessa vez Deus foi mais justo e o sorteio da Rede Globo mostrou aquilo que tanto tentam esconder.