Na tarde desta quinta-feira, representantes do SindProfNH foram até a Secretaria de Educação para tratar sobre as questões relacionadas à merenda escolar, como a proibição do seu consumo por parte de professores e funcionários, mudanças na rotina das refeições e o atraso na entrega de alimentos para algumas escolas. Solicitamos uma reunião com a Secretária de Educação, Cristiane Sousa Costa, que se encontrava no local, porém ocupada demais para receber os representantes da categoria e resolver os problemas acima citados.
Com a impossibilidade de nos receber naquele momento, pedimos que fosse agendado uma reunião, o mais breve possível, também negado, pois apenas receberá o Sindicato na reunião da mesa de negociação. Estamos vendo a repetição de uma história recente, de um certo secretário que também tratava a categoria com desdém. A secretária e sua equipe perderam a oportunidade de abrir um diálogo importante e que está presente em todas as escolas.
Esta proibição de professores e funcionários consumirem merenda escolar é sem fundamento, já que o texto da lei
11947/2009, que dispõe sobre o tema, não veda a possibilidade de que outros membros da comunidade venham a compartilhar da alimentação escolar, juntamente com os alunos.
Trata-se é um ato pedagógico. Os alunos tem em seus professores um exemplo, não apenas na sala de aula, mas fora dela. Assim, a alimentação conjunta entre educadores e alunos desenvolve bons hábitos alimentares. Sem contar que reforça a interação entre eles e a construção de valores como igualdade e solidariedade.
Alia-se a tudo isto a defasagem salarial do magistério de Novo Hamburgo e o valor do
auxílio-alimentação, que é muito inferior ao custo da cesta básica, apontado
pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos –
DIEESE. Enquanto a cesta básica apurada é de R$ 418,82, o auxílio-alimentação em Novo Hamburgo é R$ 243,93 para 40h/sem e R$ 121,96 para 20h/sem.
Com a negativa de nos receber e de agendar uma reunião para tratar exclusivamente deste tema, protocolamos o ofício abaixo, nos posicionando de forma contrária e exigindo a retratação imediatamente.
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