sábado, 3 de outubro de 2015

O que significa o silêncio do governo frente aos questionamentos da categoria?


Reproduzimos alguns textos do informativo entregue às escolas. Eles trazem uma série de questionamentos, nos quais tanto o prefeito quanto a secretária de educação preferem o silêncio. Optamos por também publicá-los no nosso blog para reforçar que queremos respostas! 

Este silêncio seletivo fala mais do que as mais enérgicas declarações... Seguem os textos:





Repúdio às retaliações da greve. 


O prefeito Lauermann rejeitou a proposta formulada pela categoria de pagamento de horas da greve que resolveria a compensação da carga horária do período de greve e garantiria o cumprimento da Lei 11.738/2008, que trata do 1/3 de hora atividade, descumprida desde os tempos de Tarcísio Zimmermann.

Esta decisão arbitrária ignora que os trabalhadores estão sendo submetidos a uma carga de trabalho excessiva, prejudicando a saúde dos professores. É uma clara retaliação pela greve.

Essa é uma tentativa de evitar qualquer movimento de greve em 2016, quando tentarão a reeleição em Novo Hamburgo.



Essa intransigência em relação ao pós-greve tem outros agentes além do prefeito. A secretária de educação, Cristiane Sousa Costa é corresponsável. Desde o início estamos alertando que não houve mudanças na SMED com a saída de Beto Carabajal. E com o passar do tempo, fica mais clara a continuidade do projeto anterior. Como se não bastasse, temos nos deparado com o secretário Beto, agora na Habitação, em inúmeros eventos ligados à Educação.  

A gota d'água foi a sua presença na FIMECTEC, entregando medalhas e premiações para os alunos e professores*. Além da continuidade de projetos e ações, seria o próprio Beto que segue dirigindo a SMED através da equipe atual?


 *Atualização: O referido secretário esteve presente no Seminário da Escola Municipal de Arte Carlos Alberto de Oliveira - Carlão.


Novo Hamburgo fecha turmas, mas garante US$ 23 milhões para obras eleitoreiras




Após três anos de inoperância, Lauermann começa sua campanha eleitoral antecipada. O dinheiro que não existia durante a negociação salarial aparece para a construção de verdadeiros elefantes brancos.



A primeira obra faraônica prevista é a revitalização do Parcão. Mais de R$ 4,5 milhões serão investidos.

Estes valores são uma pequena fração dos mais de US$ 23 milhões, sim DÓLARES, do Programa de Desenvolvimento Municipal Integrado (PMDI) que tem contrapartida de igual valor para o município. Isso significa que Novo Hamburgo terá que arcar com mais de R$ 90 milhões de seu apertado orçamento para garantir o cumprimento do programa. Obras que esvaziam os cofres do município, mas que enchem os olhos dos eleitores menos atentos.



Enquanto isso, nas escolas com goteiras, alunos continuam sem professores. Para dar conta da exigência da obrigatoriedade de matrículas de crianças a partir de quatro anos de idade em 2016, surge a ameaça de fechamento de turmas, pois professores serão remanejado e os alunos realocados para salas superlotadas.



Paralelamente, o orçamento proposto para 2016 é menor do que o deste ano, apesar do crescimento de 6% de receita em 2015. A redução que tem como justificativa possíveis mudanças na economia do país e a consequente arrecadação menor. Para a educação estão destinados 25% do orçamento. Ignora-se, assim, uma das diretrizes da Conferência Nacional de Educação de 2014 (CONAE) e do recém sancionado Plano Municipal de Educação (PME). Nestes documentos, defende-se o mínimo de 30% do orçamento para a educação. Continua o processo de precarização do ensino.



A revitalização do Parcão já foi notícia em 2011, com conclusão em 2012, o que não saiu do papel. Não por acaso, também era um ano pré-eleitoral...





Nenhum comentário: