As crianças e
adolescentes da Rede Municipal de Ensino de Novo Hamburgo não estão recebendo a
alimentação escolar adequadamente. Este é o relato que chegou ao sindicato
desde que iniciaram as aulas, no dia 17 de fevereiro. Apesar das constantes
denúncias, a Secretária de Educação afirma categoricamente que todas as escolas
têm merenda escolar de qualidade e que quem diz o contrário mente (conforme
reportagem no Jornal NH de 25 de fevereiro).
Porém,
representantes do Conselho de Alimentação Escolar compareceram ontem (24) pela manhã em algumas
escolas e constataram que faltam alimentos básicos para as refeições. Estas
escolas aguardavam a entrega do rancho básico, composto de arroz, massa, polenta,
feijão, entre outros itens para o almoço do dia seguinte. Houve uma diminuição
significativa nas quantidades e
variedades de itens que compõem a merenda escolar, principalmente com relação a
carnes e frutas.
A escolas visitadas, EMEIs e EMEFs, receberam carne, ovos, leite em pó, sucrilhos, biscoitos e
sardinha. Em uma delas a situação é mais precária, pois em sua
dispensa, praticamente vazia, haviam poucos pacotes de feijão e farinha de trigo. As visitas foram registradas, mas manteremos em sigilo o nome das escolas para evitar possíveis retaliações.
Estas e
outras escolas só não ficaram totalmente sem o que oferecer aos alunos neste
início de ano letivo porque tiveram que “se virar” com o que tinha, pediram emprestado ou compraram o que faltava (para garantir o mínimo de qualidade),
com verba destinada para outros fins.
Desde 2015, a
SMED já falava em corte de gastos na comida dos alunos, mesmo com a Rede em
expansão. Esta é uma opção política deste governo, que está levando em conta
apenas a economia, desconsiderando o aspecto pedagógico e a qualidade da
alimentação. Também por isso a proibição do consumo de alimentos por parte de
professores e funcionários, pois este ato pedagógico incentiva os alunos a se
alimentarem.
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