O Brasil vive um momento
histórico. Finalmente, depois de décadas, a classe trabalhadora volta a se
movimentar, a protestar e a reivindicar seus direitos. O que se disse das
jornadas de junho, de que eram manifestações sem direção política ou, pior,
comandadas pela direita, se mostra hoje como uma grande mentira daqueles que
estão no poder.
Milhares de trabalhadores em
centenas de categorias estão nas ruas neste momento por todo o Brasil reivindicando
uma vida digna e respeito aos seus direitos. Mesmo as categorias cujas direções
sindicais estão atreladas ao governo estão em movimento e tensionando estas
posições recuadas.
Os professores e professoras de
Novo Hamburgo não poderiam estar de fora desta luta, afinal, a educação pública
tem sido um dos principais alvos das políticas de destruição dos serviços públicos
por parte do capital nacional e internacional, representados nas três esferas
de governo.
Governos Federal, Estadual e
Municipal reproduzem estas políticas na base da truculência e da subserviência
fisiológica: de um lado não respeitam quem se coloca de forma autônoma, de
outro distribuem favores e cargos a todos àqueles que se prestarem a submissão.
É preciso que a sociedade
reconheça a farsa da democracia propagandeada por quem está no poder. Assim
como o simples direito de voto não significa o “povo no poder”, também aqui em
Novo Hamburgo reuniões não significam decisões. É o que se chama na política de
populismo: demonstrações piegas de um sentimento de “identidade” com as classes
populares e políticas econômicas voltadas para o capital (isenção de impostos,
investimentos públicos na estrutura industrial e comercial, corte de direitos
dos trabalhadores etc).
Nesse 7 de setembro queremos
mostrar para sociedade que as jornadas de junho não foram um rompante
irresponsável da juventude, muito menos uma conspiração da “direita”, mas o
início de um levante que nos levará num futuro próximo a um novo patamar nas
relações de classe. Quem viver verá.
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