terça-feira, 29 de março de 2016

Prefeito vai à Câmara sem avisar a comunidade e projeto que impedia parcelamento do dissídio é rejeitado.



Foi com surpresa que encontramos o prefeito Lauermann na Câmara de Vereadores. Assim como fez no ano passado, a sua ida à Casa Legislativa não fora informada anteriormente, nem divulgada nos meios de comunicação oficial. Conforme declaração de alguns vereadores, estes foram informados da presença de Lauernamm perto das 17h. Por este motivo a sessão foi suspensa por duas vezes, para que os vereadores da oposição pudessem organizar seus questionamentos.

Cabe registrar a presença de vários secretários e CCs que foram assistir e aplaudir o prefeito ao final de sua explanação.


A fala do prefeito deixou uma sensação de "mais do mesmo", já que vemos o discurso se repetir ano após ano e também segue a linha do que é dito nas outras esferas, estadual e federal. Ressaltou a diminuição da receita, principalmente repasses de tributos estaduais e federais, porém exaltou que alguns investimentos que aumentaram. 

Os vereadores questionaram muito a situação, principalmente, da saúde, educação e segurança. Sobre educação, o prefeito afirmou um aumento no atendimento da rede municipal, com 10 novas escolas de educação infantil, o que ele esqueceu de dizer é que a maioria destas são administradas por contrato de gestão, ou seja, foram terceirizadas. Disse que estão encaminhando um projeto ao governo federal para a construção de mais 5 escolas de educação infantil. 

Vale lembrar que na previsão orçamentária, divulgada no final do ano passado, já era prevista a construção de duas escolas, além de reformas de outras, que ainda não ocorreram. 


Questionado sobre as obras atrasadas nas escolas, respondeu de forma evasiva, sem objetividade. Ele mais defendeu o Orçamento Participativo do que justificou os atrasos em reformas de telhado, rede elétrica e construção de refeitórios, que são encaminhadas para discussão e votação nas assembleias do OP e não saem do papel. Sobre a merenda escolar, repetiu a mesma fala da SMED durante o ápice do problema: "está tudo normal" e não falou dos cortes de verba na alimentação escolar.



A negociação salarial também foi tema de questionamentos de parte dos vereadores. A resposta do prefeito nos dá uma prévia do que podemos esperar: "será nos mesmos moldes do ano anterior". Isso significa que teremos novamente o dissídio parcelado? Se for confirmado isto, está claro que a culpa pela crise é jogada nas costas dos trabalhadores. Aliás, como já é feito há tempos, principalmente após a extinção do plano de carreira, que acarretou em grandes perdas para os novos professores da rede, que não tem sua formação valorizada.





Projeto de Emenda à Lei Orgânica Municipal 4/2015, de autoria dos vereadores Patrícia Beck, Cristiano Coller, Jorge Tatsch, Issur Koch e Sergio Hanich, que poderia impedir este parcelamento do dissídio foi colocado em discussão às 23h45. 

Antes da votação, o presidente da Casa, vereador Antônio Lucas, retificou o resultado da primeira votação, ocorrida dia 16 de março, pois como se trata de um projeto que altera a Lei Orgânica, necessitava de maioria absoluta para aprovação, portanto ele foi rejeitado naquela votação. Até aquele momento, constava no próprio Portal da Câmara que ele havia sido aprovado por maioria simples. Na segunda votação o projeto foi rejeitado com 8 votos contrários e 6 votos favoráveis. Os vereadores Antonio Lucas, Fufa Azevedo, Cristiano Coller, Enio Brizola, Jorge Tatsch, Naasom Luciano, Roger Corrêa e Vilmar Heming votaram NÃO. Os vereadores Gerson Peteffi, Issur Koch, Jorge Luz, Patrícia Beck, Raul Cassel e Sergio Hanich votaram SIM.


Frente às declarações do dia de ontem, cabe à categoria se organizar e lutar! Participe das atividades e venha discutir a mobilização conosco. Dia 05/04 teremos reunião do Conselho Político, mas teremos uma Assembleia Geral a qualquer momento, assim que tivermos a proposta formalizada pelo executivo.


Fique atento e acompanhe nossas publicações!



Lutar também é educar!

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