quinta-feira, 9 de julho de 2015

Executivo recua nos acordos realizados na Primeira Mesa de Negociação


 
A prefeitura agora exige o pagamento de hora por hora da greve.
 
Realizada na tarde de quarta-feira(8), a mesa de negociação entre prefeitura e SindProfNH mostrou que o que o executivo fala não se escreve.


Durante a reunião os representantes de Luís Lauermann voltaram atrás no que havia sido acordado sobre a reposição dos dias letivos. Agora eles querem que as horas da greve sejam pagas, mas ignoram que os professores já fazem horas extras.


“Essa proposta nos foi apresentada, mas é absurda e foi rejeitada. Nós vamos chamar Assembleia Geral para avaliarmos conjuntamente o que fazer frente a essa postura desmedida da gestão”, disse a Presidente do Sindicato dos Professores, Andreza Formento.


De acordo com a Ata da Reunião, os 22 dias de greve acumulam 176 horas, mas descontados planejamentos, conselhos de classe, por exemplo, os professores de 40 horas deveriam pagar apenas 32horas.


Ocorre que a recuperação dessas horas, de acordo com o proposto – NA VERDADE IMPOSTO – pela SMED não leva em consideração a saúde do trabalhador, nem a segurança. 

“No período da noite, nenhuma escola em Novo Hamburgo é segura. Mesmo escolas nas regiões centrais representam um risco real para os trabalhadores”, disse a professora Sandra Finker que faz parte da Comissão Conjunta de Negociações do Pós-Greve.


Segundo a Presidente do Sindicato, a diretora de educação teria proposto que a compensação de horas excedentes quando houver, nos casos dos professores de 20h, fosse realizada preferencialmente, nos dias de planejamento. “Ora, se vamos estar de folga no dia de planejamento, como vamos preparar as aulas? A diretora de educação está sugerindo que a gente trabalhe em casa? Ou pior, que voltemos para as escolas sem os planos de aula? Isso é o que, uma espécie de estelionato escolar?”, destacou Andreza.


Além de não manterem o acordo da primeira mesa de negociação, a Secretaria de Educação vem interferindo nas decisões das assembleias realizadas junto à comunidade. 

Pelo menos 16 escolas tiveram seus calendários alterados arbitrariamente pela SMED. O Golpe dos Três Dias, como vem sendo chamado pela categoria, esta intervenção da secretaria, destitui a decisão de pais que votaram por uma semana de recesso e que agora, pela retaliação da SMED seriam apenas três dias.


“Este é um ataque à democracia e um desrespeito com os pais que saíram em noites frias para participarem de assembleias, garantidas pelo prefeito municipal, Senhor Luis Lauerman, e agora tem sua decisão soberana desconstituída pelo próprio executivo e avalizadas pelas atuais representantes  da secretaria de educação”, concluiu Formento.


Na tarde hoje uma comitiva do SindProfNH esteve reunida com o Vereador da base do governo,  Enio Brizola, que faz parte da Frente Parlamentar de Acompanhamento da Greve e do Pós-Greve dos Funcionários relatando as interferências da SMED.


O vereador solicitará na próxima semana uma reunião com representantes da SMED para resolução dos problemas apontados na reunião.
 
 
Sobre a reunião de diretores desta quinta-feira(9)
 
O Sindicato dos Professores vem esclarecer que NÃO ACEITOU NENHUM ACORDO SOBRE A REPOSIÇÃO DAS HORAS DOS DIAS DE GREVE E NEM SOBRE AS INTERVENÇÕES NOS CALENDÁRIOS ESCOLARES.

Diferente do que o Diretor de RH do prefeito disse aos colegas diretores, o SindProfNH não fechou nenhum acordo.


ESTAMOS EM PERÍODO DE NEGOCIAÇÃO E TODAS AS PROPOSTAS SERÃO LEVADAS PARA ASSEMBLEIA PARA APROVAÇÃO OU REJEIÇÃO DA CATEGORIA.


É importante salientar que o executivo NÃO enviou o documento que formaliza a proposta de reposição conforme acertado na ata da reunião. Sem esse documento consideramos que não há propostas.


Nos próximos dias teremos nossa assembleia geral e a categoria avaliará as negociações e formulará propostas. Diferente do Executivo e seus representantes, o SindProfNH não passará por cima da decisão coletiva, não negociará nenhuma pauta que prejudique os trabalhadores.

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