quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Sete de setembro: O levante

O Brasil vive um momento histórico. Finalmente, depois de décadas, a classe trabalhadora volta a se movimentar, a protestar e a reivindicar seus direitos. O que se disse das jornadas de junho, de que eram manifestações sem direção política ou, pior, comandadas pela direita, se mostra hoje como uma grande mentira daqueles que estão no poder.
Milhares de trabalhadores em centenas de categorias estão nas ruas neste momento por todo o Brasil reivindicando uma vida digna e respeito aos seus direitos. Mesmo as categorias cujas direções sindicais estão atreladas ao governo estão em movimento e tensionando estas posições recuadas.
Os professores e professoras de Novo Hamburgo não poderiam estar de fora desta luta, afinal, a educação pública tem sido um dos principais alvos das políticas de destruição dos serviços públicos por parte do capital nacional e internacional, representados nas três esferas de governo.
Governos Federal, Estadual e Municipal reproduzem estas políticas na base da truculência e da subserviência fisiológica: de um lado não respeitam quem se coloca de forma autônoma, de outro distribuem favores e cargos a todos àqueles que se prestarem a submissão.
                É preciso que a sociedade reconheça a farsa da democracia propagandeada por quem está no poder. Assim como o simples direito de voto não significa o “povo no poder”, também aqui em Novo Hamburgo reuniões não significam decisões. É o que se chama na política de populismo: demonstrações piegas de um sentimento de “identidade” com as classes populares e políticas econômicas voltadas para o capital (isenção de impostos, investimentos públicos na estrutura industrial e comercial, corte de direitos dos trabalhadores etc).

Nesse 7 de setembro queremos mostrar para sociedade que as jornadas de junho não foram um rompante irresponsável da juventude, muito menos uma conspiração da “direita”, mas o início de um levante que nos levará num futuro próximo a um novo patamar nas relações de classe. Quem viver verá.

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