A importância da Educação é assunto relevante e tem sido alvo de matérias nos mais diversos jornais, revistas, pesquisas e rodas de discussão. Acompanhamos anualmente as provas federais que tem por objetivo diagnosticar e retratar a realidade da Educação Pública brasileira. Mas o que tem sido feito com os dados apurados no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes(Enade) e Provinhas Brasil? NADA. Todas e todos sabem da luta dos movimentos sociais pela Educação Pública de qualidade. Dos 10% do PIB para a Educação Pública. Da Lei do Piso. Da campanha de Valorização dos trabalhadores em Educação. De fato, a imprensa já utilizou de forma tão cansativa o assunto e os governos se apoderaram de forma tão medíocre dos anseios dos trabalhadores, que o assunto se banalizou.
Verdade que a educação brasileira tem avançado em relação ao número de alunos na escola, investimento em bens materiais e estrutura física, acesso, permanência, piso salarial dos professores, formação. No entanto se faz necessário refletir sobre estes avanços uma vez que eles são parciais. Ao mesmo tempo em que o governo acena concordando com a necessidade de valorizar os profissionais da educação, aprovando um piso salarial nacional, retrocede ao permitir que inúmeros estados brasileiros permaneçam sem cumprir a lei aprovada. Quanto ao sistema de avaliação, as práticas pedagógicas, a autonomia nas escolas e diversas discussões importantes, nota-se a falta de planejamento e de metas, ficando soltas e vazias na medida em que nada é feito para mudar os resultados encontrados. Prova disso foi o cancelamento da Conferência Nacional de Educação 2014, e a aprovação do Plano Nacional de Educação da maneira que ocorreu. O Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância), que projeta o alcance da educação infantil a um número maior de crianças, reflete um anseio da sociedade, mas da forma como acontece não promove a valorização da profissão docente e também não garante a qualidade no atendimento dos alunos desta faixa etária.
Outro fato jornalístico que deve ser analisado é o desinteresse dos jovens pela profissão do magistério. Se por um lado temos um sentimento de desvalorização da profissão e "menos-valia", por outro lado, aqueles que ingressam nos cursos de magistério acabam desistindo no percurso em função da exploração dos estudantes, que acabam "sugados" pelos estágios nas escolas e sucumbidos pelas terceirizações de serviço.
Mas afinal, o que a sociedade perde com os problemas na Educação?
Se pensarmos que cada família brasileira deseja para o seu futuro melhores condições de vida e que a educação é o caminho para "mudar de vida", precisamos de profissionais capacitados para orientar os estudantes nesta caminhada. Com que qualidade formaremos médicos, advogados, economistas, políticos e demais profissionais se não tivermos professores qualificados para atendê-los desde a Educação Infantil?
Essa é a luta da educação. Uma luta de tod@s.
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