terça-feira, 17 de setembro de 2013

O exemplo vem de cima


Havíamos dito no texto Campanha de Combate ao Assédio Moral no Trabalho que o grupo político que está no governo nas três esferas tem sido inflexível na aplicação da política neoliberal. A intensificação do assédio moral dentro do serviço público é um sinal que evidencia a preocupação dos donos do poder em subordinar os trabalhadores as novas regras de produção.
As intimidações, gritos, ameaças, transferências, negação de direitos e informações, são corriqueiros em Novo Hamburgo. Diretores, supervisores, coordenadores, chefes, estão reproduzindo com seus subordinados o tensionamento constante a que são submetidos pelos governantes. A Secretaria de Educação vem reproduzindo muito bem este padrão de comportamento, onde o próprio secretário ignora que todo o ato administrativo carece de documentação e passa ordens verbais como se estivesse acima da lei.
Mas talvez o que seja dito não possa ser escrito. É o que tem denunciado as professoras participantes do PNAIC (Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa). O assédio moral incluiu a obrigação de não abandonar o curso, mesmo que a desistência e a substituição estejam previstas tanto no nível do MEC, quanto da portaria emitida pela própria Secretaria Municipal de Educação. Segundo as professoras, é exigido das que ingressam compromissos absurdos, como o de não engravidar durante o curso.

Mas além da própria reestruturação do Estado a partir da lógica neoliberal (aumentar as taxas de lucro e de excedentes), também está em jogo aqui a legitimidade do grupo político que está no poder para representar os interesses do capital e, assim, permanecer participando do controle da economia e dos benefícios que isso traz.

7 comentários:

Anônimo disse...

MINHA SUGESTÃO - O SINDICATO DEVE IMPETRAR UMA AÇÃO JUDICIAL COLETIVA COM TODOS QUE NÃO DESEJAM FAZER O PNAIC. O PNAIC NÃO É OBRIGATÓRIO, E A CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA AFIRMA EM SEU Art. 5

Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes
no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade,
à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos
termos desta Constituição;
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma
coisa senão em virtude de lei;
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento
desumano ou degradante.

E NESTA AÇÃO DEVE ENVOLVER A PROMOTORIA DO MUNICÍPIO QUE DEVE GARANTIR O CUMPRIMENTO DA LEI NO MUNICÍPIO.

Anônimo disse...

A afirmação do Sindprof atribuida à professoras de que "é exigido das que ingressam no PNAIC compromissos absurdos, como o de não engravidar durante o curso" é uma inverdade. É lamentável que pessoas da Diretoria de um Sindicato se utilizem de tal leviandade para denegrir o trabalho da Secretaria Municipal de Educação e agredir a inteligência das pessoas. Solicito que as senhoras do Sindprof mostrem provas concretas deste procedimento que "denunciam", afinal a Prefeitura libera para trabalhar no Sindprof cinco destas senhoras que integram a Diretoria, custando mais de trezentos mil reais ao ano, para usarem do tempo basicamente para falar mal dos outros. Estas senhoras fariam um serviço as Comunidades Escolares se voltassem às salas de aulas pois, segundo elas, faltam professores nas escolas. Assinado, Alberto Carabajal, Secretário de Educação de Novo Hamburgo

SindProf / NH disse...

Sr. Secretário:
Que bom que o senhor nos respondeu. Aguardávamos ansiosamente uma manifestação sua, mas o ideal seria que o senhor comparecesse e recebesse os servidores nas mesas de negociação programadas, assim o senhor teria de nossas próprias vozes todas as nossas reivindicações e reclamações, que não são poucas. Solicitamos que não cancele mais estas reuniões e, por favor, compareça.
Evidentemente a negação do assédio moral que a administração exerce sobre os trabalhadores era absolutamente esperada. Nenhum patrão em sã consciência da sua condição de classe dominante cometeria tal disparate. A nossa luta não é na Justiça, ainda que isso faça parte, mas no campo da política, da mobilização e da luta. E é isso que o incomoda..
O senhor diz que libera cinco servidores para o Sindicato, mas omite que este é um direito legal dos trabalhadores, pois se dependesse de patrões como o senhor, o Sindicato seria fechado. Por outro lado, nós propomos que o senhor mande de volta para as escolas os mais de 150 professores em desvio de função. Com certeza este número seria muito mais significativo para suprir as carências de pessoal do que cinco servidores em atividade sindical, ou mesmo meia dúzia de transferidos de forma arbitrária.
Atenciosamente:
Sindiprofnh

Anônimo disse...

Sugiro que o secretário reveja as atas das reuniões das coordenadoras pedagógicas e veja as orientações quem são repassadas. Muitas delas feitas por sua nobre pessoa.

Anônimo disse...

Eu estive na primeira reunião do PNAIC e ouvi sim da boca da Nivene que não poderíamos engravidar e caso acontecesse, teríamos de devolver o dinheiro.

Anônimo disse...

O PINAIC tem formação que NÃO é necessária ser realizada. Depois dizer que não pode engravidar é um absurdo completo. GRAVEM as falas do SR SECRETÁRIO e do pessoal da SMED, assim fica mais fácil entrar na justiça!

Anônimo disse...

ISSO É VERDADE...POIS EU ESTAVA GRAVIDA E TINHA VONTADE DE PARTICIPAR DO PNAIC E NÃO PUDE.AGORA ATÉ A GRAVIDEZ, QUE É UM MOMENTO LINDO, ESTÁ SERVINDO DE "CASTIGO" PARA AS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO? POR QUE OBRIGAR ALGUEM QUE NÃO QUER, A PARTICIPAR SE TEM OUTROS PROFISSIONAIS QUE QUEREM E NÃO ESTAO PODENDO. AGORA PERGUNTO: SERÁ QUE ANO QUE VEM SERÁ A MESMA FUNÇÃO, OU QUEM REALMENTE DESEJA, TERÁ AUTONOMIA E PODERÁ PARTICIPAR DO CURSO???? AÇÕES ASSIM REFLETEM SIGNIFICATIVAMENTE NOS NOSSOS ALUNOS. MAS SERÁ QUE ESTÃO PENSANDO NAS CRIANÇAS? OS PROFESSORES PRECISAM SER OUVIDOS E RESPEITADOS, SE A GESTÃO NÃO RESPEITA O QUE ESPERAM DOS PAIS OU ATÉ MESMO DOS ALUNOS? AGUARDO RETORNO.....