quinta-feira, 1 de agosto de 2013

CARTA DE REPÚDIO A AÇÃO ANTIPEDAGÓGICA DA ADMINISTRAÇÃO DE NOVO HAMBURGO



O SINDPROFNH, como entidade representativa do magistério, repudia a forma como a administração municipal vem conduzindo a educação pública em Novo Hamburgo. Mais uma vez os professores e professoras são surpreendidos com medidas administrativas, bem distantes das “boas práticas pedagógicas” e de uma política de valorização da profissão docente. 
A extinção do plano de carreira em 2009 foi um duro golpe, que vem cotidianamente respingando seus efeitos nefastos, não apenas aos docentes mas à qualidade da educação. Numa mesma escola, professores e professoras desempenham funções educativas semelhantes, com critérios diferenciados para o reconhecimento da formação e do tempo de serviço, desmotivando o trabalho e a permanência na rede hamburguense de ensino. Por conta disso, vem ocorrendo várias exonerações e uma continua rotatividade de profissionais, o que em nada engrandece ou qualifica o trabalho docente. 
Nem mesmo a Lei Municipal 2340/2011que instituiu o no novo plano de carreira, com a “indisfarçável” falta de valorização da formação docente consegue ser aplicada na sua íntegra. A reclassificação prevista em seu art.50, que estabelece a automática mudança de nível para formação superior, tão logo comprovada formação até hoje não se efetivou. Problemas semelhantes ocorrem em relação ao não pagamento dos triênios. E se não bastasse a avalanche de confusões e desestímulos da administração, o segundo semestre letivo inicia com mais um ataque a dignidade docente e à qualidade do ensino. 
No momento em que nossos alunos pequenos estão adaptados com professor e colegas, a secretaria de educação remaneja professores das EMEIS para o atendimento de turmas do ensino fundamental. Mas afinal, onde fica o lado pedagógico da questão?! Alunos pequenos formam laços de afetividade, hábitos, atitudes e até uma rotina fica estabelecida com seu professor. No entanto, tudo isso deixa de ter valor, porque agora precisam trocar de professor. Pergunta: Por quê? Porque a prefeitura não se organizou como deveria, programando substituições para professores que se aposentariam. Óbvio que não foram só as aposentadorias, mas também as exonerações, pois trata-se de um ciclo vicioso: prefeitura paga mal, não reconhece formações, não valoriza o profissional, esse, por sua vez, na primeira oportunidade parte para outro trabalho no qual ele seja reconhecido. Além disso, chamar professores concursados somente com magistério custa mais barato. 
E ainda há outro agravante, SMED como “Pilatos lava as suas mãos”, no momento que repassa para as escolas administrarem-se na ausência de professores em seus quadros.
QUANDO MALTARTAM UMA, MALTRATAM A TODOS E TODAS!
SINPROF/NH

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