sábado, 7 de setembro de 2013

O Sete de Setembro

Estudantes protestam diante do palanque oficial.
As comemorações do Sete de Setembro em todo o Brasil estão evidenciando que a crise está mais viva do que desejam as autoridades no poder. Em Brasília manifestantes estão presos desde sexta-feira e no sábado houve enfrentamentos com a polícia. No Rio e em São Paulo não foi diferente, especialmente porque muitas categorias estão em greve.
Mesmo em Novo Hamburgo as manifestações contra o modo liberal-petista de governar repercutiram. Os professores estaduais – em greve há 15 dias -, não perderam a oportunidade e utilizaram o ato para desfilarem suas reivindicações e protestos contra o governo de Tarso Genro.
O governo municipal, por sua vez, desfilou seu cinismo. Nada parecia ser com ele. No momento em que os professores do Estado desfilaram suas faixas, só faltou os apresentadores darem uma receita de bolo. Os professores do Estado esticaram várias faixas com a reivindicação do Piso Nacional, contra as políticas educacionais (pedagógicas e administrativas) e os políticos no palanque aplaudiam como se não houvesse qualquer relação entre o que eles fazem em uma esfera de governo e outra.
Cinismo mesmo foi eles aplaudirem quando a APAE desfilou. Ainda repercute, com certeza, nos ouvidos da comunidade as palavras do Secretário de Educação, Beto Carabajal, defendendo o corte de verbas para a entidade e dizendo que as APAES se apoiavam em informações falsas.
Ou por outra: em vários momentos os apresentadores citaram o programa Mais Educação como presente, mas esqueceram de dizer que as verbas ainda não foram repassadas e o programa está sendo suspenso no município. Também elogiaram um grupo de professoras que teriam feito viagem de estudos para o exterior, mas esqueceram que pelo menos uma delas foi obrigada a recorrer a Justiça para ver reconhecido seu direito étnico-cultural.

E sobre a tragédia da enchente, se fizeram de vítimas. Muitos não lembram, mas umas das exigências de Tarcísio quando prefeito na construção do trem foi a necessidade do alargamento e aprofundamento do arroio Luis Rau. O resultado está aí: chuvas torrenciais descem em maior quantidade e volume naquele canal. Resolveram o problema das enchentes na região central, mas o empurraram para a periferia (Santo Afonso, Canudos).

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