sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Mobilização faz governo recuar

Os trabalhadores de Novo Hamburgo obtiveram nesta semana uma importante vitória sobre o capital. Os servidores públicos municipais, pessoal da saúde, da Comur, da Comusa, Guarda Municipal, professores, mostraram força e obrigaram o governo a recuar em suas intenções de votar o projeto que iria causar profundas alterações na Lei 333/2000, o Estatuto do Servidor Público Municipal.
Estão todos de parabéns. Não é fácil suportar a pressão das chefias, as ameaças, as transferências, a falta de equipamentos e materiais, os apadrinhamentos, o descumprimento das leis, o racismo, o machismo, o assédio moral, e mesmo assim se fazer presente numa das maiores assembleias de servidores dos últimos anos.
A demonstração de unidade feita na quarta-feira numa assembleia com mais 500 pessoas já havia sido antecipada pelos gestores. Ainda pela manhã o governo tratou de desmentir que iria apresentar o projeto em regime de urgência nas sessões extraordinárias da Câmara de Vereadores já convocadas para os dias 17 e 19. Disparou e-mail com mensagem para os funcionários e foi dizer pessoalmente para os vereadores que não iria apresentar o projeto.
O governo recuou, “pero no mucho”. Em sua nota não diz que arquiva o projeto, mas o está adiando, o que pode significar que vá apresentá-lo logo no início de janeiro. Também há o risco de apresentarem apenas uma parte das mudanças ou, ainda, uma outra mudança ainda não apresentada. Fala em ”uma audiência pública”, ou seja, o máximo que se pode esperar de democrático é de que vão ouvir. É preciso, portanto, permanecer atento.
A mobilização das últimas semanas demonstrou que o governo não está imune as contradições que cria com suas políticas de exploração. E eles têm plena consciência disso. Sabem que cada centavo que roubam de nosso salário e cada minuto de nossas vidas que nos escravizam em seu trabalho alienante vão acumulando numa conta a ser cobrada. As jornadas de junho mostram o que acontece quando as insatisfações e frustrações acumuladas atingem determinado limite.
Por isso recuaram. Sabem que uma greve não é apenas uma greve.

5 comentários:

Anônimo disse...

As audiências públicas já conhecemos bem; Fundação de Saúde é um exemplo. Desacamodar é necessário, esses governos não estão brincando, o foco deles é a retirada de direitos da classe trabalhadora, e até onde permite minhã vã ignorância, professor é assalariado, portanto, trabalhador como qualquer outro. Enquanto discursam sobre a necessidade de valorização dos trabalhadores em educação, na prática continuam as políticas de precarização do ensino público.

Anônimo disse...

alguém já solicitou uma lista dos casos de nepotismo na PMNH? A população sabe que há nepotismo na pmnh? a população sabe quantos cargos de confiança existem na pmnh? a população sabe do loteamento de cargos e de instituições públicas inteiras entre os partidos políticos da situação em NH? a comur está com que partido? a comusa está com que partido? o ipasem está com que partido? a fenac? a fundação de saúde? quantos são os contratados por outros meios que não o concurso público? sim, além dos CCs de livre nomeação, há os contratos dos "amigos", dos "companheiros" etc. para que servidor concursado, quando se pode ter coniventes com irregularidades com recursos públicos.

Anônimo disse...

é tudo cortina de fumaça para população e servidores esquecerem a Operação Capivara. onde está o MP? será que colocaram uns "Lewandowskis", uns "dias tofollis" no ministerio publico federal? sem falar em outras questões que não estão sob a investigação da Op Capivara!

Anônimo disse...

"... e até onde permite minhã vã ignorância, professor é assalariado, portanto, trabalhador como qualquer outro." Não, o pior é que o professor da rede pública NÃO É COMO qualquer outro trabalhador. A POPULAÇÃO E, INFELIZMENTE, GRANDE PARTE DOS SERVIDORES PÚBLICOS NÃO SE DÃO CONTA QUE NÃO TEMOS FUNDO DE GARANTIA !!!!! um dos motivos da FAMIGERADA estabilidade, única proteção CONTRA A CORRUPÇÃO CRIMINOSA de perseguição e opressão política no setor público!

Anônimo disse...

Caríssimos Senhores Políticos da administração pública municipal que querem "arrebentar" com a democracia e o estado de direito! A Operação Capivara vai ser ínfimo e suave aperitivo ante uma vasta operação "wikiLeaks"; esta, sim, para moralizar o setor público. "Nunca antes na história de Novo Hamburgo" houve a transparência que a comunidade passará a ter a partir de agora... "TRANSPARÊNCIA" dos podres que "ainda" não pesam na consciência de vários políticos nesse município, porque não consideravam que vários servidores trariam à tona questões de REAL INTERESSE PÚBLICO!