As entidades de defesa da universalização do ensino já começaram a se movimentar para tentar aumentar as vagas nas creches após o Congresso ter promulgado ontem a obrigatoriedade da oferta dos ensinos infantil e médio.
“É claro que a mudança na lei foi positiva, mas temos de proteger as creches porque os estados e municípios vão concentrar todos os recursos para atender a nova lei”, observa Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação.
“É claro que a mudança na lei foi positiva, mas temos de proteger as creches porque os estados e municípios vão concentrar todos os recursos para atender a nova lei”, observa Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação.
Com a concentração de recursos para crianças com idade acima de quatro anos, os menores podem ficar desfavorecidos. A preocupação de Cara se explica pelo fato de a oferta de creche ser a menor quando levado em conta todos os níveis de ensino.
Enquanto a educação infantil atinge 60% das crianças e o ensino fundamental alcança 98%, as creches só estão disponíveis para 17%. “Além disso, é nesse nível de escolaridade que a desigualdade social fica mais clara já que os mais pobres não têm como pagar pela creche e a oferta pública é muito baixa”, afirma.
Para tentar garantir que a vaga de creches não caia, o assunto será tratado na Conferência Nacional de Educação, em março do ano que vem. Organizações não-governamentais de defesa da primeira infância já conseguiram aprovar em cinco das sete plenárias estaduais que antecedem a conferência a abordagem do tema.
“Queremos garantias legais de que haverá investimentos em creches”, completa.
Erika Klingl, iG Brasília
Nenhum comentário:
Postar um comentário