quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Sessões extraordinárias votam parcelamentos com Ipasem e "mini-reforma" administrativa

Nos dias 03 e 04 de janeiro de 2017, ocorreram Sessões Extraordinárias da Câmara de Vereadores. As Sessões Extraordinárias convocadas no final de 2016 votariam projetos de uma “mini-reforma” administrativa, encaminhados pelo governo municipal eleito, e não aconteceram por falta de quórum. Agora, as sessões contaram com a presença de todos os vereadores eleitos e reeleitos para a nova legislatura (2017-2020) e, além de votar os projetos que seriam apreciados nas sessões que não ocorreram, também apreciaram outros projetos, relacionados com parcelamentos de repasses do executivo para o Ipasem.

Eram dois os projetos em questão:

O PL 02/17 mantinha dois parcelamentos feitos pelo governo anterior, através de “TERMO DE ACORDO DE PARCELAMENTO E CONFISSÃO DE DÉBITOS PREVIPENCIÁRIOS”, sem passar pelos vereadores. O primeiro destes parcelamentos se refere aos meses de setembro e outubro de 2015, no montante de R$ 3,3 milhões e o segundo aos meses de novembro de 2015 a maio de 2016, no montante de R$ 14,5 milhões, ambos a serem pagos em 60 parcelas que totalizam aproximadamente R$ 300 mil mensais.

                O PL 01/17 autorizava um novo parcelamento referente aos repasses atrasados, relativos aos meses de outubro a dezembro (13°) de 2016, portanto do governo anterior, que totalizam R$ 8,2 milhões, a serem pagos em 240 parcelas. Ambos projetos foram aprovados, não sem destaques nossos e de alguns vereadores presentes.



O Sindicato, que esteve presente nestas duas sessões, pediu a palavra para dar seu posicionamento. Manifestamos nossa contrariedade em relação aos parcelamentos da contribuição patronal junto ao Ipasem, já que defendemos o que é patrimônio dos servidores municipais e o constante parcelamento pode levar a uma situação insustentável. Além do mais, já é sabido da responsabilidade do executivo com esta contribuição patronal para previdência, então não existe justificativa para não haver tal repasse. Lembramos também que a prefeita Fátima Daudt, enquanto candidata, durante o debate promovido pelo sindicato, disse ser contrária a estes atrasos e que o governo deve fazer os repasses em dia. Então finalizamos dizendo que o novo governo cumpra a palavra empenhada no debate e que não tenhamos novos atrasos e, consequentemente, novos projetos desta natureza sendo discutidos e votados na Câmara.

Outros projetos votados

Os PLs da “mini-reforma administrativa” foram aprovados com emendas. No PL 111/16, foi aprovada a Emenda nº 3, de autoria do vereador Sérgio Hanich, que obriga, em resumo, o executivo a passar para o legislativo qualquer alteração orçamentária. Uma das primeiras ações da prefeita Fátima Daudt foi autorizar que tais alterações poderiam ser feitas via decretos, sem precisar do aval dos vereadores, o que altera com a aprovação da emenda. No PL 112/16 foram aprovadas as Emendas nº 1, 4 e 5. A Emenda nº 1 tem redação semelhante a emenda aprovada no projeto dito anteriormente e também é de autoria de Hanich. A Emenda nº 04, de autoria dos vereadores Enio Brizola e Nor Bueno, manteve a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, que seria extinta na redução de secretarias propostas pelo governo municipal. Na mesma seara, a Emenda nº 05, de autoria do vereador Gerson Peteffi, manteve a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural. Destaque para a Emenda nº 3, de autoria do vereador Enio Brizola, que previa a manutenção da Diretoria de Economia Solidária, e foi retirada, a pedido do autor, pois o representante do executivo presente na sessão encaminhou uma retificação ao projeto, incluindo o teor da emenda no texto principal. Os projetos e as emendas aprovadas são agora repassadas para a prefeita que pode sancionar ou vetar parcial ou integralmente cada matéria. Caso haja vetos, estes retornam para a Câmara votar a derrubada do veto, porém são necessários 10 votos dos 13 vereadores votantes (presidente não vota) para isto.

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