sábado, 28 de janeiro de 2017

O que é valorização?

A data-base é dia 05 de abril, portanto estamos iniciando nossa Campanha Salarial, já que necessitamos iniciar em breve as negociações com o governo municipal. Isto nos leva a algumas reflexões acerca da situação do magistério municipal.


Salário + Plano de Carreira + Condições de Trabalho = VALORIZAÇÃO

Os professores de Novo Hamburgo tem enfrentado uma série de ataques ao longo dos últimos anos, que produziram um sentimento de desvalorização. O atual Plano de Careira é muito aquém das necessidades do magistério e não valoriza a carreira. E mesmo quem tem algum direito, não tem efetivação deste. Por exemplo, as dezenas de professores que se enquadram no artigo 50, e que ainda não tiveram suas reclassificações. Ou seja, a lei não é cumprida.

Sentimento de desvalorização que também nasceu do tratamento dado aos professores pelas últimas gestões da Secretaria de Educação, de maneira hostil, com abusos, assédio moral. Transferências impostas, altos índices de pedidos de exonerações e de Processos Administrativos Disciplinares (PADs). Soma-se o parcelamento do dissídio, nos últimos dois anos, que trouxe mais descontentamento.

Portanto, o que é ser valorizado?

Primeiramente, é ter a valorização da carreira. E isto não pode esperar! É fato que o interstício de 05 anos entre cada progressão é descabido. Assim como os obstáculos colocados para retirar o direito aos que conseguem cumprir o período em questão. De acordo com o atual plano, apenas uma falta injustificada é motivo para se perder cinco anos, enquanto no antigo plano são necessárias cinco faltas consecutivas ou dez intercaladas. Isto precisa ser revisto já!

 A reclassificação é uma novela que parece perto do fim, mas precisa da vontade política do atual governo. Segundo a antiga gestão do município, os professores não receberam a progressão a que tem direito, pois a forma como está disposto no plano o artigo 50 teria que ser corrigido. O governo anterior, que teve quatro anos para fazer a correção, deixou para a última semana do ano de 2016 para protocolar na Câmara o Projeto de Lei 106/2016, que corrigiria o texto e regularizaria esta situação. Assim, está na mão do novo governo e da nova legislatura a aprovação deste projeto e a aplicação deste direito imediatamente.

Valorização também diz respeito às condições de trabalho. Falta de professores, com quadros incompletos a cada início de ano. Nas salas de aula, geralmente lotadas, nem ao menos os ventiladores funcionam plenamente. Muitos professores compram materiais com seus próprios recursos, pois sabem que as escolas não têm condições para tal. Faltam aportes nas escolas e os professores se sentem desassistidos. Obras aprovadas há anos no Orçamento Participativo não saíram do papel ou se resumiram a não mais do que uma placa afixada nos muros das escolas. As escolas carecem de estrutura e materiais. Salas de Recursos, Laboratórios de Aprendizagem e Laboratórios de Informática tiveram seus atendimentos reduzidos em 2015 e até agora não restabelecidos. Uma escola acolhedora, tanto para alunos como para professores, faz parte do processo de valorização.

Valorizar o magistério também é garantir a divisão paritária das vagas no Conselho Deliberativo do IPASEM entre SindprofNH e GSFM. A prefeita Fátima Daudt já se manifestou favorável, portanto precisa ser efetivada já!

Outras formas são estéticas e não representam valorização efetiva. A nossa luta é para a garantia e ampliação de direitos, contra qualquer ataque que nos for colocado.


Revisão do plano de carreira imediatamente!
Reclassificação já!
Por melhores condições de trabalho!
Pela divisão paritária das vagas no Conselho Deliberativo do IPASEM!




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